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Livros da guerra colonial

Miandica terra do outro mundo


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

NÓ GÓRDIO. A VERSÃO DE QUEM LÁ ESTEVE



NÓ GÓRDIO. A VERSÃO DE QUEM LÁ ESTEVE

         Operação "NÓ GÓRDIO"

                                                          Texto de:
                                              Serafim Pereira
                                         1º Cabo da 18ªCCMDS 

Antes da partida do pessoal combatente, para esta operação, foi lida em furmatura geral uma exortação do Comandante-Chefe, General Kaúlza de Arriaga, para todas as forças empenhadas na mesma. Por todos, foi recebida com agrado, e em todos os olhares se via a certeza de que não iriamos negar parcela alguma do esforço que nos era solicitado.
General Kaúlza de Arriaga a dar início à operação Nó Górdio

A 4 de Julho de 1970,
 A 18ª CCMDS foi auto transportados atingimos a região do GOLÉ, fazendo a partir daí uma progressão apeada.
A nossa missão inicial, consistia em montar emboscadas durante vários dias na região LESTE do RIO MUERE. Foram abatidos naquela zona 4 elementos IN armados com granadas e ferido um outro que conseguiu por-se em fuga.
Em virtude de haver dificuldades na localização da base IN " BATALHÃO DE ARTILHARIA GUNGUNHANA" que era o objectivo principal do Agrupamento "IA" e um dos mais importantes a ocupar pelas NT, durante esta operação, foram-nos dadas ordens pelo P.C.V. no dia 6, para tentarmos assaltá-la , visto dispormos ao que parecia o único guia capaz de localizá-la.

No dia 7 de Julho 1970

Pelas 08h00 eliminámos com dois tiros, o sentinela, que se encontrava em cima de uma árvore. Foi a nossa sorte. Cerca da 08h30, entrámos na base sem termos encontrado qualquer resistência. Entrámos naquela que era considerada uma das mais importantes bases inimigas em território Nacional - O BATA LHÃO DE ARTILHARIA GUNGUNHANA.
Material de guerra capturado ao IN
Enquanto uns Grupos mantinham a segurança à base, outros começaram a efectuar patrulhamentos à sua volta, não só para garantirem uma segurança apertada, mas também para procurarem prováveis depósitos de material de guerra. 
Como a base era muito grande e não dispunha  a nossa Companhia de pessoal para todas estas operações, veio em nosso reforço neste dia às 16h00 a 1ªCCMDS de Moçambique

No dia 8 de Julho de 1970 

Continuámos as buscas, tendo o 1º Grupo pelas 08h00 descoberto o primeiro depósito de material. A partir de então, mais depósitos foram descobertos, tendo sido chamado a olaborar a 21ª CCMDS e os GE que também encontraram muito material enquanto a nossa companhia a 18ª CCMDS fazia segurançã à base.

 Parte do material de Guerra apreendido pela 
18ª CCMDS na Operação NÓ Górdio

 No dia 9 de Julho de 1970 

A continuaram os patrulhamentos e pelas 19h00, a base foi atacada com 14 granadas de morteiro, tendo as primeiras atingindo o interior da mesma e feito 6 feridos ligeiros nas NT.

No dia 10 de Julho de 1970,

Recebemos ordens para nos deslocarmos para o estacionamento, no sítio da CUVAVA, a cerca de 1,5 Kms da base, onde entretanto fora montado o comando doAgrupamento "IA". Após curto repouso , partimos no 12 de Julho de 1970  para MUEDA, tendo uma viatura accionado uma mina, já no itenerário MUEDA - MITEDA, entre os PA 14 e 13, que nos causou 6 mortos, sendo 4 deles Mainatos.Feridos foram 7 nas NT e 1 Mainato. Foram todos imediatamente evacuados.
A mina, que rebentou nas rodas traseiras, destruiu 
completamente a carroçaria lançando alguns dos seus destroços a dezenas de metros. A cratera aberta, atravessava a picada de lado a lado e, tinha a sua maior profundidade, 2 metros.
Assistência a um ferido
Baixas sofridas:

Mortos:

Soldados CMDS: Manuel Lima Gomes
Mário da Silva Melo
Mainatos: Assido---António---Leonardo---Pervane

Feridos

Fur. Milº CMD Domingos Branco da Silva
1º Cabo CMD Francisco Antero Pires Fernandes
Soldado CMD José António Marques Liceia
Soldado CMD Nelson Ferreira Ribeiro
Soldado CMD António Álvaro De Oliveira
1º Cabo da CCaç de Mocímboa da Praia Victor Manuel Martins  Lino  
Mainato Afonso

No dia 17 de Julho de 1970, regressámos de novo ao Agrupamento "IA", tendo durante os dias 18, 19 e 20 feito emboscadas nos trilhos de acesso à picada recentemente aberta, a fim de evitar que o IN colocasse minas nesse itinerário  Um IN ficou ferido. Fizeram-se ainda vários patrulhamentos para ser garantida a segurança próxima do estacionamento.

No dia 21 de Julho de 1974, voltámos a MUEDA sendo nodia 22 integrados nas forças do "Objectivo C "

Resumo dos Resultados

Nas NT. : 2 Militares mortos---- 4 Mainatos Mortos---
 Feridos: 6 Militares e 1 Mainato

No IN. : 4 Mortos confirmados e 2 Feridos
Material capturado no"Objectivo C"


Se estiver interessado poderá ler outro artigo com o titulo :
Operação Górdio - 

Devemos referir o entusiasmo e dedicação e boa vontade postos nesta operação, por todos os elementos da 18ª CCMDS.
No dia 22 de Julho de 1970 partimos de MUEDA e fomos mal recebidos em NANGOLOLO, onde estivemos sem sem barracas e sem uma única manta. Passámos muitos dias a comer ração de combate, tndo cada militar sido obrigado a transportar 7 rações para 7 dias previstos para embocadas e 4 dias consecutivos estivemos sem pão. Vez alguma porém os nossos homens esboçaram qualquer murmúrio de protesto procurando antes e em todos os momentos dar o máximo de si próprios .
A nossa Companhia, bem como todas as outras pertencentes ao "Agrupamento IA" foram louvadas por Sua Exçª o General Comandante Chefe das Forças Armadas de Moçambique, Generaal Kaúlza de Arriaga

 Como já atrá afirmámos, no dia 22 de Julho de 1970, saímos de MUEDA ao "objectivo C"que havia anteriormente localizada e destruída pelas NT, a base In denominada "NAMPULA"
Durante a nossa deslocação auto para o local, foram detectadas e destruídas 3 minas anti-carro, 2 fornilhos e 6 minas anti-pessoal. Chegámos no dia 24, ao local onde estava instalado o "Agrupamento IC"
No dia 25 de Julho de 1970, com a missão de garantir a segurança dos trabalhos da CEngª , demos início a uma operação em 5 fases.
1ª Fase: Teve início no dia 25 e terminou em 27 de Julho. Estandoa CEngª a abrir uma picada para o CHINDERILHO partindo da picada que deu acesso à BASE MUERA (Ex. NAMPULA), deslocando-nos para aquela zona a fim de nomadizarmos na área da nova picada a abrir. Tendo o IN, atacado atacado no dia 24, a CEngª e a companhia responsável pela sua protecção durante a abertura do itenerário, pediunos o Comandante daquela que com le colaborássemos, a fim de poder garantir uma segurança mais eficiente.
Dos Grupos de Comandos da 18ª Companhia passaram então a manobrar à frente das máquinas enquanto a outra Companhia fazia a segurança lateral e rectaguarda.
Fomos emboscados por um grupo IN, estimado em 10 elementos, tendo sido gravemente ferido com um tiro na cabeça, o soldado CMD José Ramos Alípio, que mais tarde faleceu no Hospital de LOURENÇO MARQUES.
No dia 26 de Julho de 1970, em virtude dos trabalhos estarem parados, devido a avarias nas máquinas, nomadizámos a zona até junto à picada MUEDA-SAGAL, sem contactos com o inimigo.
2ª Fase:início a 27 e final em 28 de Julho. Foi-nos dada  a missão de procurar o destacamento da base IN "NAMPULA", a localidade de "DIANCAR" e o círculo "PINCHI". Pela localização dada, foram efectivamente encontrados os destacamentos da base "NAMPULA"e o círculo de "PINCHI", embora abandonados.
Foram destruídas cerca de 30 palhotas e um celeiro com cerca de 1 tonelada de milho e amendoim.
Percorremos com vários, tendo numa emboscada abatido 2 elementos IN e ferido 1 outro. Foram capturados 1 arma de repetição, 1 mina anti-carro 2 minas anti-pessoal.
3ª Fase: início a 29 e termina a 30 de Julho. Continuamos com os patrulhamentos tedentes a garantir uma segurança afecta aos trabalhos da Engenharia. Percorremos os trilhos, conjugando a acção com emboscadas, tendo numa delas, abatido um elemento IN armado e capturado a sua arma semi-automática e uma granada de mão ofensiva.
Foram destruídas 35 palhotas e 2 celeiros de milho com cerca de 2 toneladas.

Reabastecimento das NT, num acampamento
4ª Fase: teve início em 31 de Julho e final a 1 de Agosto. As nossas forças, deram protecção aos trabalhos da CEngª desta vez na abertura do itenerário entre a picada do "OBJECTIVO C" (BASE MUERA) e à picada do "OBJECTIVO A", Base GUNGUNHANA prolongamento da picada já aberta até ao CHINDERILHO.
Não houve contacto com o IN
5ª Fase: Início e final em em 2 de Agosto de 1970. Terminados os trabalhos da CEngª saíram 2 Grupos da 18 CCMDS a fim de efectuarem a segurança oa itinerário para a "BASE MUERA", para onde aquelas forças se deslocaram.
Não houve contacto com o IN
Ainda em 2 de Agosto, a 18ª CCMDS regressou a MUEDA sem incidentes durante todo o percurso da picada.
Tal como aconteceu no "AGRUPANTO IA", também no "IC" a 18ª CCMDS foi louvada pelo CMDT das Forças Armadas de Moçambique, General Kaúlza de Arriaga.
Partimos de MUEDA, no dia 4 de Agosto de 1970 tendo chegado de madrugada no dia 5 a Montepuez com o dever cumprido.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

GRUPOS ESPECIAIS PARA-QUEDISTAS DE MOÇAMBIQUE

OS GRUPOS ESPECIAIS PÁRA-QUEDISTAS (GEP): 

SUBSÍDIOS PARA A SUA HISTÓRIA


Procurando solucionar parcialmente o problema da insuficiência numérica de tropas pára-quedistas na Província, e ao mesmo tempo melhorar a eficiência e capacidade militar das tropas recrutadas localmente,melhorando a sua instrução e enquadramento, «e introduzindo um factor extremamente importante em termos de selecção e motivação: o salto em pára-quedas», o Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, General Kaúlza de Arriaga, decidiu organizar os GEP. Assim, «…em Maio de 1971 teve início a concentração, no BATALHÃO DE CAÇADORES PÁRA-QUEDISTAS Nº 31 (BCP 31), com trânsito pelo Batalhão de Caçadores Nº16 (BCaç 16), dos mancebos voluntários para a frequência do 1º Curso de Formação de “GRUPOS ESPECIAIS DE PÁRA-QUEDISTAS – GEP.» Adaptados à natureza da contra-subversão e às características do Teatro de Operações de Moçambique, a missão destes GEP consistia basicamente no «…desempenho de missões operacionais e de intervenção como reserva do Comando-Chefe, em qualquer ponto do Teatro de Operações, estando especialmente vocacionados para acções de recuperação, defesa e controlo das populações. Cada GEP (o seu número total chegou a 12) era constituído por um Comandante, um adjunto (orientado para a acção psicológica), 4 comandantes de subgrupo, 16 cabos e 48 soldados.




Os comandantes de grupo eram oficiais subalternos, o adjunto e os comandantes de subgrupo eram sargentos, uns e outros, normalmente, graduados, e oriundos das tropas pára-quedistas (na sua maior parte), ou do Exército, ou directamente do meio civil. Os quadros eram obtidos por voluntariado, a partir de civis, a partir de oficiais milicianos na situação de disponibilidade, e a partir de oficiais e sargentos do Quadro Permanente (QP) ou do Quadro de Complemento (QC), de cabos, no serviço activo, em situação de diligência, uns e outros sendo graduados, os cabos em sargentos, os sargentos em oficiais subalternos, e os oficiais subalternos em capitães. Os não pára-quedistas tinham de fazer o curso de pára-quedismo dos GEP. Os pára-quedistas, quando no activo, tinham de ter já cumprido 20 meses de comissão na Província. Além do benefício da graduação, os quadros GEP recebiam uma gratificação de GE, paga pela Região Militar de Moçambique (RMM), e tinham direito ao abono permanente de subvenção de campanha independentemente de estarem ou não na zona de intervenção…».
Dondo. Cor. Costa Campos Páraquedista a dar instrução aos GE e GEP
Até 30 de Setembro, os GEP estiveram aquartelados no BCP 31, de quem dependiam quer sob o ponto de vista logístico, quer sob o ponto de vista de instrução. A partir dessa data foram aquartelados no Dongo (a 30km da Beira) onde foi constituído o CIGE (CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GRUPOS ESPECIAIS) e o BATALHÃO DE GEP. Os primeiros quadros foram constituídos quase exclusivamente por militares pára-quedistas, dos dois Batalhões de Caçadores Pára-quedistas de Moçambique (BCP 31 e BCP 32), e o primeiro Comandante dos GEP foi o Coronel Pára-quedista SIGFREDO VENTURA DA COSTA CAMPOS. A partir de 1 de Julho de 1973 assumiu o Comando do Batalhão de GEP o Major Pára-quedista MANUEL ANTÓNIO CASMARRINHO LOPES MORAIS que fora até então oficial de operações e informações do BCP 31, e que se manteve como Comandante do Batalhão de GEP, até à sua morte, em operações, em Agosto de 1974.Após terminarem a sua comissão de serviço nos GEP, os quadros pára-quedistas regressavam às suas  unidades de origem (BCP 31 e BCP 32) onde eram desgraduados, voltando à patente e antiguidade que lhes pertenciam.» 
CONDIÇÕES DE ADMISSÃO, ELIMINAÇÃO E REGALIAS A CONCEDER
Eram condições de admissão:
– Ser voluntário;
– Ser miliciano para os postos de Furriel/Sargento;
– Possuir qualidades de comando que permitam exercer com eficiência as funções de Comandante de Pelotão ou de Secção, para os postos inerentes, dos GEP;
– Ter revelado excelentes qualidades militares e demonstrado ser um combatente valente, decidido e disciplinado;
– Obrigar-se a, pelo menos, prestar serviço nos GEP durante um ano, após a formação dos Grupos.
Eram condições de eliminação:
– Revelar não possuir as qualidades julgadas indispensáveis, pelo que haverá lugar a punição e despromoção.
Eram concedidas as seguintes regalias:
– Promoção de praças a furriel pára-quedista e desta a alferes pára-quedista, por graduação, após a aprovação da proposta;
– Vencimentos nos seguintes quantitativos:
1)     Furriel – Igual ao vencimento de um furriel pára-quedista em zona de subvenção de campanha, acrescido de uma gratificação de 1.500$00, o que perfaz um total de 8.080$00, recebido quer em zona de100% ou 50%;
2)     Alferes – Igual ao vencimento de um alferes pára-quedista em zona de subvenção de campanha, acrescido de uma gratificação de 2000$00 o que perfaz um total de 11.185$00, recebido quer em zona de 100% ou 50%;
– As demais que o pessoal de igual posto já aufere;
– Continuação nos GEP por períodos sucessivos de um ano, se o desejarem e mantiverem as qualidades necessárias à sua admissão.

CURSO DE PÁRA-QUEDISMO "GEP"

O Curso de Pára-quedismo GEP tentou seguir, tanto quanto possível, o Curso de Pára-quedismo do Regimento de Caçadores Pára-quedistas (RCP – Tancos), e o ministrado nas escolas de pára-quedismo civis no que concerne à qualificação «A» (abertura automática). Nos auxiliares de instrução verificou-se sempre a ausência de uma torre para treino das aterragens (tipo Torre Francesa) e das saídas (tipo Torre Americana), e raramente era efectuado o tradicional «voo de adaptação» que antecede o primeiro salto em pára-quedas. Para os lançamentos eram utilizadas aeronaves da Força Aérea Portuguesa (FAP) (Nord Aviation – Noratlas) e, entre outros, os campos de saltos (Zonas de Lançamento – ZL) mais utilizados foram os de «Nova Maceira» e «Lusalite». Após 6 saltos e na própria ZL, tinha lugar a característica imposição das boinas, cerimónia que prosseguia depois no CIGE, no Dondo, com a graduação do pessoal de enquadramento dos novos GEP (GRUPOS ESPECIAIS – GE e mais tarde GRUPOS ESPECIAIS DE PISTEIROS DE COMBATE – GEPC), seguindo-se o compromisso de honra – JURAMENTO-DE-BANDEIRA – que consistia no seguinte texto:
«Juro defender a minha terra, a minha família e os meus camaradas.
Juro dar todo o meu esforço, para melhorar a vida do meu povo.
Juro combater os inimigos da ordem, até haver paz na nossa terra.
Juro obedecer aos meus chefes.
Juro defender a Bandeira e a nossa Pátria PORTUGUESA

Por último e a finalizar tão significativo evento militar, era imposto aos militares do Batalhão de GEP o distintivo ou «brevê» de qualificação pára-quedista GEP. É importante destacar que o Curso de Pára-quedismo GEP nunca foi homologado como Curso de Pára-quedismo Militar, tal com está definido no Decreto-Lei N.º 42075 de 31DEZ58. Por este mesmo facto, e porque só o RCP (e sucessivamente o Corpo de Tropas Pára-quedistas (CTP); o Comando das Tropas Aerotransportadas (CTAT) e a Escola de Tropas Pára-quedistas (ETP) da Brigada de Reacção Rápida) se encontra habilitado em Portugal, a formar pessoal especializado em pára-quedismo, qualquer designação homónima à das Tropas Pára-quedistas Portuguesas carece de suporte legal.Esta situação, aliás, nada tem de anormal ou singular, pois à semelhança do que acontece nas Forças Amadas de países cujas Tropas Pára-quedistas são conhecidas, em todas elas existe apenas uma Escola de Pára-quedismo, ainda que os militares formados se destinem aos vários Ramos. É o caso da Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, França, Bélgica, Itália e Alemanha, para só citar os exemplos mais conhecidos entre os militares portugueses.
UNIFORMES E INSÍGNIAS
Os GEP nunca utilizaram, em desfiles ou cerimónias militares da Província de Moçambique, o tradicional uniforme preto e a boina amarela dos GRUPOS ESPECIAIS – GE. Os instrutores e monitores oriundos dos Batalhões de Caçadores Pára-quedistas (BCP) usavam o uniforme de campanha em vigor na Força Aérea Portuguesa (FAP) e os militares recrutados localmente usavam, na sua grande maioria, o uniforme de campanha em vigor no Exército. Nunca tiveram homologado um uniforme de cerimónia ou passeio (saíam em uniforme camuflado para a licença de fim-de-semana), embora estivesse a ser elaborado um estudo que o ano de 1974 veio interromper.O distintivo de qualificação pára-quedista (ver a imagem dos distintivo), metálico, prateado, usava-se colocado no lado esquerdo do peito, acima da costura de portinhola do bolso centrado com o eixo desse bolso. O distintivo de identificação de unidade GE (vulgo «crachá» GE) só mais tarde passou a ser ostentado pelos militares dos GEP. Tanto os GE como os GEP (e mais tarde os GEPC – GRUPOS ESPECIAIS DE PISTEIROS DE COMBATE) usavam-no, suspenso do botão do bolso superior esquerdo, por suspensão de cabedal ou carneira de cor preta.Os instrutores e monitores oriundos dos BCP, apesar de usarem o uniforme de campanha da FAP, tinham de usar a boina «vermelho-vinho» com o respectivo distintivo GE de boina

GRUPOS ESPECIAIS PÁRAQUEDISTAS
CGEP 001
LOCAL: 
NCUNGAS de Novembro de 1971 a Maio de 1972
CHIOCO de Maio a Julho de 1972
GURO de Julho a Novembro de 1972
CANDA de Novembro de 1972 a Julho de 1973
MUNGARI de Julho a Outubro de 1973
DONDO de Outubro de 1973 a Abril de 1974
CGEP 002
LOCAL:
CHANGARA de Dezembro de 1971 a Março de 1972
MUNGARI de Março a Setembro de 1972
MABZIGUIRO de Setembro a Dezembro de 1972
GURO de Dezembro de 1972 a Agosto de 1973
TETE de Agosto a Outubro de 1973
DONDO de Outubro de 1973 a Abril de 1974

CGEP 003
LOCAL: 

MUNGARI de Dezembro  de 1971 a Setembro de 1972
CADALONGA de Setembro a Novembro de 1972
DONDO de Novembro de 1972 a Junho de 1973
CATENENE de Junho a Setembro de 1973
DONDO de Setembro a Dezembro de 1973
NOVA VISEU de Setembro de 1973 a Abril de 197

CGEP 004
LOCAL: 
TEMANGAU de Abril 1972 a Novembro de 1972
CHAZEMBA de Novembro de 1972 a Julho de 1973
CATUNGUIRENE de Julho a Setembro de 1973
DONDO de Setembro 1973 a Janeiro de 1974
CATUNGUIRENE de Janeiro a Março de 1974
POPO de Março a Abril de 1974
CGEP 005
LOCAL: 
CHANGARA de Julho de 1972 a Outubro de 1972
CATUNGUIRENE de Outubro 1972 a Junho de 1973
MASSANGANO de Junho a Setembro de 1973
CATUNGUIRENE de Setembro de 1973 a Fevereiro de 1974
CHAZICA de Fevereiro a Abril de 1974
CGEP 006
LOCAL: 
MUNGARI de Julho de 1972 a Novembro de 1972
INHASSALALA de Novembro de 1972 a Julho de 1973
DONDO de Julho a Novembro de 1973
INHASSALALA de Novembro de 1973 a Março de 1974
MADZIUIRE de Março a Abril de 1974
CGEP 007
LOCAL: 
MUNGARI de Novembro de 1972 a Julho de 1973
DONDO de Julho a Novembro de 1973
CATUNGUIRENE de Novembro de 1973 a Janeiro de 1974
DONDO de Janeiro a Abril de 1974
TETE Abril de 1974
CGEP 008
LOCAL: 
MAGOE de Novembro de 1972 a Junho de 1973
INHASSALALA de Junho a Outubro de 1973 
SABONDO de Outubro de 1973 a Janeiro de 1974
VILA MANICA de Janeiro a Abril de 1974
DONDO Abril de 1974
CGEP 009
LOCAL: 
DONDO de Abril a Julho de 1973
CANDA de Julho Outubro de 1973
DONDO de Outubro de 1973 a Janeiro de 1974
MACOSSA de Janeiro de a Março de 1974
MUANZA de Narço a Abril de 1974
CGEP 010
LOCAL: 
DONDO de Abril a Junho de 1973
MUNGARI de Junho a Agosto de 1973
TETE de Agosto a Outubro de 1973
DONDO de Outubro de 1973 a Março de 1974
FURANCUNGO de Março a Abril de 1974
CGEP 011
LOCAL: 
VILA GOUVEIA de Setembro de 1973 a Dezembro de 1973
MUANZA de Setembro de 1973 a Abril de 1974
CGEP 012
Furriel Carlos Flores do GEP 012
COMANDANTE: Alferes Marcelino Alves
LOCAL: 
CATULENE de Outubro de 1973 a Janeiro de 1974
DONDO de Janeiro a Março de 1974
MASSANGANO de Março a Abril de 1974

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

GRUPOS ESPECIAIS DE MOÇAMBIQUE SECTORES "D" (ZAMBÉZIA); "CODCB";"F";SECTOR "G" SECTOR "H" e CTC (TETE) e SECTOR "I (MANICA E SOFALA)

segunda-feira, 19 de março de 2018


GRUPOS ESPECIAIS DE MOÇAMBIQUE SECTORES "D" (ZAMBÉZIA); "CODCB";"F";SECTOR "G" SECTOR "H" e CTC (TETE) e SECTOR "I (MANICA E SOFALA)

Sector "D"


GE 401
LOCAL: 
FINGOÉ (TETE): de Outubro de 1970 a Abril de 1974
GE 402
LOCAL: 
MILANGE (ZAMBÉZIA): de Novembro de 1972  Abril de 1974
GE 403
LOCAL: 
GURO (MANICA E SOFALA):  de Abril de 1973 a Junho de 1973
CHIRE  ZAMBÉZIA): de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 404
LOCAL: 
GURO (MANICA E SOFALA):  de Abril de 1973 a Junho de 1973
MORRUMBALA (ZAMBÉZIA): de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 405
LOCAL: 
MORRAMBALA (ZAMBÈZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 406
LOCAL: 
CHIRE (ZAMBÉZIA): de Abril de 1973 a Julho de 1974
GE 407
LOCAL: 
MONGOÉ (ZAMBÉZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974

Um aspecto da instrução dos GE 407
GE 408
LOCAL: 
MOLUMBO (ZAMBÉZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
 GE 409
LOCAL: 
CORROMANE (ZAMBÉZIA):  de Dezembro de 1973 a Abril de 1974

Sector "CODCB"


GE 501
LOCAL: 
TCHIRODZI (TETE): de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 502
LOCAL: 
MARARA (TETE): de Setembro de 1973 a Abril de 1974

Sector "F"




GE 601
LOCAL: 
FAQUERO: de Janeiro a Abril de 1971
FINGOÉ: de Abril a Novembro 1971
CALDAS  XAVIER: de Novembro de 1971 a Abril de 1974
GE 602
LOCAL: 
MAGOE: de Março de 1971 a Fevereiro de 1972
N`CUNGAS: de Fevereiro de 1972 a Outubro de 1972
MUTARARA: de Outubro de 1972 a Abril de 1974
GE 603
LOCAL: 
DÓMUÉ: de Março de 1971
GE 604
LOCAL: 
ANCUAZE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 605
LOCAL: 
MUTARARA: de Outubro de 1973 a Março de 1974
N`CUNGAS: de Março a Abril den1974
GE 606
COMANDANTE:
Furriel Alexandre Fanha Constantino
LOCAL: 
SABANDARE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
Alexandre Fanha Constantino
GE 608
LOCAL: 
TETE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 609
LOCAL: 
CHANGARA: de Novembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "G"
GE 701
LOCAL: 
FINGOÉ: de Maio de 1971 a Novembro de 1971
UNCANHA: de Novembro de 1971 a Março de 1972
FINGOÉ: de Março de 1972 a Julho de 1972
CARINDE: de Julho de 1972 a Novembro de 1972
FINGOÉ: de Novembro de 1972 a Abril de 1974 

GE 702
LOCAL: 
MAGOÉ: de Maio de 1971 a Novembro de 1972
MUCUMBURA: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
GE 703
LOCAL: 
DÓMUE: de Maio de 1971
GE 705
LOCAL: 
UNCANHA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "H"
GE 801
LOCAL: 
DÓMUE: de Maio de 1971 a Julho de 1972
ZAMBUE: de Julho de 1972 a Junho de 1973
TAIBO: de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 802
LOCAL: 
TSANGANO: de Junho de 1972 a Abril de 1974
GE 803
LOCAL: 
MFUTSUO: de Outubro a Dezembro de 1971
VILA COUTINHO: de Dezembro de 1971 a Abril de 1972
MFUTSUO: de Abril a Agosto de 1972
VILA COUTINHO: de Agosto de 1972 a Outubro de 1973
MFUTSUO: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 804
LOCAL: 
TEMBUÉ: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 805
LOCAL: 
FURANCUNGO: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
CTC e Sector "I"



GE 901
LOCAL: 
MANDIE: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 902
LOCAL: 
ANDISSENE: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 903
LOCAL: 
LUMBO: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 904
LOCAL: 
GURO: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 905
LOCAL: 
CHEMBA: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 906
LOCAL: 
CHINSORO: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 907
LOCAL: 
CATUNGUIRENE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 908
LOCAL: 
CHAZICA: de Setembro a Novembro de 1973
CHIMBIRIBIRI: de Novembro de 1973 a Abril de 1974
GE 909
LOCAL: 
CHIRAMBA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 910
LOCAL: 
TAMBARA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 911
LOCAL: 
MADZIUIRE: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974

GE 912
LOCAL: 
CANXIXE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 913
LOCAL: 
CANXIXE: de Setembro de 1973 a Fevereiro de 1974
MOLIMA de: Fevereiro a Abril de 1974
GE 914
LOCAL: 
CAMBEREMBERE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 915
LOCAL: 
TAMBARA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 916
LOCAL: 
MACOSSA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 917
LOCAL: 
CHOA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 918
LOCAL: 
CHIGUINHEME: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 919
LOCAL: 
SAGORO: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 920
LOCAL: 
MPANZE: de Setembro de 1973 a Março de 1974
HONDE: de Março a Abril de 1974
GE 921
LOCAL: 
NHAMATEMBA de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 922
LOCAL: 
CANDA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 923
LOCAL: 
MASSARA GOUVEIA: de Setembro a Novembro 1973
DOMBA de: Novembro de 1973 a Abril de 1974
GE 925
LOCAL: 
VILA PAIVA DE ANDRADE: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 926
LOCAL: 
MAVONDE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 928
LOCAL: 
PUNGUÉ: de Setembro de 1973 a Abrilde 1974
GE 929
LOCAL: 
MARINGUÉ: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 930
LOCAL: 
SENA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 931
LOCAL: 
SONE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974

Páginas

Páginas

Armamento e comunicações

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