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Livros da guerra colonial

Miandica terra do outro mundo


segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

LIVRO DE MANUEL PEDRO DIAS "AQUARTELAMENTOS DE TETE 1961-1974"

 



BAUÉ

COMPANHIAS RESIDENTES

2ªBCaç  17
Companhia de Caçadores  3569....


Este aquartelamento situado dentro dum laranjal era composto por um misto de primitivas condições. A grande maioria dos militares habitavam em tendas de campanha.
Para os serviços administrativos  foram construídas habitações de madeira. Perto ddo Baué corria um rio que o pessoal utilizava para a sua higiene diária. Para lá do arame farpado fora construída uma pista de aviação com cerca de 800 metros onde em Junho de  1972, ocorreu um  acidente no mommento de aterragem da aeronave sem consequências graves. (1)
  (1) Elementos gentilmente cedidos por Eduardo Paulino, Comandante da 2ª BCAÇ 17

BENE

COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores  1556
Batalhão de Cavalaria        2850
Companhia de Cavalaria    2358
Companhia de Cavalaria    1730
Batalhão de Artilharia        2897
Esquadrão de Cavalaria            3
Companhia de Artilharia    2627
Companhia de Cavalaria    2652

Aspecto geral do aquartelamento de Bene





No Bene existiam para além de 3 casernas em blocos, sem portas, uma casinha com quatro divisões e uma casa de banho, uma barraca feita de chapas dezinco, um forno,, instalações sanitárias para Oficiais e Sargentos, tudo, obviamente rudimentar. As praças não tinham praticamente , instalações sanitárias.
Todas as Subunidades receberam barracas de lona, mas em número insuficiente, pelo que não chegavam simultaneamente para o pessoal e o material, assim, ou se guardava o material ou se "guardavam" os homens. Como não  era a época de chuvas, guardava-se o material (1)
(1) História da Unidade - Batalhão de Cavalaria 2850

Enquanto presente no Bene, a CCS do BART 2897 remodelou e ampliou as instalações recebidas protegendo e fortificando camaratas, messes, postos de sentinela, posições de morteiro 81 e abrigos subterrâneos .
Monttou ainda , uma barraca metálica "MAGNNOPORT" onde funcionava a Secretaria do BART. o gabinete do Comandante da CCS, a secretaria do material de guerra, uma outra barraca do mesmo tipo para funcionamento da secretaria da CCS e depósito de géneros.. Foram construídos para as praças, uma cozinha e refeitório,/balneário/sanitários e a cantina da Unidade (2)
 (2) Texto adaptado das informações prestadas pelo Coronel Francisco Abranches Félix, Comandante da CCS do Batalhão de Artilharia 2897

CALDAS XAVIER
COMPANHIAS RESIDENTES

Batalhão de Artilharia        2897
Batalhão de Caçadores       3865
Grupo Especial                     601
Companhia de Caçadores   4941771
3º Pelotão de Pisteiros
Batalhão de Caçadores       5014773
7ª Companhia de Comandos Moçambique
Companhia de Comandos 2045/73
Companhia de Comandos 4040/72


A Vila de Caldas Xavier passou a dispositivo militar a partir de Outubro de 1971,tendo sido ocupante a CCS do Bart.2897 que ali permaneceu durante 15 dias. Foi esta Unidade encontrar, para alojamentos um inacabado armazém metálico com duas paredes laterais e o tecto em chapas de zinco onde instalou em "OPEN SPACE" (divisórias com troncos e cobertores), quartos, casernas, espaços para refeições, etc... No exterior construíram com implantação de fossas cépticas, cozinha, instalações sanitáriae balneários. Tudo era improvisado. O Pelotão de Sapadores, reforçada com o Pelotão de Reconhecimento preparou o terreno, ( desmatação e nivelamento) reservado ao aquartelamento da UUnidade de Redenção. (1)
(1)


Tentámos saber, através  da leitura nas HHistórias das Unidades sucessoras, qual a evolução, se existiu, em termos de melhorias deste aquartelamento. Nadaconseguimos destes, a não ser o que se trancreve:
Após uma longa viagem sem quaisquer incidentes, chegou o Batalhão de Caçadores 3865 ao seu local de destino em 5 de Novembro de 1971, onde foi recebido pelo Comando e pessoal da CCS do BART. 2897, Unidade a render.
Ficou o Batalhão instalado  nas mais precárias condições, idênticas às vividas pelo anterior, num armazém do Instituto de Cereais de Moçambique .
É em 15 de Novembro de 1973 que os primeiros escalõesdassubunidades do Batalhão 5014773 entram nazona de acção do subsector "FCX" .
O Batalhão 3865, "navegando" a caminhho de Moçambique, sofreu logo asua grande primeira adversidade. Poracharmos de interesse resolvemostranscrevê-la:  Pelas 20hora  de 11 de Outubro de 1971, deflagrou um incêndio a bordo do TT "Niassa" no porão nº2 à pro. As praças ali instaladas,, a maioria deste Batalhão, tiveram de ser desalojados à pressa, abandonando os leitos e bagagens, mais tarde recuperadas..

CANGOME
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Cavalaria        2399
Companhia de Caçadores       2421
Companhia de Artilharia         2628

«A Companhia recebeu um “morro de pedras, muitas pedras”, só pedras e algum capim. Desse morro de pedras saiu o estacionamento que ali temos. Tudo em trabalho bruto, braçal. Tudo sozinhos desde o início. Recebeu esta Subunidade barracas de lona, onde viveu durante cinco meses.»[1]

[1] História da Unidade – Batalhão de Cavalaria 2850 – Companhia de Cavalaria 2399


CANTINA DO OLIVEIRA

COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Artilharia        2452
Companhia de Cavalaria        2653
Companhia de Caçadores       3356
2ª Batalhão de Caçadores  4810/72

«Em 29 de Agosto de 1969 foi destacado um Grupo de Combate para Cantina do Oliveira, cujo objectivo era a construção de um aquartelamento para servir de nova morada à Companhia de Artilharia 2452.

Entretanto, a Companhia procedia à construção total do aquartelamento, tendo as principais defesas sido concluídas em finais de Novembro. Foi um trabalho exaustivo, que só foi possível devido a uma indomável força de vontade porquanto a falta de matérias-primas obrigou ao uso quase exclusivo de troncos.

O inimigo, nesta zona, mostrou-se bastante activo, salientando-se o ataque ao aquartelamento em 18 de Dezembro de 1969 em que actuou com canhões sem recuo, morteiros 82, lança granadas foguete, etc. A pronta reacção pô-lo em retirada causando-lhe algumas baixas, embora este tenha também provocado alguns estragos materiais e pessoais.

Em fins de Fevereiro de 1970 a CCav 2653 rendeu a Companhia em Cantina do Oliveira.» 

Vista aérea do aquartelamento onde, à direita, se observa o início da "pista de aviação"

CAPIRIZANJE

COMPANHIAS RESIDENTES

3ª Batalhão de Caçadores  5014/73

“SALOON welcome to Caprizangeville”na placa sobre a “fachada” da messe e  dos graduados


Este local ficava situado, sensivelmente, a meio do eixo rodoviário Moatize/Zobué. O estacionamento, onde habitava a 3.ª Companhia do BCac 5014, única unidade que ali permaneceu e por muito pouco tempo, era deficiente. Tinha, como base de alojamento, tendas de campanha. Todavia, “edificaram-se” algumas “dependências”, tais como cozinha, messe de sargentos, etc., utilizando-se para esse efeito troncos de árvores para sustentar as chapas de zinco. A Companhia tinha como missão, além das inevitáveis operações, proteger, até ao Zobué, as viaturas civis que por ali passavam, em trânsito rumo ao Malawi.
Tinha ainda esta unidade uma secção destacada no morro “Mosca” dado se tratar de um local estratégico de observação e defesa.[1]  

[1] Texto adaptado segundo o relato de Fernando Pepe Toninho da 3.ª/Batalhão Caçadores 5014

CARINDE

COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores        3552
Grupo Especial                          701

O posto de transmissões “estrategicamente instalado debaixo do chão”

O destacamento de Carinde era considerado pelos seus ocupantes como um local de alto risco, pelo que foi designado por destacamento dos “sete passos”, uma vez que quem desse mais que estes passos corria o risco de já não voltar vivo. É obvio que esta é uma expressão enfática que servia para realçar o modo como ali se vivia. As condições de habitabilidade eram, todas elas, subterrâneas. Este destacamento funcionava apenas em épocas mais secas, quando o Zambeze corria com pouco caudal. Era uma zona preferencial de passagem do inimigo.[1]      

[1] Texto adaptado das informações prestadas por António Valentim do BCac 3885 

Convivendo ao ar livre

CASSACATIZA

COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Artilharia         1515
Companhia de Cavalaria         2398

«Nos primeiros dias ficou a CCav 2398 no estacionamento em que estivera uma outra Unidade, onde não existiam quaisquer condições de habitabilidade. Uma semana depois transferiu-se a Companhia para novo local, distanciado cerca de dez quilómetros para Sul do anterior iniciando-se aí, desde o queimar do capim, um novo estacionamento.»[1]
Na verdade,  segundo relato que ouvimos de um dos graduados da CArt 1515, primeira Unidade que ocupou Cassacatiza, as únicas instalações que encontraram no local foi uma velha habitação, que pertencera ao corpo de Polícia, onde passou a funcionar o comando e as transmissões. O pessoal vivia em barracas de campanha e em algumas palhotas feitas de improviso, com troncos e capim.

Segundo um documento da PIDE/DGS de Moçambique relativo à “Penetração e implantação da FRELIMO em Tete”, este movimento conseguiu a adesão de grande parte dos autóctones da regedoria de Cassacatiza e outras.

[1] História da Unidade – Batalhão de Cavalaria 2850 – Companhia de Cavalaria 2398


Propaganda da FRELIMO encontrada pelas NT numa das suas bases

CASSUENDE

COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores        1569
Companhia de Artilharia         2885
Companhia de Cavalaria         2400
Companhia de Artilharia         2452

Vista aérea do estacionamento


«Em 15 de Março iniciou-se o deslocamento para Cassuende.
Não há quartel… Volta-se aos primitivos postos de vigilância em sistema de abrigos. Por colchão, apenas a terra e por cobertor, o céu…
O isolamento agora, mais que nunca, faz-se sentir na vida dos nossos rapazes. Tratava-se de uma zona isolada, não ocupada civilmente e ligada ao “mundo civilizado” por uma picada em péssimas condições de utilização.»[1]  
[1] História da Unidade – Companhia de Caçadores 1569

«A Companhia (2400) foi encontrar três casernas feitas com troncos ao alto e chapas de zinco, forno e uma barraca Magnaport. Recebeu barracas de lona que montou para tudo o que era necessário.»[2]
[2] História da Unidade – Batalhão de Cavalaria 2850 – Companhia de Cavalaria 2400

«Este aquartelamento deixou de existir em finais de Setembro de 1969 e foi destruído pela CArt 2452.» [3] 
  [3] História da Unidade – Companhia de Artilharia 2452


Aspecto bem demonstrativo de como se vivia em Cassuende


CASULA

COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores       2421
Companhia de Cavalaria         2722
Companhia de Cavalaria         2903
Batalhão de Caçadores            3875
Companhia de Caçadores        3569
1ª Batalhão Artilharia         6223/73

Vista aérea do aquartelamento

A povoação de Casula fica situada entre Tete e Furancungo, a 101 e 70 quilómetros, respectivamente. Quanto ao quartel, ou melhor dizendo, ao local onde a tropa está colocada, há muito a dizer dada a carência de tudo. O pessoal graduado está instalado numa cantina, outrora pertencente a um comerciante. Quanto aos soldados, esses, vivem em palhotas feitas a capim as quais de tempos a tempos as intempéries se encarregam de desmantelar. Mas o maior problema é a água cuja falta se faz sentir duma maneira alarmante. A princípio íamos recolher a água ao rio Mavudzi a cerca de 7 quilómetros. Depois este rio secou e a partir de Julho tivemos que recorrer ao rio Ponfi distanciado cerca de 17 penosos quilómetros.
Entretanto, chegou o motor da água e da luz. A nossa primeira preocupação foi pois começar a construir um quartel. O local escolhido foi junto à pista de aviação. Nesta altura (29 de Julho de 1970) aproveitando a passagem de uma máquina de Engenharia, esta CCav abriu uma picada que em linha recta ligava a povoação ao quartel. Neste período foram construídas cinco barracas metálicas e colocado o arame farpado. …. É espantoso como nos deixam viver nestas condições e não nos dão um braço para nos ajudar. .…»[1]

 [1] História da Unidade – Companhia de Cavalaria 2722

Na foto o  estado em que ficou um dos “edifícios” do aquartelamento após um ataque da Frelimo onde foram utilizados, além de outras armas, lança-granadas-roquete. Este ataque, ocorrido quatro meses após o 25 de Abril de 1974, certamente com o cessar-fogo já acordado e as NT já, naturalmente, um pouco descontraídas, causou quatro mortos e vários feridos 


CAUNDA
COMPANHIAS RESIDENTES

Esquadrão  de Cavalaria               3
Companhia de Caçadores Inhambanhe

Caunda, Bene, Tembué, Chale, etc., é indiferente já que este “quadro”, a marcha a pé, fazia parte do quotidiano da grande maioria dos operacionais das Unidades instaladas no Distrito   

O Esquadrão de Cavalaria 3 e a Companhia de Caçadores de Inhambane, que em Agosto de 1973 recebe a designação de 4.ª do Batalhão de Caçadores 18, ambos pertencentes à guarnição normal da Província, ocuparam este local entre Dezembro de 1969 a Dezembro de 1970 e Dezembro de 1970 a Julho de 1971, respectivamente. No Arquivo Histórico-Militar não consta a História de qualquer uma destas Unidades, pelo que não foi possível colher quaisquer informações sobre este local. Pelo mesmo motivo, não conseguimos obter o contacto de algum ex-militar daquelas Unidades.  

CHANGARA

COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores       3352
Grupo Especial Paraqudista     002
Companhia de Artilharia        2763
Batalhão de Artilharia       7220/72
2ªBatalhão  de Artilharia   7220/72
3ª Batalhão Caçadores                17
3ª Batalhão Caçadores                18
Grupo Especial Paraquedista  005
Grupo Especial                          609

Aspecto do estacionamento deixado pela CCac 3352

Esta localidade, situada nas imediações do rio Luenha, encontrava-se, por estrada, a 97 quilómetros da cidade de Tete.
A partir de Maio de 1971 ali se instalara a primeira Unidade militar a nível de Companhia, a CCaç 3352, que foi encontrar instalações insuficientes para alojar pessoal e serviços: Apenas 5 exíguas casas destinadas a alojamento dos graduados, messe e secretaria, pelo que se teve que recorrer a tendas de campanha para alojamento do restante pessoal. Com esforço e tenacidade, esta Unidade, além das sucessivas patrulhas e protecção permanente à ponte sobre o rio Luenha, meteu ombros à difícil tarefa da construção do aquartelamento, o que veio a conseguir, dois meses mais tarde, após a sua chegada à Changara[1].
Tentámos obter, através das Histórias das outras Unidades aqui referidas, mais elementos sobre a forma como evoluiu este destacamento, mas nada mais conseguimos, uma vez que apenas referem a sua actividade operacional. Concluímos, pela leitura, que uma das principais missões das forças estacionadas em Chagara, a par das operações de patrulhamento, era a protecção aos trabalhos de asfaltagem da estrada Changara-Tete, EN 103.      

No Rio Luenha perto de Changara

Chicoa

COMPANHIAS RESIDENTE

21ª Companhia de Comandos
28ª Companhia de Comandos
Companhia de Caçadores       2755
1ª Companhia de Comandos de Moçambique
Batalhão de Cavalaria             3857
Companhia de  Caçadores      2757
34ª Companhia de Comandos

Aspecto geral do aquartelamento


Batalhão de

«Sendo Chicoa uma pequena vila desprovida de instalações adequadas para receber um considerável efectivo de tropas, havia que montar um estacionamento que bastasse à instalação do pessoal e, simultaneamente, satisfizesse, no mínimo, as indispensáveis condições de vida para tropas em campanha. Nada existia que servisse de ponto de partida para o trabalho que era necessário realizar, a não ser uns pobres casebres cujos forros serviam de guarida a milhares de morcegos e um vasto capinzal. (…) Erguendo tendas de campanha onde se foi acomodando o material e instalando o pessoal, cavando latrinas, improvisando sistemas de filtragem de água, organizando cozinhas, cavando abrigos, etc. concluiu-se a primeira fase do que se havia planeado»[1]

CHIMADZI

COMPANHIAS RESIDENTE

2ª Batalhão de Caçadores 17

O Comandante da 2ª BCAÇ 17. Capitão Eduardo Paulino
Este aquartelamento, criado nas proximidades de Tete, para defesa desta cidade, era constituído por tendas de campanha que serviam de casernas para o pessoal. O comando e a arrecadação encontravam-se num enorme barracão de zinco. Existiam também razoáveis banheiros para o pessoal.[1]

[1] Elementos gentilmente cedidos por Eduardo Paulino, Comdt. da 2.ª do BCac 17

Chioco


COMPANHIAS RESIDENTE

Companhia de Caçadores       2757
2ª Batalhão de Caçadores           18
Grupo Especial Páraquedistas 001

Apesar de termos envidado todos os esforços no sentido de obter imagens sobre o Chioco, as nossas tentativas, junto de vários elementos da Companhia de Caçadores 2757, saíram goradas[1]. A própria história da Companhia, existente no AHM, nada refere quanto ao aquartelamento existente nesta localidade, apenas sabemos que se situava a cerca de 120 quilómetros da cidade de Tete.


1] As fotos inseridas nesta página não dizem respeito, pelas razões apontadas, ao Chioco, mas adaptam-se perfeitamente quer a este local quer aos muitos outros existentes no Distrito 

Chipera

COMPANHIAS RESIDENTE

Companhia de Cavalaria       2416
 Batalhão de Caçadores          2875
Companhia de Caçadores      2756
COFI Comando Operacional das forças de Intervenção
 Batalhão de Caçadores          3843
 Companhia de Caçadores      2758
 Batalhão de Caçadores      4810/72
 Batalhão de Artilharia       7258/73

Vista aérea do Aquartelamento

«O BCac. 2875 recebeu, na Chipera, cinco barracas metálicas ocupadas pela CCav. 2416 que eram insuficientes para a instalação dos vários serviços  e alojamentos do seu pessoal. Como primeiros recursos foram cedidas pela ADM a moradia do Administrador e a Escola para instalar os graduados. As praças ficaram a “viver” em barracas de lona. Dada a urgência requerida por tal situação, iniciou-se a construção de três barracas metálicas. Na primeira ficou instalado o Comando do Batalhão; a segunda parte do pessoal e a terceira foi ocupada pelo Comando da CCS e arrecadação de material. Contudo, a engenharia militar iniciava a construção das futuras instalações que foram surgindo gradualmente.»[1]

[1] História da Unidade – Batalhão de Caçadores 2875 

O Forno e lavandaria

Chiringa

COMPANHIAS RESIDENTE

Companhia de Artilharia       2416
Companhia de Caçadores      2756
Companhia de Caçadores      3357
3ªBatalhão de Caçadores   4810/72


Vista aérea do Aquartelamento
O aquartelamento era composto por cinco casernas em zinco, um forno e uma cozinha. As três pequenas palhotas, dentro do círculo, serviam de cantina e,  inicialmente, foram dormitório de algum pessoal. Na parte “exterior” das instalações existiam duas machambas e um poço. Foi também construído um “aeródromo”, na medida em que era através da via aérea que recebíamos os frescos e o correio. Tudo isto foi trabalho dos  incansáveis da Companhia, já que aquando da ocupação praticamente nada existia.[1]   

[1] Texto adaptado das informações prestadas por Alberto Abrantes Rodrigues – Companhia de Artilharia 2497

Pioneiros de Chiringa à entrada de uma "habitação"

Chiuta

COMPANHIAS RESIDENTE

Companhia de Caçadores de Milange

Um aspecto do Aquartelamento

Situava-se a Norte da cidade de Tete, do outro lado do Zambeze, na margem esquerda, e distava do Matundo mais ou menos 90 quilómetros. Partindo de Mutapa, local junto à picada Tete-Bene onde se localizava a cantina do Sr. Monteiro “Flor do mato”, iniciava-se então a subida do vale e a encosta da serra da Chiuta,. A Companhia de Caçadores de Milange instalou-se neste local com o fim de tratar da construção de um novo aquartelamento no Sabondo

Chizampeta

COMPANHIAS RESIDENTE

Companhia de Cavalaria           2654
Companhia de Caçadores          3500
1ªBatalhão de Artilharia       7221/73

Junto ao brazão, onde diariamente erguíamos a Bandeira Nacional

«O aquartelamento era um quadrado de cerca de 100 m por 100 m, protegido por duas filas de arame farpado e uma vala em zig-zag que circundava as instalações.
Com uma implantação em esquadria que lhe dava um ar de quartel, no interior do arame farpado havia oito construções pré-fabricadas em chapa de zinco, onde a parte mais dura que oferecia maior resistência à penetração por um objecto era o chão cimentado.
Uma das construções era destinada a alojamento de Oficiais e Sargentos, respectiva messe e secretaria, três para alojamento de cabos e praças, uma para armazenar géneros alimentares e outros materiais, outra para posto de rádio e enfermaria, outra para Oficina Auto, outra para refeitório e uma última destinada aos “mainatos” miudos que lavavam, cosiam e passavam a ferro a nossa roupa. A decorar o exterior das casernas havia, imagine-se, canteiros de lírios vemelhos e amarelos, que alguém tinha certamente trazido da metrópole, que eram bordejados por latas de cerveja semi-enterradas. No centro do aquartelamento estava, construído em cimento, o brasão da companhia que tínhamos rendido ..... Junto ao brasão estava um poste, não muito grande onde, de início, diariamente fazíamos gala em hastear a Bandeira Nacional já muito velhinha, bastante rota, numa quase provocação à Frelimo...»[1]

[1] Respigado do livro “Mato e Morro”, editado pela Prefácio e da autoria de João Fernandes (pseudónimo), graduado de uma Companhia sediada em Chizampeta 

Logo dois? É verdade, só que um vai à boleia

Daque

COMPANHIAS RESIDENTE

Companhia de Caçadores           2759
Companhia de Caçadores           3555
Grupo Especial                              702
Grupo Especial                              703
3ªBatalhão de Artilharia        4215/73

 Oblisco que assinala a passagem da CCAC 2759 pelo Daque

Este local era também conhecido por Taíbo. Porém, na Resenha Histórico Militar só há referência a este nome e nunca a Daque, o que nos causou, inicialmente, alguma dificuldade em contactar alguém que tivesse estado em “Taíbo”, pois todos eram unânimes em afirmar que não conheciam tal denominação e que a sua Companhia nunca lá tinha estado de certeza absoluta. Rendidos à evidência das afirmações, substituímos então o nome de Taíbo por Daque. Contudo, a curiosidade mantinha-se, pelo que fomos ler a História das Unidades em cima mencionadas. Nem uma referência a Taíbo. Até que, aos desfolhar o Historial da CCac 2759 lemos: «Em 5 de Novembro de 1971, a Companhia deslocou-se, em meios auto, para Taíbo, onde chegou a 7»; mais adiante «A Companhia (-) na sede, além da ajuda nos transportes de matérias e víveres para a população, efectuava o patrulhamento e picagem do itinerário Taíbo/Magoé e Taíbo/Chinhande.» Duas páginas mais à frente desaparece este vocábulo e: «No mesmo período foram executadas as seguintes acções com a Companhia a dois GC. Com a duração de 8 dias efectuaram-se trabalhos e protecção na picada Daque/Chinhande. … Semanalmente era efectuada a picagem do itinerário Daque/Magoé».       
Vista aérea do aquartelamento de Daque

Doa

COMPANHIAS RESIDENTE

Companhia de Caçadores           3465
1ªBatalhão de Artilharia        5014/73

Via férrea de Doa

Doa foi mais um dos vários aquartelamentos criados para protecção da linha férrea Mutarara/Moatize, esta inaugurada em Junho de 1949. Foram aproveitados os poucos “edifícios” da velha estação para servirem de instalações ao pessoal. Não sendo os mesmos suficientes para esse efeito, recorreu-se, como sempre, ao improviso.
Aquartelamento de Do

DÓMUÈ

Companhias Residentes

Grupo Especial                              603
Grupo Especial                              703
Grupo Especial                              801
Companhia de Artilharia      7252/72 
ompanhia de Cavalaria              2766
Grupo Especial                              603Grupo Especial                              703
Grupo Especial                              801
Companhia de Artilharia      7252/72

Lá bem no alto, no improvisado mastro, a Bandeira Nacional


O Dómuè, localizado perto de Vila Coutinho, situava-se no planalto da Angónia, perto da fronteira com o Malawi. As elevações dignas de registo eram os montes Angónia a NE e Capiriuta a NW. Talvez pelo facto da grande actividade depatrulhamento por parte das Unidades ali sedeadas e pelos destacamentos que tinham na Palula e mais tarde em Binze, tratava-se de uma zona de guerrilha pouco intensa. Apesar disso, ainda aquelas Unidades tiveram, infelizmente, a sua quota parte em termos de baixas. Quanto às instalações para alojamento do pessoal e serviços eram as mesmas muito precárias

Em 7 de Outubro de 1974 deu a CArt 7252/72 por instalações entregues à Frelimo.[1]

[1] Texto adaptado das informações prestadas por António Teixeira da CArt 7252

O "Bar" à esquerda e a enfermaria à direita 

ESTIMA

Companhias Residentes

Companhia de Caçadores          2515
Companhia de Caçadores          3355
2ª Companhia de Comandos de Moçambique
CODCB-Comando Operacional de Defesa de Cabora Bassa
1º Pelotão de Pisteiros
32ª Companhia de Comandos 
4ª Companhia de Comandos de Moçambique
5ª Companhia de Comandos de Moçambique
1ª Batalhão de Caçadores 4810/72
34ª Companhia de Comandos
4040/72 Companhia de Comandos
7ª Companhia de Comandos de Moçambique

Um dos primeiros aquartelamentos de Estima

Com o início da construção da barragem de Cabora Bassa, houve a necessidade de criar infra-estruturas de toda a ordem, sendo a principal a instalação de locais estratégicos, onde se fixaram forças militares. Foi o caso de Estima que a partir de 1970 era o principal estacionamento nos arredores de Cabora Bassa. Ali se alojou, em Agosto de 1971, o Comando Operacional da Defesa de Cabora Bassa (CODCB) cuja missão era:

Ø  Estabelecer a defesa próxima, imediata e interna de Cabora Bassa.

Ø  Garantir a segurança da circulação dos materiais e equipamentos necessários à circulação da Barragem na sua Zona de Acção (ZA).  

Ø  Garantir a segurança na linha de transporte de energia na sua ZA.

Ø  Efectuar o controlo das populações e dos recursos essenciais na sua ZA.   

Militares da 4040 CCMDS "Os Lordes", prontos para mais uma operação

Aeroporto de Estima

FINGOÉ
Companhias Residentes

Companhia de Artilharia   293         ***     Companhia de Caçadores   2421
Companhia de Artilharia   638         ***     Companhia de Caçadores   2472
Batalhão de Artilharia      1882         ***     Companhia de Caçadores   2729
Companhia de Artilharia 1516          ***     Batalhão de Caçadores        
2915
Batalhão de Caçadores    17        ***     Companhia de Artilharia     2452
Companhia de Artilharia 1515    ***      Companhia de Caçadores   2710
Comando Agrupamento   1990    ***      Grupo Especial                       401
Batalhão de Caçadores     1996      ***     Grupo Especial                       601
Companhia  Caçadores    1655      ***     Grupo Especial                        701
Companhia  Caçadores    2423      ***     Comando Agrupamento       3953
Batalhão de Caçadores     2862      ***     Batalhão de  Caçadores         3885
Batalhão de  Caçadores    2863      ***     Companhia  Caçadores         3552
Companhia  Caçadores    2470

Viata do aquartelamento do Fingoé
Foi no início de 1963 que este local recebeu as nossas primeiras tropas. Obviamente que, com o decorrer dos anos, as Unidades para ali destacadas iam, gradualmente, aumentando de responsabilidades, assim em Junho de 1966 o Batalhão de Artilharia 1882 estabelece aqui o seu Comando. Em 1968 foi criado o Sector F no Distrito de Tete o que originou a formação de quatro subsectores, cabendo a sede de um deles ao Fingoé, o FFG. Mais tarde, com o acréscimo da actividade inimiga no Distrito, efectuou-se nova remodelação no dispositivo operacional com a criação da ZOT (Zona Operacional de Tete), dividida em três sectores integrantes F, G, e H, sendo o comando do segundo (G) instalado no Fingoé. As mutações no dispositivo sucediam-se pelo que este sector foi ainda dividido em três subsectores, ficando o GFG com o comando nesta localidade.
[1]Relativamente às instalações militares, pode dizer-se que as suas condições eram muito razoáveis, como se verifica nas imagens que a seguir se reproduzem


Armamento capturado à Frelimo por uma das Companhias residentes no Fingoé

[1] Texto adaptado pelo autor segundo informação colhida na Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) 4.º Volume – Dispositivo das Nossas Tropas - Moçambique

FURANCUNGO

Companhias Residentes

1511Companhia de Caçadores     181     ***     Batalhão de Cavalaria        2903
Companhia de Artilharia              561     ***     Companhia de Caçadores  2755
Companhia de Artilharia            1511     ***     Companhia Engenharia     2770
Batalhão de Caçadores                1890     ***     Batalhão de Caçadores       3866
Batalhão de Caçadores                2842     ***     2ªBatalhão de Caçadores        17
Companhia de Caçadores Vila Manica   ***     Grupo Especial                      805
Companhia de Artilharia            2326     ***     Batalhão de Artilharia    6223/73
Companhia de Caçadores Vila Gamito   ***   Grupo Especial Páraquedista 010
Batalhão de Caçadores               2895 


Vista parcial do aquartelamento de Furancungo
Foi em Fevereiro de 1963, ainda o conflito armado não tinha deflagrado em Moçambique, que chegou ao Furancungo a primeira força militar. As deficientes condições ali encontradas, estão bem documentadas no relato feito por um graduado do Esq. Cavalaria 181, no Jornal Diário do Sul:«À nossa unidade competia rumar para o interior embrenhar-se no mato, utilizando primeiramente um “sofisticado comboio” até Moatize, e depois diversas viaturas civis  de transporte de carga até à inóspita povoação do Furancungo!...Não havia quartel nem abastecimento de água, nem electricidade, nem telefone, que pudessem ser postos à disposição da unidade de que fazia parte!...Havia, isso sim, um verdadeiro e patriótico espírito de missão!Foi com esse espírito de missão e de sacrifício que aproveitámos um antigo acampamento dos serviços de prospecção dos caminhos de ferro, para transformar algumas “casas” e “palhotas”em péssimo estado de conservação... em precárias instalações para aquartelar uma unidade com um efectivo de 250 militares.»[1]

Com o evoluir da situação e face, certamente, à sua localização estratégica, Furancungo foi tomado sempre em linha de conta nas sucessivas alterações ao dispositivo militar no Distrito. No início de 1968, com a criação do Sector F, foi atribuído, aos Batalhões ali residentes, o comando do subsector FRF. Dois anos mais tarde, nova e profunda remodelação se opera em Tete. É criada a ZOT que foi dividida em três Sectores, cabendo o comando do Sector H ao Batalhão sedeado no Furancungo.Quanto às instalações militares, obviamente que foram evoluindo em relação àquelas que anteriormente relatámos, prova disso são as imagens que se reproduzem nas páginas seguintes.

[1] “Diário do Sul” de 2 de Fevereiro de 2008 – Artigo assinado por João Bravo da Matta




Julho de 1974. Estas 2 fotos mostram a entrada da Frelimo em Furancungo


GAGO COUTINHO

Companhias Residentes     

2ª Batalhão de Caçadores           16
Companhia de Artilharia        2385
Companhia de Caçadores       2470
Companhia de Caçadores       2708
Companhia de Cavalaria        2787
Companhia de Artilharia   7251/72

Aquartelamento de Gago Coutinho
«Ocupando uma posição avançada, a cerca de cinco quilómetros da fronteira com a Zâmbia, o aquartelamento de Gago Coutinho surge, sobretudo, numa situação estratégica de quadrícula, integrado numa cintura de posições fronteiriças com a finalidade de uma vigilância permanente sobre toda a sua zona a fim de impedir que o inimigo nela estacione e impedir a todo o custo a sua passagem para o interior da Província, cabendo-lhe ainda controlar e apoiar as populações existentes na área. Tarefa pesada e difícil dada a extensão da fronteira que se estende desde o rio Capoche até ao rio Cope, numa extensão de cerca de 80 quilómetros por cinquenta de profundidade.»[1]

[1] História da Unidade – Companhia de Cavalaria 2787


Algumas autoridades tradicionais acompanhadas pelo Comadante da CART. 2385


 
MAGOÉ
Companhias Residentes     

Companhia de Artilharia           1514
Companhia de Artilharia           1511
4ª Batalhão de Caçadores               17
Grupo Especial                              602
Companhia de Artilharia           2744
Grupo Especial                              702
Companhia de Caçadores           3553
Grupo Especial Paraquedista       008
1ª Batalhão de Caçadores       4215/72

Em primeiro plano o posto de vigilância nº3. Ao fundo o aldeamento e a pista
Embora a obra “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África” não o refira, inicialmente as Unidades aquartelavam em Magoé Velho, na margem direita do rio Zambeze. Mais tarde, este local ficou apenas a ser habitado por um destacamento de Fuzileiros, sendo criado um novo estacionamento, distante deste, com a designação de Magoé Novo com as seguintes características:

«Nesta localidade, situada num pequeno planalto e sensivelmente a meio caminho entre Chicoa e Mecumbura, existia apenas a Administração, as residências do administrador e seus adjuntos, a cantina e um outro estacionamento de GE. O aquartelamento dispunha de algumas construções em alvenaria embora mal dimensionadas para uma Companhia, uma vez que estava a ser ocupada unicamente por um pelotão. Contudo, face aos sucessivos e cumulativos destacamentos que a Companhia tinha, havia alojamentos para todos, bem como improvisadas instalações para secretaria, depósito de géneros, enfermaria e depósito de material de guerra. O aquartelamento era provido de água canalizada o que, para nós, era um “luxo” tendo em conta as condições vividas em Cabo Delgado».[1] 

Carlos Mia Vicente da Companhia de Artilharia 2744

Delegação do MNF de visita à CART 2744 em Magoé


MARARA
Companhias Residentes     

Companhia de Caçadores           3466
Esquadrão de Cavalaria                   3
Grupo Especial                              502

Elementos de um Grupo Especial, oGE 705

Relativamente a este estacionamento, não encontrámos quaisquer referências na História do Batalhão de Caçadores 3865, uma vez que a CCac 3466 deixou de fazer parte do Batalhão para se integrar no Comando Operacional da Defesa de Cabora Bassa (CODCB).
Assim e uma vez que ao longo deste trabalho referenciámos sempre os Grupos Especiais (GE), desde que nesse local tenham estado Unidades do Exército, achámos por bem dedicar-lhes este espaço, até porque em Marara estacionou uma dessas forças especiais.
«Os Grupos Especiais (GE) foram pequenas unidades especiais de assalto, constituídas a partir de 1970 pelo Comando-Chefe das Forças Armadas Portuguesas em Moçambique, para actuarem na Guerra do Ultramar. Mais tarde foram também constituídas unidades de Grupos Especiais Pára-quedistas (GEP) capazes de realizarem operações aerotransportadas. Em 1974 estavam operacionais 84 Grupos Especiais e 12 Grupos Especiais Pára-quedistas. Apesar de serem treinados e de operarem sob comando do Exército Português (e Força Aérea Portuguesa, no caso dos GEP), os GE não estavam integrados nas Forças Armadas, sendo considerados forças para-militares. Os GE eram constituídos por voluntários locais, enquadrados por graduados portugueses. Com excepção dos GEP, cada GE era por norma integralmente constituído por membros da mesma etnia africana. Os GE recebiam um treino semelhante aos Comandos e os GEP aos Caçadores Pára-quedistas, no Centro de Instrução de Grupos Especiais no Dondo. Os GE tinham como uniforme padrão uma farda de combate totalmente negra. No entanto, muitas vezes utilizavam a farda de combate camuflada do Exército Português. Como 
cobertura de cabeça, os GE usavam uma Boina Amarela»[1]



MAROEIRA

Companhias Residentes     

Companhia de Artilharia           2786
 Companhia de Comandos    2043/72


 Maroeira vista do alto

As instalações resumiam-se a tendas de campanha, uma por pelotão, mais outras para sargentos e oficiais, transmissões e enfermaria. O restante era construído com troncos de árvores e colmo.[1]


Tendas  de alojamento

MATUNDO
Companhias Residentes     

Companhia de Artilharia            2784
Companhia de Caçadores           2669
Companhia de Caçadores           3499

Panorâmica do aquartelamento

De 1 a 18 de Janeiro de 1971 a Companhia ficou instalada num anexo do A.B. 7 em reforço e defesa desta Unidade.

Em 19 de Janeiro cessou as suas funções de defesa do A.B.7, tendo-se deslocado para uma zona situada entre o Aeródromo e o Matundo, vindo a ocupar barracas de campanha do tipo 16/20. De salientar que a zona foi desmatada e capinada, bem como todas as operações necessárias à montagem do aquartelamento, pelo pessoal, possuidor de um verdadeiro espírito de colaboração, sacrifício e interesse. Neste período um GC passou a estar empenhado, diariamente, na defesa do aquartelamento.»[1]

Por informações colhidas junto de antigos militares da Companhia de Caçadores 3499, que “encerrou as portas do Matundo”, as condições de habitabilidade naquele local eram praticamente iguais às existentes no início da ocupação.

1] História da Unidade – Companhia de Artilharia 2784

Ponte sobre o Rio Zambeze da autoria do Engº Edgar Cardoso inaugurada em 29 Setembro 1972

A referida ponte que após a independência foi dado o nome de Samora Machel

MATUNDO
Companhias Residentes     

Companhia de Artilharia            2784
A "Porta de Armas" sem porta
stacados a fim de darem protecção à SCPEL, construtora de estradas.

A partir deste ano, passou a estar sempre estacionada no Mavuzi uma Companhia de Engenharia. Em 1971 para ali se deslocou a Companhia de Caçadores Inhambane que, mais tarde, recebe a designação de 4.ª do BCac 18.
Embora a Resenha Histórico-Militar não o referencie, sabemos que existiam dois estacionamentos distintos no Mavuzi, Mavuzi Ponte e Mavuzi Minas.A região do Mauzito era considerada uma zona de certa importância mineralógica pois ali existia um minério radioactivo, o mavuzite. Talvez por esta razão, desde muito cedo, Fevereiro de 1963, para ali se deslocou a primeira Unidade militar, a Companhia de Cavalaria 182, que foi substituída pela Companhia de Caçadores 549 que ali se manteve durante toda a sua comissão de serviço, Novembro de 1963 a Fevereiro de 1966.
Até 1970 não mais estacionaram, no local, Unidades a nível de Companhia, mas apenas pelotões 

MAVUZI
Companhias Residentes     

Companhia de Artilharia            

O “edifício” que se vê, tinha múltiplas funções: Arrecadação, refeitório

MAZOE

Companhias Residentes

1ª Batalhão  Artilharia                             7220/72
7ª Companhia de Comandos e Moçambique

Os alojamentos do pessoal da Companhia

Esta localidade ficava situada na estrada Changara/Tete junto ao rio Mazoe. Os alojamentos do pessoal eram basicamente formados por tendas de campanha. Existiam dois edifícios em tijolo que foram destinados ao comando, centro de transmissões e enfermaria. A Companhia, além das habituais operações, tinha ainda a missão de dar apoio às colunas que se destinavam a Tete e Chioco [1]

[

Observando o horizonte. Em frente a ponte sobre o rio Mazoe 


MCITO

Companhias Residentes

32º Companhia de comandos
2º Pelotão de Pisteiros
Companhia de Caçadores     4941/72

Aquartelamento de MCITO

Situado, junto à linha de Caminhos de Ferro, Mutara – Moatize, ao Km. 148,5, o M’Cito distava cerca de 130 quilómetros da sede do distrito, Tete, e aproximadamente 15 quilómetros da fronteira com o Malawi. O aquartelamento, paralelo à linha férrea, dispunha de um edifício dos Caminhos de Ferro onde, além de servir de alojamento para os graduados, funcionavam os serviços administrativos. As praças, por falta de instalações apropriadas, estavam alojadas em barracas de campanha.[1]  

[1] História da Unidade – Companhia de Caçadores 4941/72


MECUMBURA

Companhias Residentes

Companhia de Caçadores          2759
Companhia de Caçadores          3554
Grupo Especial                             702
Grupo Especial                             703
COFI                                                   
Companhia Comandos        4 042/72
32ª Companhia de Comandos           
Companhia de caçadores           3393
Companhia de Cavalaria           3550

Vista do Aquartelamento de Mecumbura

Mecumbura situava-se a sudeste da cidade de Tete, na margem esquerda do rio Mecumbura, que lhe deu o nome, e que serve de fronteira entre Moçambique e a Rodésia (actualmente Zimbabwe) onde, por sinal, existe uma localidade situada na margem direita cujo nome é M’ kumbura. Possuía posto Administrativo, à frente do qual estava um Administrador coadjuvado por seis Sipaios; um Posto de fronteira com dois agentes da PIDE, dois aldeamentos com milhares de pessoas, encontrando-se o quartel entalado entre a população.

A cerca de três quilómetros da picada de Nura encontrava-se uma Missão de padres Bascos, para apoio a estes aldeamentos.

Em Dezembro instalou-se neste local a ZOM (Zona Operacional da Mecumbura).[1]


[1] Texto elaborado de acordo com informações prestadas por Francisco Mota Dores, da Companhia de Caçadores 3554 do Batalhão de Caçadores 3886

Furriel Mota Dores da CCAÇ 3554

MISSÃO NAZARENO

Companhias Residentes

2ª Batalhão de Caçadores             17

Um grupo de Pisteiros do BCAÇ 17 algures no Distrito de Tete

Esta Unidade, da guarnição normal da Província, inicialmente designada por 2.ª do Batalhão de Caçadores de Boane passou a designar-se. Em 1967, 2ª/Batalhão de Caçadores 17. Por se tratar de guarnição normal, esta Unidade percorreu, ao longo da sua existência, vários locais no Distrito de Tete, tais como, Zambué, Fingoé, Ponte do Rio Luia, Vila Gamito, Furancungo, Baué, Chimadzi, etc. Também os seus comandos e restante pessoal sofria, por força do término da sua da sua comissão de serviço, sucessivas alterações.

Quanto à localidade a que esta página se refere, apesar de termos tentado obter alguma informação, nada conseguimos, a não ser que se situava, sensivelmente, a meio caminho entre a Casula e Furancungo e que ali existia uma Missão. Este estacionamento era normalmente ocupado por um pelotão das Companhias sedeadas na zona.

Por tudo o que foi dito, justifica-se a ausência de elementos, quer escritos, quer iconográficos, da Missão Nazareno. Contudo, ilustramos a página com imagens, de carácter geral, relacionadas com aquela Unidade

MOATIZE

Companhias Residentes

Companhia de Artilharia     559     ***     Companhia de Caçadores     2359
Companhia de caçadores     174     ***     Companhia de Caçadores     2515
Companhia d Caçadores      605     ***     Companhia de Caçadores     2514
Companhia de Artilharia   1512     ***     Companhia de Caçadores     3353
Companhia de Cavalaria   1728     ***     Pelotão de Canhões                3022
Companhia de Cavalaria   1730     ***     Pelotão de Intendência           3110
Companhia de Caçadores  2319     ***     2ª Batalhão de Artilharia  6220/72
Companhia de Caçadores  2421     ***     4ª Batalhão de Caçadores          17

O Aquartelamento de Moatize

Moatize começou a receber forças militares muito antes de deflagrar o conflito armado em Moçambique. A região, com um subsolo rico em carvão e ferro, cedo foi alvo das atenções dos governantes, pelo que nos primeiros anos da década de 30 se inicia a exploração daquele minério, contribuindo a sua exportação para um equilíbrio da balança orçamental.

A vila, servida por uma linha dos Caminhos de Ferro de Moçambique, foi palco durante muitos anos de grande movimentação militar, com chegadas e partidas constantes. Também por essa razão, ali se encontravam instalados Serviços de Intendência. O aquartelamento era, segundo alguns relatos que conseguimos obter, suficiente quanto às suas instalações.

Inauguração do caminho de ferro em Moatize (1949)

    

A caminho da Beira despedida de Moatize de mais um contingente militar.

Mucangadzi

Companhias Residentes

Companhia de Caçadores          2729
Elementos do Destacamento Policial do Songo, estacionados neste local, no aldeamento, juntamente com a população mais jovem  

 Esta Unidade estacionou em Mucangadzi apenas entre Julho a Novembro de 1971. 
«No período em que esta Companhia esteve estacionada no local, somente quatro meses, a maior parte do tempo foi ocupada na construção dos aldeamentos.
 Os trabalhos do Aquartelamento em Mucangadzi prosseguiram, tendo-se registado a colocação de arame farpado e o começo da edificação de abrigos para defesa desta Unidade.»[1]
  
[1] História da Unidade – Companhia de Caçadores 2729

Junto  aos abrigos para defesa do estacionamento

Muchena

Companhias Residentes

29ª Companhia de Comandos
Comandos em acção no Distrito de Tete

Localizada sensivelmente a Nord este da cidade de Tete, foi apenas “anfitriã” da 29.ª Companhia de Comandos e por um curto espaço de tempo - de Novembro de 1971 até ao início de Janeiro do ano seguinte. Esta Companhia de Comandos, tal como todas as outras, tinha a sua base principal de aquartelamento em Montepuez, Cabo Delgado, sendo chamados a actuar nas mais diversas zonas onde o conflito armado se deflagrara. Estabelecendo a sua base de estacionamento em locais estratégicos, daí partiam, helitransportados, para as zonas onde tinham lugar as operações previamente programadas. 

Na História das Companhias de Comandos, que lemos no AHM, regra geral, não há referências aos aquartelamentos por onde essas unidades passaram, sendo este facto compreensivo, dada a sua especificidade operacional, hoje aqui, amanhã ali.   

Grupo de Comandos helitransportados

Mussacama

Companhias Residentes

29ª Companhia de Comandos
3ª Batalhão de Caçadores             17
3ª Batalhão de Caçadores    5014/73

Hastear da Bandeira Nacional em Mussacama

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