segunda-feira, 5 de março de 2018
CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS ESPECIAIS DE MOÇAMBIQUE
1. Finalidade
Estabelecer normas rotativas à constituição, organização e condições de emprego dos Grupos Especiais,
2. Definição
Os Grupos Especiais (designação abreviada GE) são unidades de Forças Auxiliares, em regime de alistamento voluntário, instituídos em consequência de necessidades de segurança e defesa contra a subversão, e constituídos sob responsabilidade do Comando - Chefe das Forças Armadas de Moçambique.
3.Missão
(a). Os GE são, tanto quanto possível, de recrutamento regional. Destinam-se a actuar essencialmente nas suas áreas de origem, em missões, caracteristicamente de guerrilha, tirando o máximo partido da sua adaptação natural ao meio e ao IN, da sua ligeireza logística e do seu profundo conhecimento do terreno e das populações que emanam.
(b). As missões normalmente cometidas aos GE, deverão ser do seguinte tipo:
(1) Interdição de linhas de infiltração, em especial através de batidas ao longo das mesmas.
(2) Flagelação do IN, através de operações de batida e nomadização e perseguição do IN detectado
(3) Limpeza de áreas, pesquisa de material e de instalações IN, incluindo depósitos.
(4) Acções de redução contra organizações IN pouco desenvolvidas, quando actuando de surpresa.
(5) Pesquisa de notícias
Conhecedores do terrenos, populações e "história da guerra" na área que actuam, os GE são particularmente adequados como órgãos de pesquisa de notícias.
A título de exemplo, podem apontar-se as seguintes formas de actuação:
(a). Contactos orientados com as populações, tendo em vista detectar:
-- os chefes naturais que efectivamente as controlam, dado que nem sempre são as autoridades tradicionais instituídas que as influenciam;
-- qualquer indício de subversão;
-- presença de elementos In, particularmente de SERECOS.
(b). pesquisa de indícios IN que permitam confirmar ou determinar:
-- infiltrantes (mesmo em regiões de recursos escassos e que exijam extensas marchas apeadas);
-- pontos de passagem e apoio
(6) Acções de recuperação das populações
Conhecedores do terrenos em que actuam, tendo, normalmente, familiares ou amigos entre as populações fugidas e conhecendo em regra a sua localização, os GE podem ser eficientes na recolha e recuperação de populações.
c. Não devem ser empregues:
-- na segurança e limpeza de itenerários
-- na protecção imediata de trabalhos de engenharia
-- na defesa de pontos sensíveis
Excluem-se os GE constituídos para o desempenho de determinadas missões específicas.
d. Deve evitar-se o seu emprego:
-- Em operações junto de fronteira não inimigas:
-- em missões de redução ou de destruição de meios de vida em áreas onde se encontrem fugidos, familiares ou amigos;
-- em acções de redução contra In fortemente instalado e organizado, a não ser quando em conjugação com outras forças mais adequadas para este tipo de missão.
4.Organização
a. Constituição
Cada GE é constituído por:
(1) Comandante, Oficial subalterno, ou elemento civil graduado
(2) 1 Adjunto, Sargento ou Furriel, podendo ser elemento civil graduado
(3) 3 Comandantes de subgrupos, (Sargentos ou Furriéis, em princípio atiradores) ou elementos civis graduados
(4) 9 chefes de equipa (1ºs Cabos GE)
(5) 54 soldados GE
b. Enquadramento
Os quadros são obtidos entre Oficiais e Sargentos do QP ou QC do exército em serviço nas fileiras ou na disponibilidade e em regime de voluntariado, e em Praças, do Exército ou GE, ou civis que reúnem condições para serem graduados.
Esgotadas as possibilidades de obtenção de quadros voluntários, podem ser nomeados por imposição, Oficiais, Sargentos do QP ou do QC do Exército
c. Designação
Cada GE é designado por um número de três algarismos em que o das centenas permite identificar facilmente o Sector Operacional a que o GE pertence, de acordo com a seguinte numeração:
SECTOR "A" 101 a 199
SECTOR "B" 201 a 299
SECTOR "D" 401 a 499
CODCB 501 a 599
SECTOR "F" 601 a 699
SECTOR "G" 701 a 799
SECTOR "H" 801 a 899
CTC e SECTOR "I" 901 a 999
d. Necessidade de apoio e controle
A fragilidade da estrutura de comando e logística impõe que sejam adoptadas as seguintes medidas:
(1) Os GE devem, por norma, sediar-se em locais onde exista uma outra gurnição militar, de preferência de escalão não inferior a CCAÇ, não devendo, por princípio, constituir destacamentos.
(2) Os GE serão apoiados administrativamente e logisticamente por uma unidade do tipo CCAÇ ou CCS, conforme as normas indicadas pela 4ªREP/QG.
(3) Os comandos locais devem ser particularmente cuidadosos quanto à disciplina dos GE.
(3) Os comandos locais devem ser particularmente cuidadosos quanto à disciplina dos GE.
(4) Quando nos estacionamentos, os GE devem receber, no mínimo, 1 hora diária de instrução, dada pelo respectivo comandante, incidindo em especial sobre tiro, táctico e acção psicológica
(5) Existem já, ou serão criadas, nos Comandos dos SO, ZO e CT, Secções dos GE, cujo chefe (Cap. das Armas) deve, com frequência, visitar todos os GE atribuídos ao referido Comando, orientando os Comandantes dos GE e propondo, através dos Comandos Operacionais terrestres, as medidas que entender adequadas à rápida resolução de deficiências detectadas.
(6) Elaboração de relatórios específicos, destinados a habilitar o QG com elementos de informação que permitam a rápida resolução de problemas existentes.
(7) Deve ser incentivado e apoiado a cultura de machambas dos referidos elementos, tendo em vista a criação de interesses e fixação à terra, fomento duma auto-suficiência económica que não deixará de aliviar o reabastecimento logístico da sub-unidade administradora.
e. Instalações
Os elementos GE constroem o seu aldeamento-quartel, onde vivem com as suas famílias, sendo posta à disposição da respectiva sub-unidade administradora uma determinada verba para atender às despesas iniciais com a instalação de cada GE
5.Dependências
Os GE dependem:
a. Tecnicamente:
(1) Do comando dos GE, que tem a seu cargo:
--doutrinação;
--orientação do recrutamento, de acordo com as directivas recebidas do QG;
--orientação da instrução, incluindo a de reciclagem, de acordo com directivas recebidas da 3ªREP/QG
(2) Do Chefe da SEC de GE das SO,ZO e CT no que se refere a:
--recrutamento, instrução e mentalização;
obtenção de quadros e disciplina;
--administração, logística e controle.
b. Operacionalmente
Dos comandos operacionais terrestres a que forem atribuídos
c. Administrativa e logisticamente
Da Companhia, tipo caçador ou CCS, mais próxima da sua sede, conformr for determinado pelo QG/RMM (4ªREP)
d. Disciplinarmente
(1) Do Comandante do CIGE, quando em instrução e reciclagem (competência disciplinar constante da coluna V do quadro referido no artº 79 do RDM
(2) Do Comandante da ZO, SO ou CT a que forem atribuídas
(3) Dos Comandantes dos Sub-Sectores, quando se encontrem sob comando operacional daqueles (idem coluna IV (COR) e coluna V (TEN. COR e MAJ.)
(4) Dos Comandantes dos Sub-Sectores, aquando em trânsito nas respectivas ZA, no que respeita exclusivamente a:
(a) Medidas de segurança
(b) Atitudes exteriores de indisciplina, aprumo e atavio
6.Emprego Operacional
a. Os GE constituem forças de intervenção regional do comando e que se encontram atribuídos.
b. De preferência, um GE deve ser empenhado em bloco. Em princípio não deverá ser empregado por fracções
inferior a sub-grupo, devidamente enquadrado.
c. O empenhamento operacional dos GE não deverá ser inferior a 15/dias mês.
d. TO planeamento da actividade operacional dos GE é integradonos PAO mensais dos Comandos que sobre eles exerçam comando operacional
7.Relatórios
a. No que respeita a relatórios de acção, aplica-se aos GE o disposto na NEP OPIRA/3ª REP
b. Os Mensalmente serão elaborados pelos Comandantes dos GE os seguintes relatórios, regulados, respectivamente, pelos NEP DV VI e VII GE/GEP. (Anexo "A" e "B")
(1) Relatório mensal da actividade operacional
(2) Relatórios mensal sobre a existência de material distribuído.
NOTA DO BLOG
Os Grupos Especiais (GE’s) foram o resultado da iniciativa do Comandante em Chefe da Região Militar de Moçambique, (RMM), Gen. Kaúlza de Arriaga (31-3-1970 a 31-7-1973)*1 naquela província Ultramarina. Perante as crescentes dificuldades de aumento de efectivos da então metrópole, o recurso a meios das próprias províncias revelou-se indispensável para complementar os efectivos; permitir a rotação das unidades em final de comissão e dar um cunho autóctone à guerra, retirando-lhe um aspecto colonial, sobretudo quando observada a partir de organizações internacionais.
Inicialmente os GE’s estavam adidos às unidades regulares do Exército da área onde actuavam, como uma subunidade em prontidão máxima, (uma situação idêntica aos dois grupos de comandos formados na Namaacha, só que esses estavam às ordens directas do Comandante em Chefe, na época o Gen. Caeiro Carrasco).
Mais tarde, já em 1973, foi criado o Comando-Geral dos Grupos Especiais, o que é revelador da importância que estes assumiam na estratégia militar, era então Comandante em Chefe o General Basto Machado.
Inicialmente os GE’s estavam adidos às unidades regulares do Exército da área onde actuavam, como uma subunidade em prontidão máxima, (uma situação idêntica aos dois grupos de comandos formados na Namaacha, só que esses estavam às ordens directas do Comandante em Chefe, na época o Gen. Caeiro Carrasco).
Mais tarde, já em 1973, foi criado o Comando-Geral dos Grupos Especiais, o que é revelador da importância que estes assumiam na estratégia militar, era então Comandante em Chefe o General Basto Machado.
*1 O Gen. Kaúlza de Arriaga era Comandante do Exército em Moçambique desde 21-6-1969
COMANDANTE:
GE 207
LOCAL:
INHOCA
Corria o ano de Outubro do Ramadão de 1973 e do caju maduro. O Sol queimava o aldeamento enquanto a tarde descia em direcção ao ansiado frescor da noite. Protegendo-me da canícula, eu estava junto à messe de sargentos, uma casa de lama com telhado de zinco e onde os furriéis da companhia aqui aquartelada algazarreavam o jogo da sueca na mesa do bar, onde as cartas jogadas se misturavam com as laurentinas vazias. Passeava o meu olhar pelo renque arbóreo que circundava a aldeia, quando vindo do lado das cubatas, e acompanhado de mais alguns soldados macuas em passos lestos, martelados, decididos na minha direcção e de olhares postos em mim surge o Cabo Amidjai. Recostei-me na parede de lama da messe. acabei a laurentina fresca, deixei cair das mãos a garrafa vazia e esperei pelo contacto eminente, tentando adivinhar em vão qual grave urgência estava para urgir. Aparece então a palavra do Amidjai (o Mata-Cobra, assim mesmo chamado pelos seus pares, por se recusar a usar botas de lona usando sempre e apenas botas de cabedal, mais seguras no mato e a que chamava, botas mata-cobra): - Siliva, nosso pai, nós quer ir em Palma ao Ramadão. Ramadão que é nosso Natal.
Este aldeamento-aquartelamento de Pundanhar era partilhado pelo meu Grupo (GE 214), cujos soldados nativos viviam com suas mulheres e filhos em cubatas na zona civil e por uma Companhia de Caçadores integrada por soldados metropolitanos e nativos comandados por um capitão miliciano.
O percurso feito a corta - mato evitando assim pisar tanto quanto possível a picada e as minas que os Frelos nela semeavam, foi aparecendo pontilhado de sombrosos cajueiros ostentando aqueles bonitos e maduros frutos, uma delícia que fui provando, não sem o aviso avisado daqueles homens. Bah Siliva, vai ficar grosso. Ignorando-os assim fui caminhando, colhendo e comendo aquelas "peras" de caju frescas, coloridas, sumarentas e doces. Um maná a calhar naquele fim de dia húmido e quente. À medida que a tarde crescia e as árvores iam estirando mais a sua sombra para o outro lado do sol, comecei a sentir na minha cabeça a quentura quente das bebedeiras. Afinal aqueles frutos tinham o poder das laurentinas, essas cervejas bazucas acompanhantes naqueles momentos em que tentávamos esquecer aquele inferno onde tínhamos caído. E foi assim neste bem - estar induzido, nesta abulia anímica de pensamentos entorpecidos, enquanto avançava comoso, olhos postos no além e de cabeça agradavelmente oca, que os meus sentidos repentinamente despertaram com o som nervoso e desencontrado de várias vozes: INHOCA!...INHOCA!...INHOCA!...INHOCA!..., BAAH! INHOCA. Eram vocalizações num tom de susto e aviso. Segui com o meu olhar, os olhares daqueles homens, focados naquele ponto do mato, sombreado pela copa de um largo cajueiro e vi aquilo que eles há muito tinham descortinado: uma cobra de largo diâmetro e bom comprimento, num movimento lento desembrulhando-se. Passada a surpresa inicial de medo e respeito por tal bicho, num gesto impensado afaguei a G3, enquanto dirigia o ponto de mira ao dorso do ofídio. Preparava-me para premir o gatilho, quando de pronto num gesto vigoroso e seguro vi uma mão negra desviar-me o cano da arma, e bem perto do meu ouvido a frase nervosa, conhecedora e avisada, de quem sabe: BAAH SILIVA, SE MATA NHOCA, MATA NHOCA, AGORA SE NÃO MATA NHOCA É UMA PORRA. Depois do seu gesto consumado e de ter largado para mim o tubo, o cabo macua Amidjai foi dizendo, agora num tom bem mais calmo: LAGARTA NÃO FAZ MAL, AGORA SE FERIR LAGARTA OU PISAR NOS OVOS DA LAGARTA É UMA PORRA.
A cobra mirou-me, mirou-nos, desenroscou-se por completo e sumiu em ondulações lentas, rastejadas para lá do trilho, desaparecendo confundindo-se com o matizado verde do capim.
Foi um encontro fugaz, Inhoca seguiu o seu caminho. Nós retomámos o nosso, agora com os sentidos mais apurados e as armas mais nervosas, não tanto pelas cobras, sim para evitar qualquer surpresa urdida pelos Frelos e pelo cantar irritante das sua kalashnikov.
E agora o Siliva já conhece o efeito analgésico da "pêra" do cajueiro.
Por: Manuel Neves Silva
GRUPOS ESPECIAIS DE MOÇAMBIQUE SECTOR "A" (NIASSA) e SECTOR "B" (CABO DELGADO)
SECTOR "A"
Foram Comandantes deste Sector:
Capitão Andrega
COMANDANTE:
TENENTE ADRIANO BIGONE
ALFERES NARCISO GAITINHA
LOCAL:
NOVA COIMBRA: de Fevereiro de 1972 a Abril de 1974
GE 102
COMANDANTE:
ALFERES LOURO
FURRIEL LOBÃO
FURRIEL LOBÃO
LOCAL:
VALADIM: de Agosto de 1971 a Abril de 1974.
GE 103
COMANDANTE:
ALFERES MASCARENHAS
FURRIEL SECA
O Furriel Seca, em perseguição ao inimigo faleceu no dia em que Olivença foi atacada com foguetões de 122 m/mm
LOCAL:
OLIVENÇA: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
Vista parcial de OLIVENÇA |
GE 104
LOCAL:
CANDULO: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
COMANDANTE:
ALFERES RIBEIRO
GE 105
LOCAL:
RÉVIA: de Novembro de 1973 a Abril de 1974
Em 21-11-1973, um Hunimog accionou mina causando a morte ao Furriel GE Abílio José da Costa Lemos e a 11 soldados GE
GE 106
COMANDANTE:
ALFERES MARTINS
LOCAL:
MUCUAIA (XIPENDA): de Novembro de 1973 a Abril de 1974
Alferes Martins, Comandante do GE 106, junto a alguns dos seu homens |
GE 107
COMANDANTE:
ALFERES MARTINS
LOCAL:
MASSANGULO: de Novembro de 1973 a Abril de 1974
SECTOR "B"
Foi Comandante geral deste Sector:
Capitão Walter Almeida
GE 201
COMANDANTE:
ALFERES HUMBERTO ALMEIDA
LOCAL:
MUAGUIDE: de Abril de 1970 até Agosto 1970
MUERA: de Agosto 1970 a Outubro de 1970
MUAGUIDE: de Outubro de 1970 a
DONDO de: Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 202
LOCAL:
NAIROTO: De Abril de 1970 a Abril de 1974
GE 203
COMANDANTE:
ALFERES HUMBERTO ALMEIDA
LOCAL:
MACOMIA: De Abril de 1970 a Abril de 1974
GE 204
LOCAL:
NAMBUDE: de Abril de 1970 a Dezembro de 1970
MOCÍMBOA DA PRAIA: Dezembro de 1970 a Julho de 1971
ANTADORA: Julho de 1971 a Janeiro de 1972
MOCÍMBOA DA PRAIA: Janeiro de 1972 a Novembro de 1973
DONDO: Novembro de 1973 a Janeiro de 1974
GE 205
O Alfres GE António Lopes, acompanhar o Gen Kaúlza de Arriaga de de visita a Nangade por ocasião do final da formação dos Grupos Especiais 210, 211 e 212 |
COMANDANTE:
ALFERES ANTÓNIO LOPES
ALFERES JOÃO FERNANDES
LOCAL:
MOCÍMBOA DA PRAIA: de Abril de 1970 a Dezembro de 1972
NANGADE: de Janeiro de 1972 a Novembro de 1973
MOCÍMBOA DA PRAIA: Janeiro de 1974 a Abril de 1974
DONDO: Novembro de 1973 a Abril de 1974
Alferes João Fernandes do GE 205, em NANGADE |
GE 206
COMANDANTE:
Acácio Figueiredo
Safara
Gamboa
Corvelo
Victor Santos
Safara de 1972 a 1974
LOCAL:
PALMA: De Abril de 1970 a Abril de 1974
GE 207
LOCAL:
MOCÍMBOA DA PRAIA: De Abril de 1970 a Abril de 1974
COMANDANTES:
ALFERES PEDRO
GE 208
COMANDANTES:
Alferes Humberto Almeida
Alferes António Giestas de até Agosto de 1973
Furriel José Alves (Comandante Interino) de Agosto de 1973 a Junho 1974
de Maio de 1971 até Abril de 1974
LOCAL:
MUEDA: De Abril de 1971 a Abril de 1974
Alferes Rui Souto |
GE 209
LOCAL:
MOCÍMBOA DO ROVUMA: De Setembro de 1971a Agosto de 1973
NAZOMBE: De Agosto de 1973 a Outubro de 1973
MOCÍMBOA DO ROVUMA: De Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 210
COMANDANTES:
Diamantino Rodrigues
LOCAL:
NANGADE (TARTIBO): De Setembro de 1971 a Abril de 1974
O Gen. Kaúlza de Arriaga, passando revista a vários GRUPOS "GE" Na foto ao fundo do lado esqº o Alferes António Lopes. Em 1º plano do lado esqº o Alferes Diamantino Rodrigues do GE 210 |
GE 211
Alferes GE,Alberto Chissano e António Lopes em Nangade |
LOCAL:
QUIONGA: De Setembro de 1971 a Abril de 1974
COMANDANTES:
Alferes Alberto Chissano
GE 212
COMANDANTES:
Rui Campos
Filipe Manuel Cardão Pinto
LOCAL:
NHICA DO ROVUMA: De Outubro de 1971 a Abril de 1974
Morreu em combate em 15-11-72, na Operação "Baga 6" o Furriel GE João Manuel de Castro Guimarães
GE 213
LOCAL:
CHAI: De Novembro de 1971 a Abril se 1974
GE 214
COMANDANTES:
Carlos Silva
Carlos Cêa
Alferes Guerreiro
Furriel Manuel Neves Silva
LOCAL:
PUNDANHAR de Junho de 1972 a Abril de 1974
O Furriel Manuel Neves Silva no aldeamento de Pundanhar |
GE 215
LOCAL:
COMANDANTES:
Alberto Chissano
ANAMOTO de Junho de 1972 a Outubro de 1972
QUIONGA: de Outubro de 1972 a Abril de 1974
GE 216
LOCAL:
OLUMBI de Junho de 1972 a Abril de 1974
GE 217
LOCAL:
DIACA de Outubro de 1972 a Abril de 1974
GE 218
LOCAL:
BILIBIZA de Setembro de 1972 a Abril de 1974
GE 219
LOCAL:
MELUCO de Setembro de 1972 a Abril de 1974
GE 220
LOCAL:
REVIA de Setembro de 1972 a Abril de 1974
Memórias da guerra colonial
Por:
Manuel Neves silva
Furriel Miliciano - GE
INHOCA
Corria o ano de Outubro do Ramadão de 1973 e do caju maduro. O Sol queimava o aldeamento enquanto a tarde descia em direcção ao ansiado frescor da noite. Protegendo-me da canícula, eu estava junto à messe de sargentos, uma casa de lama com telhado de zinco e onde os furriéis da companhia aqui aquartelada algazarreavam o jogo da sueca na mesa do bar, onde as cartas jogadas se misturavam com as laurentinas vazias. Passeava o meu olhar pelo renque arbóreo que circundava a aldeia, quando vindo do lado das cubatas, e acompanhado de mais alguns soldados macuas em passos lestos, martelados, decididos na minha direcção e de olhares postos em mim surge o Cabo Amidjai. Recostei-me na parede de lama da messe. acabei a laurentina fresca, deixei cair das mãos a garrafa vazia e esperei pelo contacto eminente, tentando adivinhar em vão qual grave urgência estava para urgir. Aparece então a palavra do Amidjai (o Mata-Cobra, assim mesmo chamado pelos seus pares, por se recusar a usar botas de lona usando sempre e apenas botas de cabedal, mais seguras no mato e a que chamava, botas mata-cobra): - Siliva, nosso pai, nós quer ir em Palma ao Ramadão. Ramadão que é nosso Natal.
Este aldeamento-aquartelamento de Pundanhar era partilhado pelo meu Grupo (GE 214), cujos soldados nativos viviam com suas mulheres e filhos em cubatas na zona civil e por uma Companhia de Caçadores integrada por soldados metropolitanos e nativos comandados por um capitão miliciano.
A criança, foi recuperada à Frelimo e entregue aos cuidados destes familiares de em soldado GE |
Manifestado o desejo de celebrar o Ramadão em Palma, o grupo esperava a minha decisão, que a bem de todos e da acção psicológica (APSIC), teria que ser sim, afirmativa.
E assim mesmo e ali ficou decidido, não sem antes consultar via rádio o Comandante Geral dos Grupos Especiais (GE) em Porto Amélia, Capitão Pessoa de Amorim que achou uma boa ideia. Seria ao mesmo tempo uma missão de patrulha e reconhecimento ao longo da picada Pundanhar - Palma. Partiríamos ao fim da tarde do dia seguinte. A noite seria para andar e descansaríamos um pouco durante o dia para podermos esconder as agressões do sol por cima das copas das árvores.
Capitão Pessoa de Amorim. Comandante Geral dos GE |
Pundanhar dista 50 Kms de Palma, no litoral. É terra natal da maioria dos meus soldados muçulmanos macuas, uma terra bonita, arborizada de palmeiras e coqueiros, beijada de modo suave e terno pela águas do Índico. Já por lá tinha passado uns meses atrás em trânsito desde o Dondo na Beira até este aldeamento, onde fui colocado no comando destes homens. Seduzia-me agora a ideia de repetir uns mergulhos naquela praia e saborear à noite o marisco que generosamente aparecia nestas águas.
O percurso feito a corta - mato evitando assim pisar tanto quanto possível a picada e as minas que os Frelos nela semeavam, foi aparecendo pontilhado de sombrosos cajueiros ostentando aqueles bonitos e maduros frutos, uma delícia que fui provando, não sem o aviso avisado daqueles homens. Bah Siliva, vai ficar grosso. Ignorando-os assim fui caminhando, colhendo e comendo aquelas "peras" de caju frescas, coloridas, sumarentas e doces. Um maná a calhar naquele fim de dia húmido e quente. À medida que a tarde crescia e as árvores iam estirando mais a sua sombra para o outro lado do sol, comecei a sentir na minha cabeça a quentura quente das bebedeiras. Afinal aqueles frutos tinham o poder das laurentinas, essas cervejas bazucas acompanhantes naqueles momentos em que tentávamos esquecer aquele inferno onde tínhamos caído. E foi assim neste bem - estar induzido, nesta abulia anímica de pensamentos entorpecidos, enquanto avançava comoso, olhos postos no além e de cabeça agradavelmente oca, que os meus sentidos repentinamente despertaram com o som nervoso e desencontrado de várias vozes: INHOCA!...INHOCA!...INHOCA!...INHOCA!..., BAAH! INHOCA. Eram vocalizações num tom de susto e aviso. Segui com o meu olhar, os olhares daqueles homens, focados naquele ponto do mato, sombreado pela copa de um largo cajueiro e vi aquilo que eles há muito tinham descortinado: uma cobra de largo diâmetro e bom comprimento, num movimento lento desembrulhando-se. Passada a surpresa inicial de medo e respeito por tal bicho, num gesto impensado afaguei a G3, enquanto dirigia o ponto de mira ao dorso do ofídio. Preparava-me para premir o gatilho, quando de pronto num gesto vigoroso e seguro vi uma mão negra desviar-me o cano da arma, e bem perto do meu ouvido a frase nervosa, conhecedora e avisada, de quem sabe: BAAH SILIVA, SE MATA NHOCA, MATA NHOCA, AGORA SE NÃO MATA NHOCA É UMA PORRA. Depois do seu gesto consumado e de ter largado para mim o tubo, o cabo macua Amidjai foi dizendo, agora num tom bem mais calmo: LAGARTA NÃO FAZ MAL, AGORA SE FERIR LAGARTA OU PISAR NOS OVOS DA LAGARTA É UMA PORRA.
A cobra mirou-me, mirou-nos, desenroscou-se por completo e sumiu em ondulações lentas, rastejadas para lá do trilho, desaparecendo confundindo-se com o matizado verde do capim.
Foi um encontro fugaz, Inhoca seguiu o seu caminho. Nós retomámos o nosso, agora com os sentidos mais apurados e as armas mais nervosas, não tanto pelas cobras, sim para evitar qualquer surpresa urdida pelos Frelos e pelo cantar irritante das sua kalashnikov.
E agora o Siliva já conhece o efeito analgésico da "pêra" do cajueiro.
Por: Manuel Neves Silva
Furriel Miliciano - GE
GRUPOS ESPECIAIS DE MOÇAMBIQUE SECTORES "D" (ZAMBÉZIA); "CODCB";"F";SECTOR "G" SECTOR "H" e CTC (TETE) e SECTOR "I (MANICA E SOFALA)
Sector "D"
GE 401
LOCAL:
FINGOÉ (TETE): de Outubro de 1970 a Abril de 1974
GE 402
LOCAL:
MILANGE (ZAMBÉZIA): de Novembro de 1972 Abril de 1974
GE 403
LOCAL:
GURO (MANICA E SOFALA): de Abril de 1973 a Junho de 1973
CHIRE ZAMBÉZIA): de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 404
LOCAL:
GURO (MANICA E SOFALA): de Abril de 1973 a Junho de 1973
MORRUMBALA (ZAMBÉZIA): de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 405
LOCAL:
MORRAMBALA (ZAMBÈZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 406
LOCAL:
CHIRE (ZAMBÉZIA): de Abril de 1973 a Julho de 1974
GE 407
LOCAL:
MONGOÉ (ZAMBÉZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 408
LOCAL:
MOLUMBO (ZAMBÉZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 409
LOCAL:
CORROMANE (ZAMBÉZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "CODCB"
GE 501
LOCAL:
TCHIRODZI (TETE): de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 502
LOCAL:
MARARA (TETE): de Setembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "F"
GE 601
LOCAL:
FAQUERO: de Janeiro a Abril de 1971
FINGOÉ: de Abril a Novembro 1971
CALDAS XAVIER: de Novembro de 1971 a Abril de 1974
GE 602
LOCAL:
MAGOE: de Março de 1971 a Fevereiro de 1972
N`CUNGAS: de Fevereiro de 1972 a Outubro de 1972
MUTARARA: de Outubro de 1972 a Abril de 1974
GE 603
LOCAL:
DÓMUÉ: de Março de 1971
GE 604
LOCAL:
ANCUAZE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 605
LOCAL:
MUTARARA: de Outubro de 1973 a Março de 1974
N`CUNGAS: de Março a Abril den1974
GE 606
COMANDANTE:
Furriel Alexandre Fanha Constantino
LOCAL:
SABANDARE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 608
LOCAL:
TETE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 609
LOCAL:
CHANGARA: de Novembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "G"
GE 701
LOCAL:
FINGOÉ: de Maio de 1971 a Novembro de 1971
UNCANHA: de Novembro de 1971 a Março de 1972
FINGOÉ: de Março de 1972 a Julho de 1972
CARINDE: de Julho de 1972 a Novembro de 1972
FINGOÉ: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
GE 702
LOCAL:
MAGOÉ: de Maio de 1971 a Novembro de 1972
MUCUMBURA: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
GE 703
LOCAL:
DÓMUE: de Maio de 1971
GE 705
LOCAL:
UNCANHA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "H"
GE 801
LOCAL:
DÓMUE: de Maio de 1971 a Julho de 1972
ZAMBUE: de Julho de 1972 a Junho de 1973
TAIBO: de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 802
LOCAL:
TSANGANO: de Junho de 1972 a Abril de 1974
GE 803
LOCAL:
MFUTSUO: de Outubro a Dezembro de 1971
VILA COUTINHO: de Dezembro de 1971 a Abril de 1972
MFUTSUO: de Abril a Agosto de 1972
VILA COUTINHO: de Agosto de 1972 a Outubro de 1973
MFUTSUO: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 804
LOCAL:
TEMBUÉ: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 805
LOCAL:
FURANCUNGO: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
CTC e Sector "I"
GE 901
LOCAL:
MANDIE: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 902
LOCAL:
ANDISSENE: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 903
LOCAL:
LUMBO: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 904
LOCAL:
GURO: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 905
LOCAL:
CHEMBA: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 906
LOCAL:
CHINSORO: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 907
LOCAL:
CATUNGUIRENE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 908
LOCAL:
CHAZICA: de Setembro a Novembro de 1973
CHIMBIRIBIRI: de Novembro de 1973 a Abril de 1974
GE 909
LOCAL:
CHIRAMBA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 910
LOCAL:
TAMBARA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 911
LOCAL:
MADZIUIRE: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
CANXIXE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 913
LOCAL:
CANXIXE: de Setembro de 1973 a Fevereiro de 1974
MOLIMA de: Fevereiro a Abril de 1974
GE 914
LOCAL:
CAMBEREMBERE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 915
LOCAL:
TAMBARA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 916
MPANZE: de Setembro de 1973 a Março de 1974
HONDE: de Março a Abril de 1974
GE 921
LOCAL:
NHAMATEMBA de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 922
LOCAL:
CANDA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 923
LOCAL:
MASSARA GOUVEIA: de Setembro a Novembro 1973
DOMBA de: Novembro de 1973 a Abril de 1974
GE 925
LOCAL:
VILA PAIVA DE ANDRADE: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 926
LOCAL:
MAVONDE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 928
LOCAL:
PUNGUÉ: de Setembro de 1973 a Abrilde 1974
GE 929
LOCAL:
MARINGUÉ: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 930
LOCAL:
SENA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 931
LOCAL:
SONE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 401
LOCAL:
FINGOÉ (TETE): de Outubro de 1970 a Abril de 1974
GE 402
LOCAL:
MILANGE (ZAMBÉZIA): de Novembro de 1972 Abril de 1974
GE 403
LOCAL:
GURO (MANICA E SOFALA): de Abril de 1973 a Junho de 1973
CHIRE ZAMBÉZIA): de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 404
LOCAL:
GURO (MANICA E SOFALA): de Abril de 1973 a Junho de 1973
MORRUMBALA (ZAMBÉZIA): de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 405
LOCAL:
MORRAMBALA (ZAMBÈZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 406
LOCAL:
CHIRE (ZAMBÉZIA): de Abril de 1973 a Julho de 1974
GE 407
LOCAL:
MONGOÉ (ZAMBÉZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
Um aspecto da instrução dos GE 407 |
LOCAL:
MOLUMBO (ZAMBÉZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 409
LOCAL:
CORROMANE (ZAMBÉZIA): de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "CODCB"
LOCAL:
TCHIRODZI (TETE): de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 502
LOCAL:
MARARA (TETE): de Setembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "F"
LOCAL:
FAQUERO: de Janeiro a Abril de 1971
FINGOÉ: de Abril a Novembro 1971
CALDAS XAVIER: de Novembro de 1971 a Abril de 1974
GE 602
LOCAL:
MAGOE: de Março de 1971 a Fevereiro de 1972
N`CUNGAS: de Fevereiro de 1972 a Outubro de 1972
MUTARARA: de Outubro de 1972 a Abril de 1974
GE 603
LOCAL:
DÓMUÉ: de Março de 1971
GE 604
LOCAL:
ANCUAZE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 605
LOCAL:
MUTARARA: de Outubro de 1973 a Março de 1974
N`CUNGAS: de Março a Abril den1974
GE 606
COMANDANTE:
Furriel Alexandre Fanha Constantino
LOCAL:
SABANDARE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
Alexandre Fanha Constantino |
LOCAL:
TETE: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 609
LOCAL:
CHANGARA: de Novembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "G"
GE 701
LOCAL:
FINGOÉ: de Maio de 1971 a Novembro de 1971
UNCANHA: de Novembro de 1971 a Março de 1972
FINGOÉ: de Março de 1972 a Julho de 1972
CARINDE: de Julho de 1972 a Novembro de 1972
FINGOÉ: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
GE 702
LOCAL:
MAGOÉ: de Maio de 1971 a Novembro de 1972
MUCUMBURA: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
GE 703
LOCAL:
DÓMUE: de Maio de 1971
GE 705
LOCAL:
UNCANHA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
Sector "H"
GE 801
LOCAL:
DÓMUE: de Maio de 1971 a Julho de 1972
ZAMBUE: de Julho de 1972 a Junho de 1973
TAIBO: de Junho de 1973 a Abril de 1974
GE 802
LOCAL:
TSANGANO: de Junho de 1972 a Abril de 1974
GE 803
LOCAL:
MFUTSUO: de Outubro a Dezembro de 1971
VILA COUTINHO: de Dezembro de 1971 a Abril de 1972
MFUTSUO: de Abril a Agosto de 1972
VILA COUTINHO: de Agosto de 1972 a Outubro de 1973
MFUTSUO: de Outubro de 1973 a Abril de 1974
GE 804
LOCAL:
TEMBUÉ: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 805
LOCAL:
FURANCUNGO: de Novembro de 1972 a Abril de 1974
CTC e Sector "I"
GE 901
LOCAL:
MANDIE: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 902
LOCAL:
ANDISSENE: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 903
LOCAL:
LUMBO: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 904
LOCAL:
GURO: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 905
LOCAL:
CHEMBA: de Abril de 1973 a Abril de 1974
GE 906
LOCAL:
CHINSORO: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 907
LOCAL:
CATUNGUIRENE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 908
LOCAL:
CHAZICA: de Setembro a Novembro de 1973
CHIMBIRIBIRI: de Novembro de 1973 a Abril de 1974
GE 909
LOCAL:
CHIRAMBA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 910
LOCAL:
TAMBARA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 911
LOCAL:
MADZIUIRE: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 912
LOCAL: CANXIXE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 913
LOCAL:
CANXIXE: de Setembro de 1973 a Fevereiro de 1974
MOLIMA de: Fevereiro a Abril de 1974
GE 914
LOCAL:
CAMBEREMBERE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 915
LOCAL:
TAMBARA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 916
LOCAL:
MACOSSA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
MACOSSA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 917
LOCAL:
CHOA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
LOCAL:
CHOA: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 918
LOCAL:
CHIGUINHEME: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
LOCAL:
CHIGUINHEME: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 919
LOCAL:
SAGORO: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
LOCAL:
SAGORO: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 920
LOCAL: MPANZE: de Setembro de 1973 a Março de 1974
HONDE: de Março a Abril de 1974
GE 921
LOCAL:
NHAMATEMBA de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 922
LOCAL:
CANDA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 923
LOCAL:
MASSARA GOUVEIA: de Setembro a Novembro 1973
DOMBA de: Novembro de 1973 a Abril de 1974
GE 925
LOCAL:
VILA PAIVA DE ANDRADE: de Dezembro de 1973 a Abril de 1974
GE 926
LOCAL:
MAVONDE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 928
LOCAL:
PUNGUÉ: de Setembro de 1973 a Abrilde 1974
GE 929
LOCAL:
MARINGUÉ: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 930
LOCAL:
SENA: de Setembro de 1973 a Abril de 1974
GE 931
LOCAL:
SONE: de Setembro de 1973 a Abril de 1974