INDEPENDÊNCIA OU MORTE, VENCEREMOS!
Nenhuma força no mundo pode vencer um povo que está a lutar pela sua liberdade. NENHUMA FORÇA.
Nenhuma força do mundo pode vencer um povo que está a lutar pela sua liberdade. Nenhuma força.
Muitos países colonialista e imperialistas aprenderam já ou estão a aorender esta licão. A FRANÇA era um país extremamente forte, com um grande poder militar, e no entanto, quando os povo das suas colónias na Indochina e da ArgéliaO mesmo está a acontecer com os colonialistas portugueses em Moçambique. Apesar do número dos seus soldados (mais de 60.000) e do seu material de guerra moderno, as tropas colonialistas portuguesas estão a ser derrotadas pelo povo Moçambicano, unido, em armas.A nossa luta armada de libertação começou a 25 de Setembro de 1964. A princípio as nossas forças eram reduzidas e as nossas vitórias eram pequenas. Mas pouco a pouco as forças da FRELIMO cresceram. Os nossos sucessos começaram a ser maiores
Progressivamente fomos expulsando os colonialistas de grandes áreas do nosso território. Matámos milhares de soldados portugueses, destruímos centenas dos seus carros, abatemos dezenas de aviões. Cortámos as vias de comunicação.Atacámos eassaltámos muitos postos militares inimigos, onde capturámos grande quantidade de material de guerra, principalmente armas e munições.Na fase actual da nossa luta somos já capazes de capturar soldados inimigos: os dois últimos soldados portugueses capturados pelos guerrilheiros da FRELIMO foram o 1º Cabo FERNADO DOS SANTOS ROSA e o soldado JOÃO BORGES GOMES, capturados nos postos de NAMBUDE e CHAI respectivamente, durante assaltos que nós fizemos contra esses postos.
Por outro lado, ao mesmo que a nossa luta avança e as nossas vitórias se multiplicam, a desmoralização cresce entre os soldados portugueses. A maior parte desses soldados foram forçados a vir para Moçambique, eles combatem contra vontade, eles sabem que não têm nada para defender aqui, mas estão a fazer uma guerra injusta de agressão, contra um povo pacífico que quer apenas ser livre, acabar com os sofrimentos a que o colonialismo português o sujeita. Os soldados portugueses sabem que a Pátria deles é Portugal, não é Moçambique ou Angola ou a Guiné, e que portanto não vêm para aqi "defender a Pátria", como os oficiais lhes dizem, mas sim defender as riquezas que saem destas terras para encher os bolsos dos capitalistas portugueses e seus aliados estrangeiros. E sabendo isto, estando conscientes disto, os soldados portugueses sentem-se desmoralizados.Prova evidente desta desmoralização é o número crescente de soldados portugueses que desertam do exército colonialista - na Guiné, em Moçambique e em Angola, e se acolhem sob a protecção dos guerrilheiros. Em Moçambique, por exemplo, no passado mês de Outubro desertaram mais 3 soldados portugueses que estavam no posto de Mueda. Os nomes deles são: MANUEL DA SILVA LOPES, MANUEL DE JESUS SANTOS e AMÉRICO NEVES DE SOUSA. Eles, como os 2 capturados, estão agora sob a protecção da FRELIMO
Apresentamos aqui as mensagens que esses soldados quiseram dirigir aos seus colegas do exército português. Apresentamos as mensagens originais (manuscritas), e as mesmas escrita à máquina.
Um exemplo da maneira como o próprio povo português sofre também sob o regime fascista, um dos soldados desertores, de nome MANUEL DA SILVA LOPES, é completamente analfabeto, não sabe ler nem escrever, por isso não poude escrever a sua mensagem.
DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO DA FRELIMO
MENSAGENS DOS SOLDADOS PORTUGUESES CAPTURADOS PELA FRELIMO, E DESERTORES AOS SEUS COLEGAS NO EXÉRCITO COLONIALISTA
(REPRODUÇÃO DOS TEXTOS DACTILOGRAFADOS E MANUSCRITOS)
FERNANDO DOS SANTOS ROSA (CABO)
" Eu sou Fernando dos Santos Rosa. Faço este comunicado para todos os soldados portugueses. Soldados, comunico que em me encontro nas mãos da FRELIMO assim como muitos camaradas. Eu fui capturado debaixo de fogo pelos soldados da FRELIMO. Soldados, vós tendes que compreender muita coisa; tendes que pensar com quem estais a lutar, pois lembrai-vos que Moçambique é para os moçambicanos assim com as restantes Áfricas.
Eu sou o soldado João Borges Gomes. fui capturado pelos soldados da FRELIMO no posto de CHAI, no dia 4 de Março de 1968.
Camaradas do Exército Português, Oficiais e não Oficiais, a todos boa noite.
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