LUNHO, DEPOIS DA CCAÇ 1558
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1ªCompanhia do BCAC 16
A 1ª Companhia do Batalhão de Caçadores 16, oriunda da cidade da Beira, era uma Companhia do recrutamento moçambicano. Era uma companhia multirracial.
Na Companhia destacavam-se o Alferes Carvalho "100", autor do célebre HINO do Lunho, e o famoso Adriano Bigone, na época 2º sargento e, mais tarde como Tenente comandou os GE 101, em Nova Coimbra.
Chegou a Nova Coimbra (Mevchuma) em Junho de 1967, com a missão de fazer segurança à 2ª Companhia de Engenharia de Moçambique que estava a construir a Picada Nova Coimbra--Lunho e o quartel do Lunho.
De Novembro de 1967 até Maio de 1968, permaneceu no Lunho.
Chegou a Nova Coimbra (Mevchuma) em Junho de 1967, com a missão de fazer segurança à 2ª Companhia de Engenharia de Moçambique que estava a construir a Picada Nova Coimbra--Lunho e o quartel do Lunho.
De Novembro de 1967 até Maio de 1968, permaneceu no Lunho.
A Companhia de Artilharia 2325, comandada pelo Capitão de Artilharia, Rui Dias de Jesus, embarcou para Moçambique a 31 de Janeiro de 1968.
Desembarcou em Nacala. Foi colocada no Cóbué (Lago Niassa). Destacou 1 (um) Pelotão para Miandica, até 3 de Abril de 1968
A 8 de Maio de 1968, guarnecendo Cóbué com 1 Pelotão, foi transferida para o Lunho.
De Fevereiro de 1968 a a Maio de 1969, executou entre outras, as operações: "Lobo Esperto", (Região da "Base Nexive"), "Lobo Boémio" (vale do Rio Lunho), "Lobo Bravo 1", (Picada Nova Coimbra-Lunho), "Lobo Pirata" (Vale do Rio Mecondesse) e " Lobos é Mato" (Montes Lijombos". Tomou parte nas operações "Lobos Pioneiros" e "Lobos Arremetem"
Na Companhia destacavam-se o Alferes Carvalho "100", autor do célebre HINO do Lunho, e o famoso Adriano Bigone, na época 2º sargento e, mais tarde como Tenente comandou os GE 101, em Nova Coimbra.
Chegou a Nova Coimbra (Mevchuma) em Junho de 1967, com a missão de fazer segurança à 2ª Companhia de Engenharia de Moçambique que estava a construir a Picada Nova Coimbra--Lunho e o quartel do Lunho.
De Novembro de 1967 até Maio de 1968, permaneceu no Lunho.
LUNHO, 1967. Um grupo de militares da 2ª CENGª e da 1ª BCAÇ 16. De pé o 2º à DIRª. o Alferes Carvalho "100" |
De Novembro de 1967 até Maio de 1968, permaneceu no Lunho.
Companhia de Artilharia 2325 do Batalhão Artilharia 2838
A Companhia de Artilharia 2325, comandada pelo Capitão de Artilharia, Rui Dias de Jesus, embarcou para Moçambique a 31 de Janeiro de 1968.
Desembarcou em Nacala. Foi colocada no Cóbué (Lago Niassa). Destacou 1 (um) Pelotão para Miandica, até 3 de Abril de 1968
A 8 de Maio de 1968, guarnecendo Cóbué com 1 Pelotão, foi transferida para o Lunho.
De Fevereiro de 1968 a a Maio de 1969, executou entre outras, as operações: "Lobo Esperto", (Região da "Base Nexive"), "Lobo Boémio" (vale do Rio Lunho), "Lobo Bravo 1", (Picada Nova Coimbra-Lunho), "Lobo Pirata" (Vale do Rio Mecondesse) e " Lobos é Mato" (Montes Lijombos". Tomou parte nas operações "Lobos Pioneiros" e "Lobos Arremetem"
A CAPELA DOS BIDÕES
Por: Padre José Rabaça Gaspar
Capelão do BART 2838
Para quem não sabe, o Lunho, um rio, fica lá no fim do mundo. Lago Niassa, Nova Coimbra (Mevchuma)...Isolados, vigiados pelos montes Lijombos e Chissindo, são 24 Kms de Picada entre Nova Coimbra e o Lunho, que são intermináveis. Cada Km com a sua história de minas, de de gritos de mortes. Aquela Picada cheira a trotil e a destruição. De quando em quando há a carcaça de uma viatura que apodrece. Foi uma emboscada, um rebentamento.Uma viatura que se atascou.
A parada do Lunho, ali mesmo al lado das barracas de latão, estava atravancada de destroços. Havia muito a fazer, mas os que tinham vindo de Miandica a 5 de Abril de 1968, queriam um lugar para Nossa Senhora de Miandica, que os tinha protegido no dia de um ataque sangrento
A parada do Lunho, ali mesmo al lado das barracas de latão, estava atravancada de destroços. Havia muito a fazer, mas os que tinham vindo de Miandica a 5 de Abril de 1968, queriam um lugar para Nossa Senhora de Miandica, que os tinha protegido no dia de um ataque sangrento
2/12/1967. O furriel Amadeu do 1º Pelotão da CCAÇ 1558, na inauguração do nicho de Nossa Senhora de Miandica |
Um dia... Numa conversa, na cantina, nasceu a ideias de fazer um a Capela.. Mas não queríamos uma CAPELA qualquer, queríamos uma que nos enraizasse no ambiente e na vida.
O desenho nasceu nas costas de um envelope. Então era preciso lançar mão daquilo que havia e o pessoal da mecânica e das oficinas, com os mais devotos e os que queriam um LUGAR para rezar e homenagear a NOSSA SENHORA DE MIANDICA, lançaram mãos à obra. Então, nasceu, primeiro uma TORRE de BIDONS, com um NICHO em cima para a NOSSA SENHORA DE MIANDICA. Depois bidões a toda a volta dos bidons, com um NICHO em cima para a SENORA DE MIANDICA. Depois bidons a toda a volta a formar um rectângulo. Depois as panelas das viaturas moldaram a estrutura e as placas de zinco fizeram o telhado. Com as sobras das pranchas que moldaram a estrutura, deixaram na frontaria a servir de porta, a forma de uma CRUZ. Quiseram levar "a guerra toda" para a capela para purificar e restaurar.
Para fazer descer bênçãos de PAZ neste pedaço do seu reino onde impera a GUERRA. Ao fundo a servir de clarabóia e vitral, um grande pneu rebentado ficou no centro com uma cruz regular.. Duas grandes panelas de tubo de escape e duas juntas destroçadas fizeram de castiçais, dignos de uma Catedral.
Aquela Capela improvisada, nascida do engenho e devoção daqueles soldados isolados, ali perdidos no meio do mato, passou a ser o centro daquele aquartelamento onse só reinava o temor e o medo.
A primeira MISSA no LUNHO foi em Maio de 1968, numa das casernas semi enterradas, que ainda estava meio desocupada.
A partir da construção deste ESPAÇO SAGRADO, era ali que se celebravam quando ia o CAPELÃO e ali se rezava todas as noites e se lia o Evangelho. Uma porta de Berliet furada de tiros assente muma jante de tubo fizeram o ALTAR. Uma grade velha, uma jante cortada e apoiada em ferros que eram usados para picar a estrada e detectar as minas eram a ESTANTE donde se proclamava a PALAVRA de DEUS. A clarabóia das traseiras, qual vitral abre-se para o MATO...Para a estrada...Para a pista...Donde podia vir o socorro...Os mantimentos...Ou os ataques inesperados e a morte.
A imagem de Nossa Senhora de Miandica, foi pedida em Novembro de 1967 ao Movimento Nacional Feminino de Vila Cabral, pelo Alferes Monteiro, comandante do 1º Pelotão da CCAÇ 1558 do BCAÇ 1891.
Depois de vários pedidos via rádio Companhia, ao Batalhão e ao Comando do Sector "A" em Vila Cabral, para o envio com carácter de urgência de mantimentos, correio, e tabaco, o Alferes Monteiro resolveu pedir ao MNF de Vila Cabral para enviar para Miandica a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que Rogasse por Nós, os residentes naquela localidade.
De imediato o pedido foi atendido e com a imagem vieram os mantimentos, o tabaco e o correio.
Aquela CAPELA DOS BIDÕES foi, para nós, para os que por lá passaram, um SINA DE PAZ...e ficou na memória de todos como a mais bela das Catedrais que temos visitado por esse muno fora.
A Companhia de Artilharia 2496, comandada pelo Capitão de Artilharia, José Manuel Soares Barbosa, embarcou para Moçambique a 12 de Abril de 1969.
Desembarcou em Nacala. Foi colocada no Lunho, rendeu A CART 2325 do BART. 2838.Destacou 1 (um) Pelotão para o Cóbué..
De Maio de 1969 a Março de 1970, executou, entre outras, as operações: "Impala Agrária", "Impala Furiosa", "Impala Salta", "Impala Calma" (vale do rio Lunho) e "Impala Direita" (vale do rio Mecondere). Tomou parte das operações "Impala Grande" e "Impala Habilidosa".
Em março de 1970 foi rendida pela CCAÇ 2663 do BCAÇ 2906.
A 23 de Julho de 1970 morreram em combate 2 Soldado da CART. 2496
Companhia de Caçadores 2663 do Batalhão de Caçadores 2906
A Companhia de Caçadores 2663, comandada pelo Capitão de Infantaria , Firmino Luís Ferreira Augusto, embarcou para Moçambique a 4 de Fevereiro de 1970.
Desembarcou em Nacala, seguindo para o Lunho, onde rendeu A CART 2496 do BART. 2869. Destacou 1 (um) Pelotão para o Cóbué..
De 1 de Agosto a 21 de Dezembro de 1970, esteve empenhada na protecção Á 2ª CENGª/ Agrupamento de Engenharia de Moçambique, em trabalhos de recuperação no itenerário Nova Coimbra-Lunho-Chissindo e no melhoramento da pista de aterragem do Lunho.
De Março de 1970 a Agosto de 1971, executou as operações: "Cabrito Valente", (entre os vales dos rios Lumbualo e Unga", "Cavalo Azul" (nascente do rio Licudjo), "Falcão" (Mecuela), "Trovoada 58" (vale do rio Mepotxe, "Acorda" (Montes Lijombos", "Adesivo" (Angioé) e "Alvo" (região da "Base Luibo"). Tomou parte nas operações "Canguru", "Diadema", "Ágata", "Jaguar", "JaguarIII" e "Neolítica".
A 10 de Maio de 1971, a 2ª CENGª, instalou-se novamente no Lunho, hipotecando de novo a ca 2663 na sua protecção e limitando-lhe a restante actividade operacional.
Em Agosto de 1971 foi rendida no Lunho, pela CCAÇ 3392 do BCAÇ 2880
A 30 de Março de 1970 morre em combate 1 Soldado da CART. 2663
A 7 de Maio de 1970 morre em combate 1 Furriel da CART 2663
A 12 de Outubro de 1970 morre em combate 1 Soldado da CART. 2663
Companhia de Caçadores 3392 do Batalhão de Caçadores 3850
A Companhia de Caçadores 3392, comandada pelo Capitão Miliciano de Infantaria , Manuel Lucas R. Lapa, embarcou para Moçambique a 17 de Julho de 1971.
Desembarcou em Nacala, seguindo para o Lunho, onde rendeu A CCAÇ 2663 do BCAÇ 2906.
A partir de Janeiro de 1972, recebeu o reforço, de um pelotão da CART 3504 sedeada em Meponda.
Por: Amadeu Carvalho
Furriel Milº de Armamento
Tínhamos acabado de chegar ao Niassa, a 12 de Agosto de 1971, "Chekinhas" de todo.
Ficou a CCS em Metangula e as Companhias 3393 e 3392 foram para Nova Coimbra e Lunho respectivamente.
Por motivos pouco abonatórios para o Major que deu a ordem o Pelotão de Reconhecimento da CCS foi render no Lunho um pelotão da CCAÇ 3392.
No famoso dia 23 de Agosto de 1971, na Messe de Oficiais e Sargentos, comemorava-se o nascimento do filho do 1ºSargento Jesus e a noite foi de farra!!!
Nessa noite o pessoal de serviço era todo da CCS e uma das sentinelas era o Miraldo. De olhos arregalados perscrutava a escuridão do mato. O Lunho não permitia descuidos, só a sua fama era suficiente para despertar o mais sonolento soldado.
Entre a meia noite e a uma da manhã, o Miraldo que, juntamente com o Barbeiro e o Carvalho, se encontrava de sentinela, começou a ver ao longe, na direcção do rio Lunho, uma luzes a movimentar-se.
Estas luzes apareciam e desapareciam por trás dos arbustos, tornando-se assim, intermitentes. Alertou os camaradas e com a HK21, que havia naquele posto, fez alguns disparos na direcção das luzes. Estes disparos, efectuados tiro a tiro sem que houvesse qualquer resposta alertaram o pessoal e não tardou que aparecesse o Capitão Lapa e o Furriel Martins, da CCS, para averiguarem a razão dos mesmos. Informado do avistamento das luzes o capitão Lapa deduziu tratar-se de pirilampos e quase repreendeu o Miraldo por ter disparado.
O Miraldo não muito convencido, continuou a fazer a sua vigia concentrando a sua atenção na direcção das luzes que tinha visto.
Perto das três da manhã as luzes voltaram a aparecer mas desta vez já muito próximas da 2ªCENGª de Moçambique e, além das luzes, conseguiu vislumbrar também alguns vultos. Não, não havia dúvidas, não eram pirilampos, andava por ali alguém e este alguém apenas podiam ser guerrilheiros da Frelimo. Alerta os camaradas e com a HK21 começa a fazer fogo de rajada na direcção dos vultos e luzes. Do meio do mato responderam com as Kalashnikov em direcção ao quartel.
No silêncio da noite aqueles disparos ecoaram como trovões. O pessoal que dormia acordou sem se aperceber bem do que se passava. Apressadamente pegaram nas armas e, muitos ainda meio despidos, correram para os abrigos onde foram engrossar o terrível trovão do tiroteio. No meio deste barulho informal mas sobrepondo-se-lhe ouviu-se uma formidável explosão, - A nova ponte do Lunho acabava de ir pelos ares.
Ainda não tinham chegado todos aos abrigos quando começam a cair algumas do lado de fora outras dentro do quartel, bombas de armas pesadas.
Embora perto nenhuma acertou nos alvos mas continuavam a cair mais perto. O tiroteio aumentava e distinguia-se perfeitamente os disparos das G3, das Kalashnikov e das armas pesadas quese encontravam nas guaritas.
O "Tigre", um soldado negro, apontador de morteiro, instala a sua arma e começa a ripostar com morteiradas na direcção em que lhe parecia estarem colocadas as armas pesadas dos guerrilheiros. Segundo se dizia na época, o "Tigre", chegava a colocar no ar 10 granadas de morteiro antes que a primeira rebentasse. Quando a primeira caía seguia-se uma cadência impressionante de morteiradas. Para além da cadência o "Tigre" foi de uma felicidade extrema pois passado pouco tempo deixaram de se ouvir as bombas das armas pesadas da Frelimo.
Tudo isto não durou mais que uma hora mas foi, sem dúvida, a hora mais comprida da vida de quantos a viveram.
Foi feita uma verificação geral e concluiu-se que não havia feridos da nossa parte. Com a chegada do dia e o silêncio instalado começaram, finalmente a bater mais devagar os corações daqueles bravos soldados que, apesar da falta de experiência deram uma prova de enorme coragem e valor. Tinham ganho a primeira batalha das suas vidas e pelas suas vidas.
Numa inspecção mais pormenorizada verificaram-se muitas paredes do quartel com estilhaços das granadas das armas pesadas e alguns estragos de material mas nada de muita monta. Feita a verificação no exterior viram-se muitos rastos de sangue.
Conclui-se depois que o ataque tinha sido planeado ao pormenor, da seguinte forma:
--Para os lados do Chissindo, sobranceiro ao vale onde se encontrava o quartel, os guerrilheiros tinham instalado três armas pesadas, dois obuses e um canhão sem recuo, dirigindo-as para os pontos estratégicos. Estas armas foram colocadas durante o dia e direccionadas com todo o cuidado;
--O ataque seria despoletado pelas armas pesadas estando já colocados no terreno os guerrilheiros que após os primeiros rebentamentos apanhariam, de surpresa, os nossos soldados a sair das casernas em direcção aos abrigos.
A acção destinava-se mesmo a tomar o quartel do Lunho ou, pelo menos, causar elevados danos. Foi o caso da ponte que era a menina dos olhos dos militares portugueses residentes no Lunho e, constituiu por si só um forte revés.
Veio a saber-se mais tarde que naquele ataque foram mortos cinco guerrilheiros e dois vieram a morrer em função dos ferimentos sofridos. Também no sítio onde estiveram montadas as armas pesadas se vieram a verificar muitos rastos de sangue. O "Tigre" acertou em cheio!
Este texto baseia-se nos relatos que ouvi directamente dos intervenientes da CCS, neste ataque.
Por. Amadeu Carvalho
Companhia de Caçadores 4141
No dia 29 de Janeiro de 1973, realizou-se uma operação a nível de Companhia à Base de Mepotxe. Seguimos em direcção ao rio com o mesmo nome, onde o Capitão António Cardoso ordenou uma pausa para escolher qual o grupo de combate iria fazer o assalto ao acampamento. Foi escalado o 2º Pelotão.
O Pelotão avançou em direcção à base. O trilho por onde seguíamos tinha uma inclinação muito grande e um guerrilheiro da Frelimo deu pela nossa presença. Depois de denunciados avançámos com rapidez para o assalto. Depois de uma breve troca de tiros os guerrilheiros fugiram. Foram apreendidos documentos, destruídas cerca de 30 palhotas. No regresso fomos bombardeados com granadas de morteiro, até junto ao restante pessoal da companhia que estava no rio Mepotxe.
No regresso além de um forte ataque dos homens da Frelimo, fomos atacados por um enxame de abelhas em que se viram envolvidos o comandante da Companhia e o soldado António Varandas que teve de ser evacuado para Vila Cabral.
No dia 15 de Fevereiro cerca das 14h, peguei na G3 e dirigi-me ao posto de sentinela levando comigo um revista para ler, ajudava a passar as duas horas que iria estar naquele posto de sentinela. De repente, olho para o fundo da pista de aviação, vejo um vulto a aproximar-se e fiquei alertado. Peguei na G3 e não mais desviei o olhar do vulto que se estava a aproximar. Já muito perto, verifiquei que era um guerrilheiro da Frelimo que se vinha render. Trazia a sua arma e tinha os seus braçós em cima da cabeça. Corri para ele, e o guerrilheiro sem qualquer reacção entregou-me a arma abraçou-me, chamando-me de irmão. Fiquei comovido e com carinho fui entreg´-lo ao Comando. O guerrilheiro chamava-se Samuel.
Em Maio de 1973, chegou ao Lunho a primeira parte da 2ª CENGª de Moçambique com a sua maquinaria. O restante pessoal e material chegaram a 29 e 30 do mesmo mês.
A CCAÇ 4141 de imediato suspendeu todas as operações para fazer a protecção à 2ª CENGª.
A Operação "Intervalo" tem por finalidade a~construção de uma picada do Lunho para Miandica e aqui reconstruir um novo aquartelamento.
Um grupo de guerrilheiros, atacou uma viatura da 4141 sem consequências. A viatura retomou a marcha e o pessoal detectou uma mina anti-carro.
Durante o trabalho de reconstrução do aquartelamento de Miandica, guerrilheiros atacaram-nos e mais uma vez sem consequências. Foram capturadas um espingarda automática, uma mina anti-pessoal 7 porta-granadas de canhão sem recuo.
De regresso ao Lunho uma Berliet da 4141 accionou uma mina anti-carro, a viatura ficou parcialmente destruída e os seus ocupantes sofreram ferimentos ligeiros.
A Companhia de Artilharia 7260, comandada pelo Capitão Miliciano, Leopoldo Alberto Cardoso Salavisa, embarcou de avião com destino a Moçambique a 13 de Março de 1974.
Desembarcou na Beira no dia seguinte. Seguiu via aérea para Nampula e daqui por via férrea para Vila Cabral (Lichinga). Foi colocada no Lunho onde rendeu a CCAÇ 4141.
Efectuou entre outras, as operações: "Arremetida 6,7 e 8", "Irónea 1 a 8", "Comprovar 4 a 9", e "Poli 1 a 6", nas regiões do Lunho, Fugué, Luile, Lundo, Tulo, Lucambo e Lutiche e picada Lunho-- Chissindo e Lunho--Miandica.
Em 20 de Julho de 1974, instalou-se em Nova Coimbra (Mevchuma), rendendo a 2ª CCAV do BCAV. 8420..
O desenho nasceu nas costas de um envelope. Então era preciso lançar mão daquilo que havia e o pessoal da mecânica e das oficinas, com os mais devotos e os que queriam um LUGAR para rezar e homenagear a NOSSA SENHORA DE MIANDICA, lançaram mãos à obra. Então, nasceu, primeiro uma TORRE de BIDONS, com um NICHO em cima para a NOSSA SENHORA DE MIANDICA. Depois bidões a toda a volta dos bidons, com um NICHO em cima para a SENORA DE MIANDICA. Depois bidons a toda a volta a formar um rectângulo. Depois as panelas das viaturas moldaram a estrutura e as placas de zinco fizeram o telhado. Com as sobras das pranchas que moldaram a estrutura, deixaram na frontaria a servir de porta, a forma de uma CRUZ. Quiseram levar "a guerra toda" para a capela para purificar e restaurar.
Para fazer descer bênçãos de PAZ neste pedaço do seu reino onde impera a GUERRA. Ao fundo a servir de clarabóia e vitral, um grande pneu rebentado ficou no centro com uma cruz regular.. Duas grandes panelas de tubo de escape e duas juntas destroçadas fizeram de castiçais, dignos de uma Catedral.
Aquela Capela improvisada, nascida do engenho e devoção daqueles soldados isolados, ali perdidos no meio do mato, passou a ser o centro daquele aquartelamento onse só reinava o temor e o medo.
A primeira MISSA no LUNHO foi em Maio de 1968, numa das casernas semi enterradas, que ainda estava meio desocupada.
A partir da construção deste ESPAÇO SAGRADO, era ali que se celebravam quando ia o CAPELÃO e ali se rezava todas as noites e se lia o Evangelho. Uma porta de Berliet furada de tiros assente muma jante de tubo fizeram o ALTAR. Uma grade velha, uma jante cortada e apoiada em ferros que eram usados para picar a estrada e detectar as minas eram a ESTANTE donde se proclamava a PALAVRA de DEUS. A clarabóia das traseiras, qual vitral abre-se para o MATO...Para a estrada...Para a pista...Donde podia vir o socorro...Os mantimentos...Ou os ataques inesperados e a morte.
A imagem de Nossa Senhora de Miandica, foi pedida em Novembro de 1967 ao Movimento Nacional Feminino de Vila Cabral, pelo Alferes Monteiro, comandante do 1º Pelotão da CCAÇ 1558 do BCAÇ 1891.
Depois de vários pedidos via rádio Companhia, ao Batalhão e ao Comando do Sector "A" em Vila Cabral, para o envio com carácter de urgência de mantimentos, correio, e tabaco, o Alferes Monteiro resolveu pedir ao MNF de Vila Cabral para enviar para Miandica a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que Rogasse por Nós, os residentes naquela localidade.
De imediato o pedido foi atendido e com a imagem vieram os mantimentos, o tabaco e o correio.
Miandica, Novembro de 1967 De pé, os Furrieis Amadeu e Júlio Sentados o Alferes Monteiro e o Furriel Matos do 1º Pelotão da CCAÇ 1558 |
Companhia de Artilharia 2496 do Batalhão de Artilharia 2869
A Companhia de Artilharia 2496, comandada pelo Capitão de Artilharia, José Manuel Soares Barbosa, embarcou para Moçambique a 12 de Abril de 1969.
Desembarcou em Nacala. Foi colocada no Lunho, rendeu A CART 2325 do BART. 2838.Destacou 1 (um) Pelotão para o Cóbué..
De Maio de 1969 a Março de 1970, executou, entre outras, as operações: "Impala Agrária", "Impala Furiosa", "Impala Salta", "Impala Calma" (vale do rio Lunho) e "Impala Direita" (vale do rio Mecondere). Tomou parte das operações "Impala Grande" e "Impala Habilidosa".
Em março de 1970 foi rendida pela CCAÇ 2663 do BCAÇ 2906.
A 23 de Julho de 1970 morreram em combate 2 Soldado da CART. 2496
Companhia de Caçadores 2663 do Batalhão de Caçadores 2906
A Companhia de Caçadores 2663, comandada pelo Capitão de Infantaria , Firmino Luís Ferreira Augusto, embarcou para Moçambique a 4 de Fevereiro de 1970.
Desembarcou em Nacala, seguindo para o Lunho, onde rendeu A CART 2496 do BART. 2869. Destacou 1 (um) Pelotão para o Cóbué..
De 1 de Agosto a 21 de Dezembro de 1970, esteve empenhada na protecção Á 2ª CENGª/ Agrupamento de Engenharia de Moçambique, em trabalhos de recuperação no itenerário Nova Coimbra-Lunho-Chissindo e no melhoramento da pista de aterragem do Lunho.
De Março de 1970 a Agosto de 1971, executou as operações: "Cabrito Valente", (entre os vales dos rios Lumbualo e Unga", "Cavalo Azul" (nascente do rio Licudjo), "Falcão" (Mecuela), "Trovoada 58" (vale do rio Mepotxe, "Acorda" (Montes Lijombos", "Adesivo" (Angioé) e "Alvo" (região da "Base Luibo"). Tomou parte nas operações "Canguru", "Diadema", "Ágata", "Jaguar", "JaguarIII" e "Neolítica".
O Capitão Augusto a levantar uma mina, na picada Nova Coimbra- Lunho |
A 10 de Maio de 1971, a 2ª CENGª, instalou-se novamente no Lunho, hipotecando de novo a ca 2663 na sua protecção e limitando-lhe a restante actividade operacional.
Em Agosto de 1971 foi rendida no Lunho, pela CCAÇ 3392 do BCAÇ 2880
A 30 de Março de 1970 morre em combate 1 Soldado da CART. 2663
A 7 de Maio de 1970 morre em combate 1 Furriel da CART 2663
A 12 de Outubro de 1970 morre em combate 1 Soldado da CART. 2663
Companhia de Caçadores 3392 do Batalhão de Caçadores 3850
Desembarcou em Nacala, seguindo para o Lunho, onde rendeu A CCAÇ 2663 do BCAÇ 2906.
A partir de Janeiro de 1972, recebeu o reforço, de um pelotão da CART 3504 sedeada em Meponda.
Por: Amadeu Carvalho
Furriel Milº de Armamento
Tínhamos acabado de chegar ao Niassa, a 12 de Agosto de 1971, "Chekinhas" de todo.
Ficou a CCS em Metangula e as Companhias 3393 e 3392 foram para Nova Coimbra e Lunho respectivamente.
Por motivos pouco abonatórios para o Major que deu a ordem o Pelotão de Reconhecimento da CCS foi render no Lunho um pelotão da CCAÇ 3392.
No famoso dia 23 de Agosto de 1971, na Messe de Oficiais e Sargentos, comemorava-se o nascimento do filho do 1ºSargento Jesus e a noite foi de farra!!!
Nessa noite o pessoal de serviço era todo da CCS e uma das sentinelas era o Miraldo. De olhos arregalados perscrutava a escuridão do mato. O Lunho não permitia descuidos, só a sua fama era suficiente para despertar o mais sonolento soldado.
Entre a meia noite e a uma da manhã, o Miraldo que, juntamente com o Barbeiro e o Carvalho, se encontrava de sentinela, começou a ver ao longe, na direcção do rio Lunho, uma luzes a movimentar-se.
Estas luzes apareciam e desapareciam por trás dos arbustos, tornando-se assim, intermitentes. Alertou os camaradas e com a HK21, que havia naquele posto, fez alguns disparos na direcção das luzes. Estes disparos, efectuados tiro a tiro sem que houvesse qualquer resposta alertaram o pessoal e não tardou que aparecesse o Capitão Lapa e o Furriel Martins, da CCS, para averiguarem a razão dos mesmos. Informado do avistamento das luzes o capitão Lapa deduziu tratar-se de pirilampos e quase repreendeu o Miraldo por ter disparado.
O Miraldo não muito convencido, continuou a fazer a sua vigia concentrando a sua atenção na direcção das luzes que tinha visto.
Perto das três da manhã as luzes voltaram a aparecer mas desta vez já muito próximas da 2ªCENGª de Moçambique e, além das luzes, conseguiu vislumbrar também alguns vultos. Não, não havia dúvidas, não eram pirilampos, andava por ali alguém e este alguém apenas podiam ser guerrilheiros da Frelimo. Alerta os camaradas e com a HK21 começa a fazer fogo de rajada na direcção dos vultos e luzes. Do meio do mato responderam com as Kalashnikov em direcção ao quartel.
No silêncio da noite aqueles disparos ecoaram como trovões. O pessoal que dormia acordou sem se aperceber bem do que se passava. Apressadamente pegaram nas armas e, muitos ainda meio despidos, correram para os abrigos onde foram engrossar o terrível trovão do tiroteio. No meio deste barulho informal mas sobrepondo-se-lhe ouviu-se uma formidável explosão, - A nova ponte do Lunho acabava de ir pelos ares.
Aspecto da destruição da nova ponte do Lunho |
Embora perto nenhuma acertou nos alvos mas continuavam a cair mais perto. O tiroteio aumentava e distinguia-se perfeitamente os disparos das G3, das Kalashnikov e das armas pesadas quese encontravam nas guaritas.
O "Tigre", um soldado negro, apontador de morteiro, instala a sua arma e começa a ripostar com morteiradas na direcção em que lhe parecia estarem colocadas as armas pesadas dos guerrilheiros. Segundo se dizia na época, o "Tigre", chegava a colocar no ar 10 granadas de morteiro antes que a primeira rebentasse. Quando a primeira caía seguia-se uma cadência impressionante de morteiradas. Para além da cadência o "Tigre" foi de uma felicidade extrema pois passado pouco tempo deixaram de se ouvir as bombas das armas pesadas da Frelimo.
Tudo isto não durou mais que uma hora mas foi, sem dúvida, a hora mais comprida da vida de quantos a viveram.
Foi feita uma verificação geral e concluiu-se que não havia feridos da nossa parte. Com a chegada do dia e o silêncio instalado começaram, finalmente a bater mais devagar os corações daqueles bravos soldados que, apesar da falta de experiência deram uma prova de enorme coragem e valor. Tinham ganho a primeira batalha das suas vidas e pelas suas vidas.
Numa inspecção mais pormenorizada verificaram-se muitas paredes do quartel com estilhaços das granadas das armas pesadas e alguns estragos de material mas nada de muita monta. Feita a verificação no exterior viram-se muitos rastos de sangue.
Conclui-se depois que o ataque tinha sido planeado ao pormenor, da seguinte forma:
--Para os lados do Chissindo, sobranceiro ao vale onde se encontrava o quartel, os guerrilheiros tinham instalado três armas pesadas, dois obuses e um canhão sem recuo, dirigindo-as para os pontos estratégicos. Estas armas foram colocadas durante o dia e direccionadas com todo o cuidado;
--O ataque seria despoletado pelas armas pesadas estando já colocados no terreno os guerrilheiros que após os primeiros rebentamentos apanhariam, de surpresa, os nossos soldados a sair das casernas em direcção aos abrigos.
Quartel do Lunho |
Veio a saber-se mais tarde que naquele ataque foram mortos cinco guerrilheiros e dois vieram a morrer em função dos ferimentos sofridos. Também no sítio onde estiveram montadas as armas pesadas se vieram a verificar muitos rastos de sangue. O "Tigre" acertou em cheio!
Este texto baseia-se nos relatos que ouvi directamente dos intervenientes da CCS, neste ataque.
Por. Amadeu Carvalho
Companhia de Caçadores 4141
A Companhia de Caçadores 4141, comandada pelo Capitão Miliciano, António Jorge Freire Cardoso, embarcou de avião com destino a Moçambique a 12 de Novembro de 1972.
Desembarcou na Beira no dia seguinte. Seguiu via aérea em dois escalões para Nova Freixo (Cuamba) e daqui via férrea pa Vila Cabral (Lichinga). Foi colocada no Lunho onde rendeu a CCAÇ 3392 do BCAÇ 3850.
Em 22 de Dezembro de 1972 foi recompleta com 41 praças do recrutamento de Moçambique.
A partir de 31 de Março de 1973, deu protecção aos trabalhos da 2ªCENGª, na reparação da pista de avião do Lunho e da picada Lunho-Chissindo.
De 28 de Maio de 1973 a 20 de Dezembro do mesmo ano, teve o efectivo totalmente empenhada na operação "Intervalo", que consistia na segurança aos trabalhos da referida CENGª, na abertura da picada Lunho - Miandica, detectando e destruindo muitos engenhos explosivos.
Em 25 de Julho de 1973 e em 12 de Outubro de 1973 recebeu um pelotão de reforço, respectivamente da 3ª CCAÇ do BCAÇ 5011 e da 1ª CCAV do BCAV 8420.
Guarneceu a partir a partir de 20 de Dezembro, Miandica, com dois pelotões.
Efectuou nomadizações e patrulhamentos nas zonas do Lunho, Miandica, Cóbué, montes Lijombo, e Chissindo, vales dos rios Chilassange, Luile, Lundo, Lucambo, e nascente do Mecondece, nomeadamente as operações "Jogral", "Jamelão", "Jaguadi", "Jarro", "Jacana", "Jaborande", "Fumarola 5", "Rombo 2 a 5" e "Moca 1,3 e 6".
Em Março de 1974 foi rendida pela CART.. 7260
Por: Bernardino Peixoto
Soldado Corneteiro
O Pelotão avançou em direcção à base. O trilho por onde seguíamos tinha uma inclinação muito grande e um guerrilheiro da Frelimo deu pela nossa presença. Depois de denunciados avançámos com rapidez para o assalto. Depois de uma breve troca de tiros os guerrilheiros fugiram. Foram apreendidos documentos, destruídas cerca de 30 palhotas. No regresso fomos bombardeados com granadas de morteiro, até junto ao restante pessoal da companhia que estava no rio Mepotxe.
No regresso além de um forte ataque dos homens da Frelimo, fomos atacados por um enxame de abelhas em que se viram envolvidos o comandante da Companhia e o soldado António Varandas que teve de ser evacuado para Vila Cabral.
No dia 15 de Fevereiro cerca das 14h, peguei na G3 e dirigi-me ao posto de sentinela levando comigo um revista para ler, ajudava a passar as duas horas que iria estar naquele posto de sentinela. De repente, olho para o fundo da pista de aviação, vejo um vulto a aproximar-se e fiquei alertado. Peguei na G3 e não mais desviei o olhar do vulto que se estava a aproximar. Já muito perto, verifiquei que era um guerrilheiro da Frelimo que se vinha render. Trazia a sua arma e tinha os seus braçós em cima da cabeça. Corri para ele, e o guerrilheiro sem qualquer reacção entregou-me a arma abraçou-me, chamando-me de irmão. Fiquei comovido e com carinho fui entreg´-lo ao Comando. O guerrilheiro chamava-se Samuel.
Em Maio de 1973, chegou ao Lunho a primeira parte da 2ª CENGª de Moçambique com a sua maquinaria. O restante pessoal e material chegaram a 29 e 30 do mesmo mês.
A CCAÇ 4141 de imediato suspendeu todas as operações para fazer a protecção à 2ª CENGª.
A Operação "Intervalo" tem por finalidade a~construção de uma picada do Lunho para Miandica e aqui reconstruir um novo aquartelamento.
Um grupo de guerrilheiros, atacou uma viatura da 4141 sem consequências. A viatura retomou a marcha e o pessoal detectou uma mina anti-carro.
Durante o trabalho de reconstrução do aquartelamento de Miandica, guerrilheiros atacaram-nos e mais uma vez sem consequências. Foram capturadas um espingarda automática, uma mina anti-pessoal 7 porta-granadas de canhão sem recuo.
De regresso ao Lunho uma Berliet da 4141 accionou uma mina anti-carro, a viatura ficou parcialmente destruída e os seus ocupantes sofreram ferimentos ligeiros.
Companhia de Artilharia 7260
A Companhia de Artilharia 7260, comandada pelo Capitão Miliciano, Leopoldo Alberto Cardoso Salavisa, embarcou de avião com destino a Moçambique a 13 de Março de 1974.
Desembarcou na Beira no dia seguinte. Seguiu via aérea para Nampula e daqui por via férrea para Vila Cabral (Lichinga). Foi colocada no Lunho onde rendeu a CCAÇ 4141.
Efectuou entre outras, as operações: "Arremetida 6,7 e 8", "Irónea 1 a 8", "Comprovar 4 a 9", e "Poli 1 a 6", nas regiões do Lunho, Fugué, Luile, Lundo, Tulo, Lucambo e Lutiche e picada Lunho-- Chissindo e Lunho--Miandica.
Nova Coimbra. O capitão Salaviza a negociar a Paz com a FRELIMO |
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