Operação Terramoto 3
Um mês e meio depois da Operação Zeta, os"páras" executaram outra acção no Planalto dos Macondes - a Operação "Terramoto 3"entre os dias 27 e 30 de Julho de 1969, pela 1ª companhia do batalhão 32. Objectivo: atacar a Base Gungunhanha, em terreno de difícil acesso, entre os rios Litembo e Licungo. Houve combates. Os guerrilheiros dispararam, pelo menos, 30 tiros de morteiro. Os portugueses sofreram um ferido..
Segundo o relatório do comandante do batalhão, tenente-coronel Curado Leitão:
O inimigo nesta zona está bem armado e foi o mais aguerrido dos encontrados no Planalto dos Macondes;
O inimigo conjugou emboscadas com tiros de morteiro 82 e granadas de mão bem eficazes. Algumas granadas de morteiro caíram a cinco metros das nossas tropas;
No planeamento de qualquer missão posterior devem ser empenhados mais efectivos, pelo menos mais duas companhias, que ocuparão os pontos dominantes por serem os locais onde o inimigo parece ter as metralhadoras anti-aéreas e morteiros.
O atraso de duas horas do bombardeamento de apoio, e o facto de a linha no terreno a partir do qual foi lançado o ataque ficar a cerca de duas horas e meia da Base Gungunhana, deu tempo ao inimigo de se colocar bem no terreno e abandonar a zona;
creio que se o inimigo, em lugar de morteiros, tivesse utilizado metralhadoras em tiro directo ou canhões sem recuo as nossas tropas teriam concerteza sofrido baixas;
A zona não tem locais donde se possa fazer evacuações e estas tornar-se-iam perigosas para o helicóptero sem as posições inimigas de metralhadoras anti-aéreas e de morteiros estarem ocupadas. A companhia andou com um ferido grave às costas que noutras condições teria sido evacuado de helicóptero.
Toda a zona está densamente povoada pelo que é difícil qualquer acção de surpresa;
O inimigo dispõe de abrigos anti-aéreos.
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