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Livros da guerra colonial

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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

A Traição de Omar fez correr lágrimas a Spínola! E entrevista ao Alferes Costa Monteiro


A Traição de Omar fez correr lágrimas a Spínola!

O Significado da queda de Omar  (Nametil)

 Rompia a manhã a 1 de Agosto de 1974, no aquartelamento do exército colonial, chamado de «Omar», mas cuja verdadeira designação era Nametil. Estava no seu comando interino o alferes José Carlos Monteiro. Para eles, certamente, a guerra já tinha acabado, perdidos num ermo de Cabo Delgado, com uma vista monótona para a fronteira com a Tanzânia. Haviam mesmo começado a destruir algum material, pois estava previsto o seu encerramento. Ignoravam que eram, há muito, objecto de especial atenção, e que iriam ficar registados na história.

Em Naschingwea, face ao impasse negocial, depois das falhadas negociações de Junho, era necessário realizar uma acção capaz de acelerar a marcha dos acontecimentos. Escolhe-se o posto de Omar. Estudam-se as suas envolventes e chega-se mes­mo a fazer uma maqueta do aquartelamento. Ou a operação re­sultava em pleno ou as suas consequências poderiam ser sérias e reacender a guerra, quando da parte de uma das partes existe um estado de cessar-fogo. Samora Machel, pessoalmente, estabele­ce a táctica. E recomenda, com alguma estranheza para alguns, que a acção seja gravada em som e imagem. A 31 de Julho as forças da FRELIMO, as FPLM, tinham cercado por completo o aquartelamento. Inclusivamente colocado artilharia. Era respon­sável por esta operação no terreno o comandante Atanásio Salvador Mtumuke. Bem próximo do local, numa montanha, encontravam-se, em atenta observação, o adjunto do Departamento de Defesa, Alberto Joaquim Chipande, assim como o comandante do De­partamento de Defesa de Cabo Delgado, Raimundo Pachinuapa. Tinham instalado um sistema de comunicações entre a fren­te de operações, a base de comando e a Tanzânia, onde Samora Machel aguardava com grande impaciência o desenrolar do pla­no estabelecido.

Quando rompe a aurora do primeiro dia do mês de Agosto de 1974, os cento e quarenta soldados do aquartelamento de Nametil são acordados por megafones solicitando a sua rendição  Todos estes pormenores da tomada de Nametil foram gravados. A guarnição militar rende-se. Cento e quarenta homens são feitos prisioneiros e três conseguiram fugir. Seguirão para a Tanzânia, onde chegam a 6 de Agosto. Independentemente da controvérsia, se a rendição resultou de um equívoco ou simplesmente da tomada de decisão mais sensata do seu comandante de não combater, face à situação política que se vivia e mesmo tendo em causa a desproporção do equipamento e das armas, a tomada do quartel de Nametil (Omar)  não pode deixar de ser mencionada pelos reflexos que teve. Mais do que uma vitória militar era uma vitória política.

O presidente Spínola, com condição para uma ronda nego­cial, que se inicia a 15 de Agosto, em Dar-es-Salam, exige que a FRELIMO apresente desculpas pelo ocorrido em Omar. Samora que engenhosamente tivera a percepção de tudo gravar, faz com que a delegação chefiada por Melo Antunes escute essa grava­ção. O que foi suficiente.

O que se passou a 1 de Agosto, nesse aquartelamento, poder-se-ia passar em qualquer outro ponto do país. Havia, da parte do exército português, a total falta de vontade de dar mais um tiro e muito menos de continuar uma guerra. Há factos indesmentíveis dessa realidade. O próprio general António de Spínola o admite e escreve que a tomada de Omar era «uma arma decisiva para Samora Machel na mesa de negociações. De militar para militar efectivamente assim o foi.

494 António de Spínola, País sem Rumo – Contributo para a História de uma Revolução. Ed. Editorial SCIRE, p. 302

In MOÇAMBIQUE 1974 – O fim do Império e o Nascimento da Nação, de Fernando Amado Couto(2011)

*Omar, para as autoridades portuguesas.

NOTA:

Se se comparar este texto com o que o Comandante Almeida e Costa relata, tanto Almeida Santos, como Melo Antunes mentiram ao General Spínola, além de não lhe fazerem a comunicação imediata dos acontecimentos de 1 de Agosto de 1974.

Diz Almeida e Costa: “Não só pelas três sessões de trabalho mas, sobretudo, pelo teor das surpresas que os esperam. A começar pela notícia de que a Frelimo tinha capturado uma companhia inteira de militares portugueses em Omar, no norte de Moçambique. Como se isso não bastasse, Samora insistiu que se ouvissem as gravações e as entrevistas feitas com os soldados capturados, apelando à rendição das forças portuguesas. «Foi muito confrangedor», explica Almeida e Costa. Incluindo para o terceiro-mundista Melo Antunes, que não resistiu a um desabafo: «Merda, assim não se pode fazer nada». 

Assim a cassete veio para Portugal a 3/4 de Agosto e não a 17/18 de Agosto.

Porque a não apresentaram de imediato ao General Spínola?

Escreve o General Spínola:

“Assim, quando em 15 e 16 de Agosto, a Delegação Portuguesa  se sentou à mesa das negociações em Dar-es-Salam, a facção predominante do MFA, ali repre­sentada pelo Major Melo Antunes, já estava ao lado do chamado Movimento de Libertação e, para que ainda se retirassem às forças políticas todas as possibilidades de soluções razoáveis, recorreu-se a formas de pressão impensáveis e só possíveis num quadro de alta traição.

 “Na mesma ocasião fui informado de que aquela reunião havia sido aberta com a audição de uma fita gravada da «rendição» de uma companhia metropoli­tana no Norte de Moçambique, num cenário concertado com as cúpulas marxistas do MFA e conhecido pela «traição de Omar», gravação que ficará a assinalar uma das páginas mais vergonhosas da História do Exér­cito Português ao oferecer a Samora Machel, na mesa das negociações, uma arma decisiva. As afirmações pro­duzidas no «acto da rendição», designadamente as sau­dações à FRELIMO, como libertadora de Moçambique e do próprio povo português, constituíram prova irrefu­tável do índice de prostituição moral a que haviam che­gado alguns militares portugueses.” 

(In O PAÍS SEM RUMO, de António Spínola).

Ora, a fita gravada, segundo Almeida e Costa, já fora ouvida por ele e Melo Antunes na anterior estadia entre 31 de Julho e 3 de Agosto.

Agora escutem o que Almeida Santos diz sobre a reunião de 15/16 de Agosto à SIC 

Para quê este “teatro”?

Mas porque é que “Samora Machel, pessoalmente, estabelece a táctica. E recomenda, com alguma estranheza para alguns, que a acção seja gravada em som e imagem.”(In Moçambique 1974, de Fernando Amado Couto)

Porque era preciso impressionar e levar o General Spínola a aceitar o que há muito já estava combinado entre o PS, PCP e FRELIMO, desde uma célebre reunião em Paris, onde, entre outros, a FRELIMO esteve presente.

E, para que não restem dúvidas, o autor da Newsletter aqui reproduzida, ainda felizmente vivo, me confirmou todo o seu conteúdo.

Resta ler-se a entrevista do Alferes Comandante em OMAR na altura, para se poder comparar do que é real do que é ou foi forjado.

Negando o então Alferes comandante de Omar ter proferido as afirmações que lhe são atribuídas por Almeida Santos, porque nunca foi tornada pública a cassete apresentada ao General Spínola? Será que ainda existe? Porque nunca foi ouvido qualquer dos elementos da companhia aprisionada?

OMAR e WIRIAMU são dois acontecimentos cuja génese ainda não foi totalmente dissecada. Mas que serviram na perfeição para a descolonização que foi feita.

Ex-comandante da Base de Omar desmente Almeida Santos e chama-lhe traidor

 Almeida Santos está na mira de tiro dos militares portugueses que, em Agosto de 1974, caíram nas mãos dos terroristas da Frelimo, em Omar (Moçambique). 

No centro da polémica está o segundo volume do livro «Quase Memórias», há dias
publicado, onde o dirigente socialista acusa de «traição» os homens da 1Companhia de Cavalaria-Batalhão 8421. A versão relatada por um dos principais
responsáveis pela trágica «descolonização exemplar» é rejeitada liminarmente
por quem viveu «in loco» os acontecimentos. Chocado e indignado, mais de trinta
anos depois o ex-alferes miliciano Costa Monteiro, à altura comandante interino
da Base de Omar, dispôs-se a abrir a «gaveta» das memórias em nome da verdade.
De «traição à Pátria» o antigo militar acusa Mário Santos, Melo Antunes, Otelo
Saraiva de Carvalho e o próprio Almeida Santos

 Jornal "O DIABO" -O que é que realmente aconteceu em Omar na madrugada de 1 de Agosto de 1974?

COSTA MONTEIRO  Nessa madrugada, na orla da mata do estacionamento ouviram-se vozes, através de megafones, que diziam: «Atenção aquartelamento de Omar, nós não estamos contra vocês, lutamos contra o fascismo e o colonialismo, e esses terminaram no dia 25 de Abril. Queremos falar com vocês. Mandem um mensageiro à pista, pois nós estamos sem armas. Não queremos mais derramamento de sangue». Em consequência destas palavras, insistentemente repetidas, o soldado Joaquim da Silva Piedade ofereceu-se como voluntário para ir à pista como mensageiro. O restante pessoal continuou nas valas e em diversas posições de fogo. Quando o nosso soldado estava próximo da pista, voltaram-se a ouvir vozes, igualmente através de magafones, pedindo para que o comandante fosse também à pista. Perante a insistência acedi deslocar-me com o soldado Piedade. Surgiu, então, cerca de uma dezena de indivíduos, desarmados, munidos com gravadores portáteis, máquinas fotográficas e de filmar. Quando me encontrava a conversar com o comandante do grupo, este pediu, pelo megafone, para falar com os soldados da Companhia na pista.

Face à insistência e recordando-me da mensagem 2008/01/74, do Comando do Sector B, sugeri que poderiam entrar e falar com todo o pessoal no interior do aquartelamento. A minha proposta não foi aceite alegadamente por recearem qualquer reacção das nossas tropas ou da Força Aérea. Como não foi notada a presença de indivíduos armados, aceitei que parte da Companhia fosse até à pista, ficando nas posições as secções de obuses 8,8, morteiros e postos de sentinelas. Quando uma parte dos nossos militares estavam na pista, surgiu uma força de cerca de cem homens, que pela porta de armas traseira, entraram de assalto, tomando as nossas posições no interior do quartel. A reacção das secções de obus não era possível, pelo que o grupo da força invasora entrou obrigou o pessoal das restantes posições a sair. No mesmo momento em que o quartel foi tomado, outra força, emboscada
na orla da mata da pista, cerca todo o pessoal que ali se encontrava. A Companhia não se entregou e muito menos se bandeou com a Frelimo, como alguns políticos e meios da comunicação social referiram. Foi emboscada. Se não fosse o 25 de Abril isto não teria
acontecido.

 P - Que instruções recebeu na mensagem que referiu?

R - Era a transcrição da mensagem 7165/P da 5.a Repartição, que dizia: «Devem todos os comandos tentar criar condições locais passíveis de conduzir ao cessar fogo na sua ZA. Para o efeito lançarão campanhas de panfletos, cartas deixadas no mato, e acima de tudo servir-se como intermediários, bem como todos os meios achados convenientes. Só deve ser prometido respeito e confiança mútuos e desejo para a paz. Todos os militares serão esclarecidos destes acontecimentos e finalidades, tendo em vista evitar quaisquer incidentes ou atitudes inconvenientes e todos os resultados alcançados serão comunicados a este Comando». Baseado nesta mensagem e sob o mesmo espírito, o Comando Militar de Mocimboa do Rovuma elaborou um comunicado para ser distribuído durante os patrulhamentos efectuados por forças do BCAV 8421, onde era referido que «as Forças Armadas estão dispostas a não atacar o povo da Frelimo, se esta força não atacar as picadas e quartéis portugueses».

A fuga dos cinco

P - Os militares portugueses foram feitos prisioneiros?

R -O cativeiro dos militares de Ornar iniciou-se a 1 de Agosto, em Moçambique, e terminou a 19 de Setembro, na Tanzânia. Daquela guarnição militar cinco soldados lograram fugir.

P -Ainda se recorda dos nomes desses militares que conseguiram escapar às garras da Frelimo

R -Sim, ainda me lembro. José António Cardoso Gonçalves, Joaquim da Silva Piedade e Vasco Ponda, que vieram a apresentar-se no dia 2 em Nangade; Sumail Aiupa e Laquine Puanhera, que se apre sentaram no dia 3, igualmente em Nangade, e no mesmo dia apresentou-se Mário Andrade Moiteiro, em Mocimboa do Rovuma.

 P -Como foi possível o êxito da cilada montada pela Frelimo?

R -A nossa Companhia estava — como reconheceu Melo Antunes no livro «Melo Antunes — O sonhador pragmático» — numa situação extremamente delicada e difícil, junto à fronteira com a Tanzânia, praticamente isolada, sem grandes possibilidades de informação e de comunicação. A mensagem oficial que havíamos recebido e que anteriormente referi, chegou a notícia de que, na sequência dos contactos havidos entre as autoridades militares e civis portuguesas com os dirigentes da Frelimo, estava-se à beira de atingir o desbloqueio das negociações então em curso e que a paz era dada como certa. Quanto ao êxito de que me fala, deveu-se às condições que acabo de referir e à mensagem 7165P da 5.a repartição.

P -O que é que lhe disse o comandante dessa operação da Frelimo?

R -Quando lhe perguntei o que é que se passava, ele respondeu que iria falar com o comandante Joaquim Chipande, que estava no interior da mata. Pouco depois fomos levados para uma base avançada da Frelimo, de que eram responsáveis Silésio e Joaquim Chipande. No dia 2 seguimos para outra base da Frelimo, onde permanecemos dois dias. Aí tivemos a primeira reunião com uma comitiva da Frelimo, chefiada pelo Chipande. Foi-nos lido o teor das conversações de Lusaca onde Chipande havia estado presente. Aquele comando da Frelimo explicou-nos, então, que a razão ou uma das razões porque tinham tomado Omar foi pelo facto de não só ser uma base de importância vital, mas também porque já haviam escrito uma carta ao Comandante do Sector B/AV (Mueda), tenente-coronel Andrade Lopes, onde a Frelimo exigia como condições a retirada de determinados quartéis e a reunião dos mesmos em Mueda. Como não foi satisfeita essa exigência e a Frelimo sabia, pelo barulho de rebentamentos e por uma mainato civil, que desertara da nossa Companhia, que Omar estava a destruir material de guerra. Após esta explicação seguimos, escoltados por guerrilheiros da Frelimo, para outra base dos guerrilheiros, onde nos juntamos aos outros soldados, pois havíamos sido divididos em dois grupos. No dia 5 levaram-nos para o Distrito de M'Napa, onde pernoitamos. No dia seguinte rumámos em direcção à base Limpopo, da Frelimo, onde nos distribuíram sopa, arroz e água. No dia 7 de Agosto estávamos em território tanzaniano. Trocaram os nossos uniformes por fardamento presumivelmente pertença do exército da Tanzânia. No mesmo dia fomos transportados em viaturas do exército tanzaniano para Newala, onde pernoitamos numa prisão em construção. No dia seguinte houve um encontro dos prisioneiros com o presidente da Frelimo, Samora Machel, que fez questão de nos cumprimentar, um por um. Na tarde desse mesmo dia fomos levados para Nashinguwea. Ficámos instalados num quartel do exército da Tanzânia, onde permanecemos presos até aos dia 19 de Setembro de 1974.

P -Quando regressaram a Moçambique quem é que vos recebeu e que tratamento tiveram?

R -Fomos recebidos em Nampula pelo coronel Travassos, na altura comandante do Sector B. Fomos bem acolhidos. Deram-nos novos fardamentos e dinheiro.

«Aviltada e traída»

P -A sua Companhia foi traída?

 R -Foi aviltada e traída. Se querem saber a verdade sobre o que aconteceu na madrugada de 1 de Agosto de 1974, em Omar, consultem os arquivos militares portugueses. Lamento que ninguém se tenha preocupado em transcrever o que está registado no Arquivo do Exército sobre os acontecimentos de Omar. A verdade de Omar não é a que Almeida Santos escreveu.

P -Recorda-se do nome do comandante da força da Frelimo que capturou a guarnição militar portuguesa de Omar, também conhecida por Namatil?

R -Salvador Mutumuke.

 P -Essa acção da Frelimo em Omar terá tido alguma influência nas conversações de Lusaca?

R -Desconheço. Mas poderá ter servido de moeda de troca em termos de prisioneiros.

P -No livro que escreveu, Almeida Santos faz alusão à existência de uma cassete de vídeo que supostamente prova que os militares portugueses se entregaram voluntariamente à Frelimo. É verdade?

R -Não sei de que cassete se trata. Não tenho conhecimento da existência de qualquer cassete. Nunca vi nem ouvi esse registo. O que tem sido escrito sobre o que aconteceu em Omar não corresponde à verdade.

P -Escreve também Almeida Santos que o general Spínola, então Presidente da República, terá ficado «perturbado» com a audição da cassete, que entretanto fora entregue a Melo Antunes pela Frelimo. Segundo as palavras de Almeida Santos, o general Spínola recusou aceitar que tão vergonhosa rendição traduzisse o espírito das Forças Armadas portuguesas em Moçambique. Como comenta?

R -As ordens transmitidas pelo general Spínola não foram cumpridas pelos seus emissários e isso é que, certamente, o terá enfurecido.

P -Na qualidade de comandante interino da guarnição de Omar foi ouvido pela hierarquia militar?

R -Não.

 P -E pelo poder político?

 R -Também não.

 P -Foi-lhe instaurado algum inquérito ou sofreu alguma punição pelo que aconteceu em Omar?

R -Nada.

«Os verdadeiros traidores»

P -Fica claro das suas palavras que os militares portugueses estacionados em Omar e que o senhor comandava não foram traidores.

R -Nós, os militares portugueses em momento nenhum fomos traidores. Traição houve por parte do poder político português da altura, no quadro da trágica descolonização das ex-províncias ultramarinas.

P -Quer referir os nomes?

 R -Mário Soares, Almeida Santos, Melo Antunes e Otelo Saraiva de Carvalho, entre outros. Estes é que são os grandes e verdadeiros traidores da Pátria portuguesa.

P -O que é que acha que Almeida Santos procura com o livro que escreveu?

R -A meu ver procura encontrar bodes expiatórios, procura sacudir a água do capote, eximir-se às muitas responsabilidades que teve.

P -Ainda por cima recorrendo a mentiras...

R -É vergonhoso! O livro descreve factos sem que ele, Almeida Santos, tenha procurado averiguar da sua veracidade. Escreveu coisas sem se preocupar em buscar a verdade. É lamentável e vergonhoso. Mas ainda há mais de uma centena de pessoas vivas, ex-mi-litares, que podem testemunhar toda a verdade.

 

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