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Livros da guerra colonial

Miandica terra do outro mundo


segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

AQUARTELAMENTOS NO NIASSA DE 1961 a 1974 -- TEXTO E FOTOS EXTRAÍDOS DO LIVRO DE MANUEL PEDRO DIAS.

 




O objectivo do mapa abaixo reproduzido foi dar uma ideia aproximada, e não precisa, dos locais por onde passar as várias Unidades destacadas, de 1964 a 1974, para o Distrito  do Niassa, actualmente Província.




LEMOS, NÃO NOS RECORDAMOS ONDE, ESTA AFIRMAÇÃO: NENHUM EXÉRCITO DE UM PAÍS DO HEMISFÉRIO NORTE SE SUJEITARIA A VIVER E A COMBATER NAS CONDIÇÕES EM QUE OS PORTUGUESES O FIZERAM
NA VERDADE O SOLDADO PORTUGUÊS FOI, DESDE SEMPRE, DOTADO DE UMA GRANDE CAPACIDADE E ADAPTAÇÃO AO MEIO ENVOLVENTE, SUPERANDO SEMPRE, COM ENGENHO, ARTE E, SOBRETUDO, MUITOS SACRIFÍCIOS FÍSICOS E MORAIS, AS ADVERSIDADES QUE A CADA PASSO LHES IAM SURGINDO.
RECORDEMO-NOS, POR EXEMPLO, DO MODO COMO VIVERAM OS BRAVOS SOLDADOS PORTUGUESES QUE PARTICIPARAM NA PRIMEIRA GRANDE GUERRA MUNDIAL.FAZENDO DAS TRINCHEIRAS, ONDE ESTOICAMENTE COMBATIAM, A SUA PRÓPRIA "HABITAÇÃO"


                                                 INSTALAÇÕES RUDIMENTARES






CHIULEZI, CANTINA
LIONE CHUVEIRO

AMÉRICA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores  1669
Companhia de Artilharia   2388
Companhia de Caçadores  1714
Companhia de Artilharia   1327

No Niassa, a Frelimo, a  partir de determinada altura,passou a conduzir a guerrilha com duas finalidades bem distintas: Criar zonas libertadas e abrir corredores de passagem para se dirigir rumo ao sul. A fim de travar essas linhas de infiltração, foram criados alguns estacionamentos em pontos achados estratégicos, onde se aquartelavam companhias de intervenção. "América" foi um desses casos, pelo que em Julho de 1967 aqui acampou a Companhia de Caçadores 1669 que, a exemplo de muitos outros casos, teve que construir as suas próprias instalações, recorrendo, para isso, ao improviso. Este local foi abandonado definitivamente no início de 1969.

COZINHA
BANDECE
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Artilharia   2328
Companhia de Caçadores  1798
O Bandece, é localizado no caminho que ligava Maniamba a Vila Cabral, era um ponto estratégico de paragem, quer para as colunas que transitavam naquela picada, quer para os efectivos que dali partiam para diversas operações. A força estacionada no Bandece, ao nível de Grupo de Combate, prestava segurança e controlava, ainda a população aldeada, por sinal bastante numerosa. Contudo, de Janeiro a Junho de 1969, estacionaram no local duas Companhias em períodos diferentes e contínuos. As instalações, como as próprias imagens demonstram, eram muitíssimo deficientes.
UM GRUPO DE MILITARES DA CCAÇ 1560 EM 1967
AS PRECÁRIAS CONDIÇÕES, ANTIGA CANTINA CIVIL



ASPECTO DESOLADOR DAS INSTALAÇÕES
BELÉM
COMPANHIAS RESIDENTES
2ª/Batalhão  de Caçadores 19
De Agosto de 65 a Agosto de 1971, estacionou nesta localidade a 2ª Companhia do Batalhão de Caçadores 19, da guarnição normal da Província. A partir desta data, Belém, passou a receber efectivos a nível de pelotão da Companhia sedeada em Nova Freixo. As instalações, segundo informações que colhemos verbalmente, eram satisfatórias, dado que a Unidade ali residente, durante cinco anos, foi efectuando sucessivos melhoramentos.
PORTA DE ARMAS

OFICINAS
Os nefastos efeitos de uma mina, na linha férrea entre
Belém e Catur ao Km 673
Os nefastos efeitos de uma mina, na linha férrea entre
Belém e Catur ao Km 673
CANDULO
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores  1655
Companhia de Caçadores  2320
Companhia de Caçadores  2319
Companhia de Caçadores  2318
Companhia de Caçadores  2551
Companhia de Caçadores  2706

3ª/ Batalhão de Caçadores     19
Companhia de Artilharia   3557
Grupo Especial                    104

E assim, pela manhã do dia 19 de Março, uma grande coluna de viaturas, constituída pela CCAÇ 1655 com as milícias do Roxo, larga para o desconhecido Candulo iniciando a operação "Passa a Bola". Demorou mais de um dia para percorrer os 110 Kms em que foi necessário parar 14 vezes  para desatascar viaturas, E que se vê? Capim! Palhotas queimadas! Uma serra e um rio!
Voltou-se a Mecula com os "troféus". Passados dias começou então o verdadeiro êxodo da CCAÇ 1655 para o Candulo, onde nada havia e era preciso fazer o quartel.
Construíu-se um bom quartel, beneficiou-se a picada e reconstruiu-se a ponte sobre o rio Chiulezi, além de muitos pontões. 1)
1) Extraído do livro da história do BCAÇ 1906
CANTINA DIAS
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores  1470
Companhia de Artilharia   1542
Companhia de Caçadores  1794
Companhia de Caçadores  2409
Companhia de Caçadores  1793
Companhia de Cavalaria   2390
Companhia de Artilharia   2733
Companhia de Artilharia   3572

No final de 1965, face ao aumento da sublevação, operaram-se significativas movimentações no Sectot"A", recebendo, assim, este local a primeira Unidade militar, a CCAÇ 1470.
O nome do aquartelamento ficou a dever-se ao facto de ali ter existido uma cantina civil, cujo  proprietário tinha o apelido Dias. As unidades ali residentes encontravam-se, razoavelmente, bem acomodadas. As instalações deixadas pela NT, após a independência, estavam a ser aproveitadas, em 2004, para ali se instalar um ambicioso projecto escolar. A partir de 1975, o local passou a designar-se por Nsanca, que significa, no dialecto local, "sofrimento.
Vista aérea do aquartelamento de Cantina Dias
Aquartelamento de Cantina Dias

CATUR
COMPANHIAS RESIDENTES
3ª Batalhão de Caçadores      19
Companhia de Caçadores  1608
Companhia de Caçadores  1936
Companhia de Artilharia   1626
Companhia de Cavalaria   2391
Batalhão de Caçadores      2895
Companhia de Caçadores  2418
CCAÇde Vila Cabra 

Pelo Catur, que durante anos foi testa da linha dos Caminhos de Ferro de Nacala, transitaram milhares de militares que ali terminavam a sua viagem de comboio, para depois encetarem uma outra, bem mais perigoso, até aos mais dispersos e recônditos locais do Distrito do Niassa.
Ali se cruzavam "Chekas" e "Kokuanas", onde aqueles, com o medo do desconhecido estampado no rosto, querendo saber notícias dos estacionamentos que lhes eram destinados, interpelavam os "velhinho" (Kokuanas) nesse sentido. Estes, impondo o seu "estatuto de antiguidade",  contavam histórias mirabolantes cujo objectivo era impressionar os novatos (Chekas). Nós próprios vivemos essas duas situações.
Em 31 de Dezembro de 1969, com a inauguração do troço até Vila Cabral. o catur perdeu um pouco o protagonismo até então alcançado.
Face aos sinais de regressão da actividade do inimigo no distrito, foi extinto, em 1970, o subsector ACT, com o comando nesta localidade
Aspecto geral do aquartelamento do Catur
Repare-se no rebentaminas na frente da locomotiva



CHICONONO
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Artilharia 2387
1ª Batalhão de Caçadores 16

A povoação de Chiconono, bastante populosa, era um alvo apetecido por parte da Frelimo, tendo em vista o aliciamento de elementos para incorporarem as suas filriras. Contudo, segundo apurámos, a população era fiel às NT, por considerar-se protegida e, de certo modo, laborar nas suas machambas descontraidamente. A própria Frelimo dava nota, numa mensagem captada em "Suahili", no segundo semestre de 1968, queixando-se da actividade das NT na região de Chiconono dizendo: parece estarem em toda a parte e que tudo destroem.
Relativamente ao estacionamento das Nossas Tropas em Chiconono, refira-se que as instalações eram bastante deficientes.

Razão tinha a Frelimo quando se queixava de falta de apoio da população
CHIULÉZI
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores 2550
Companhia de Caçadores 2705
3ª Batalhão de Caçadores 19
Companhia de Artilharia 3556

Coube à Companhia de Caçadores 2550 a missão, partindo rigorosamente da "estaca zero", de construir um aquartelamento neste local. O estacionamento foi sofrendo, ao longo dss sucessivas ocupações, significativas melhorias como se verifica nos elementos que extraímos da História da Unidade que "fechou as portas" em Chiulézi.
A par desta actividade há que referir as obras de beneficiação do aquartelamento com a construção de abrigos e reconstrução do paiol subterrâneo.Iniciou-se, ainda, abrigos à prova de morteiros com seteiras. Iniciou-se a construção de um forno em tijolo que substituirá o morro de formigas onde, do antecedente, era cozido o pão.
Nos últimos dias do mês, empreenderam-se na sede obras de transformação do refeitório demolindo a construção improvisada de canas e troncos, a fim de serem erigidas paredes de blocos de cimento  1
Será que mereceu a pena tanto esforço e dedicação?...
1 História da Unidade --- BART 3887,  CART. 3556

Uma "habitação" no Chiulézi
Vista geral do estacionamento anos depois do início da construção
CÓBUÉ
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores   612
Companhia de Engenharia 521
Companhia de Cavalaria    754
Companhia de Caçadores  694
Companhia de Cavalaria  1507
Companhia de Caçadores 1559
Companhia de Artilharia  2325

O Cóbué, assinalado na parte superior do mapa de Moçambique, nas margens do Lago Niassa, encontra-se praticamente referido em todas as obras relacionadas com a Guerra do Ultramar, porquanto, ali teve lugar, em Setembro de 1964, o primeiro ataque da guerrilha no Distrito do Niassa. O alvo foi o posto administrativo.
Oas acessos ao Cóbué processavam-se através do Lago, em lanchas da Marinha, devido à inoperacionalidade das suas picadas.
Levando em linha de conta a forma como muitas Unidades se encontravam alojadas em diversos pontos do Distrito, pode considerar-se que as instalações eram muito satisfatórias, já que o Colégio S. Miguel, entretanto desactivado, servis, de forma considerável, as necessidades das Companhias que por ali estacionaram.

Manuel Pedro Dias à porta do Colégio S.Miguel
O aquartelamento, o qual albergava elementos do Destacamentos Fuzileiros
GALGOLÍUA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores  1796
Companhia de Caçadores  2468
Companhia de Cavalaria    2416

À Companhia de Caçadores 1796, do Batalhão de Caçadores 1955, que tinha como divisa os "Galgos", coube-lhe a missão de se instalar na margem esquerda do rio Lugenda, numa zona onde a Frelimo teve montada uma base de grande relevância, a "Base do Cassero". Assim em Agosto de 1968, o pessoal desta Unidade, "apetrechado de praticamente nada" como normalmente acontecia com outras Unidades em zona de guerra e não só, atravessa o Lugenda e procura no mato a terra, em dialecto indígena Líua, mais propícia para ergurem a sua nova "residência". Encontrada  uma linha de água, indispensável para a sobrevivência, afirmam: É aqui. Assim nasceu, da junção das palavras Galgos + Líua, Galgoliua, terra de Galgos.

E, a rebolar lá se foram aos aabrigos
Pra se munirem de suas lanças e "musquetes"
Pois, já que esta é uma festa de amigos
Também queremos nós deitar nossos foguetes

Extraído dos versos "Pequeno almoço em Galgolíua" -- da CCAÇ 1796


Um abrigo para defesa do esstacionamento
"dois abrigos" de protecção. Um de militares, outro protecção a uma criança

ILHA DE METARICA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Artilharia    2388
Companhia de Engenharia 2349
Companhia de Caçadores  2469
Companhia de Caçadores  2467
1ª Batalhão de Caçadores      17

O diapositivo militar no Distrito foi sofrendo, ao longos dos anos de  conflito, sucessivas mudanças de acordo com o modo de actuar do inimigo, quer no campo operacional, quer no modo como se introduzia no terreno. Havia, por isso, que tentar eliminar as suas linhas de infiltração, reforçando-se as unidades em quadrícula nas áreas mais afectadas. O rio Lugenda era uma delas.
Assim, é criado este novo estacionamento, não propriamente na Ilha de Metarica, por razões óbvias de defesa, mas sim na sua proximidade, sendo escolhida a cota mais alta do terreno, para ali se construir, a partir do "nada", um estacionamento.
Coube essa missão à Companhia de Artilharia 2388
"Padaria" Imagem elucidativa das condições de vida do "Aquartelament"
"Navegando" no rio Lugenda, nas proximidades da Ilha de Metarica
LIONE
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores    694
Companhia de Caçadores  1583
Companhia de Artilharia   2327
Companhia de Cavalaria   2415
Companhia de Artilharia   2387
Companhia de Caçadores  2728
Companhia de Caçadores  3571

A construção da pista do Lione, com piso de saibre e cerca de 1000 metros de comprimento e 30 de largura, foi feita exclusivamente por pessoal desta companhia em cerca de 2 meses.
Construiu-se ainda o edifício do Comando, instalação para oficiais e instalações sanitárias, além de diversos melhoramentos não existentes e eliminação de todas as construções tipo palhota, abastecimento de água e luz que muito vieram beneficiar e contribuir para uma melhoria geral de bem estar e comodidade de todo o pessoal da Companhia 1
1 História da Unidade  -- Companhia de caçadores 2728

Padrão deixado pela CCAV. 2415 em homenagem a  seus mortos
Monumento erigido pela CCAÇ 2728 em memória dos seus mortos
LITUNDE
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores  1608
Companhia de Cavalaria   2390

Na consulta que efectuámos na História das duas Unidades que estacionaram no Litunde, não encontrámos referência alguma à infra-estruturas do estacionamento. Sabemos, contudo, que foi a CCAÇ 1608 que iniciou a construção do aquartelamento.
Todavia, esta Unidade realça, na sua História, a intensa acçã psicossocial, junto da população, sobretudo na assistência sanitária, criando-lhe assim um sentimento de segurança junto das Nossas Tropas.
Na hora do rancho. Ainda sem refeitório nem cozinha
Missa campal no Litunde


Duas campas de militares situadas perto do Litunde
LUATIZE
COMPANHIAS RESIDENTES
1ª Batalhão de Caçadores      16
Companhia de Cavalaria   2415
Companhia de Artilharia   2371
Companhia de Artilharia   2387
Companhia de Artilharia   2490

 As condições em que os nossos militares vivem são muito precárias. As instalações são deficientes. O reabastecimento torna-se difícil pela implantação de minas na picada. Não tem pista. Apenas existe um campo de futebol, onde os militares praticam desporto e serve de base para aterragem de helicópteros
1 História da Unidade -- BCART. 2898
Do livro: "Memórias do Sofrimento -- na guerra em Moçambique" de Alfredo Fonseca

Militares da CART.1542, no acampamento de Luatize, momentos antes
de partirem para a operação "Rainha II", a qual apelidaram "Maldita"

Militares da CCAV 2415 na "sala de jantar" do estacionamento

LUNHO
COMPANHIAS RESIDENTES
1ª Batalhão de Caçadores      16
Companhia de Artilharia   2325
Companhia de Caçadores  2663
2ª Companhia de Engenharia
Companhia de Caçadores  2623
Companhia de Caçadores  3392
Companhia de Caçadores  4141
Companhia de Artilharia   7260

O Lunho era conhecido pela quase totalidade dos operacionais das Unidades estacionadas na região, que por ali transitavam para efectuarem operações de média e grande envergadura. O seu nome espalhou-se não pelas melhores razões, para além "fronteiras" do subsector que integrava, o qual era apelidado de "Estado de Minas Gerais" pelo facto do inimigo ali implementar grande quantidade de minas.
As instalações, segundo apurámos, pouco melhoraram nos anos seguintes a 1967, data em que as conhecemos. O zinco e as chapas de bidons de combustível era o material de construção predominante. Certamente, os que por lá passaram, a partir de 1968, estarão recordados da "Capela dos Bidons", construída com aquelas chapas pelo pessoal da CART 2325.
Todavia, aquele local ficou, "imortalizado" através da balada que lhe foi dedicada, o "Hino do Lunho", com música dos "Vampiros" de Zeca Afonso e letra do alferes Carvalho ("Carvalho"). Era tradição, após as refeições, serem os "visitantes" presenteados com aquele Hino. Nós próprios, decorridos mais de quarenta anos, parece-nos ainda ouvir o eco produzido por aquelas dezenas de vozes, já "endurecidas" pelos muitos meses de comissão.

Quantas Mercedes senhor capitão
Até agora foram fornicadas
Eu bem lhe disse que pusesse os homens
Detectando minas fazendo emboscadas

Fazendo a estrada sobre o chão de greda
Fazem-se aterros, pontes e pontões
Ouvem-se tiros lá emboscada
Aqui no Lunho é que há leões...


"Pioneiros do Lunho"- o comandante do Pelotão de
 Sapadores do BCAÇ 598, à porta da sua "residência"
Destacamento "X" entre Nova Coimbra e o Lunho. Com a granada a
fazer um manguito o célebre alferes Carvalho "100" autor do Hino do Lunho
Aquartelamento do Lunho. Militares da 2ª Engenharia e da 1ª do BCAÇ 16
A velha ponte do Lunho. 
Capela dos Bidons. Aquartelamento do Lunho
Militares da CART 2325 a rezarem na Capela do Lunho

MACALOGE
COMPANHIAS RESIDENTES
1ª Batalhão de Caçadores     298
Companhia de Caçadores de Vila Cabral
Companhia de Caçadores  1870
Companhia de Caçadores  1471
Companhia de Artilharia   1541
Batalhão de Artilharia       1885
Batalhão de Caçadores      1934
Batalhão de Caçadores      1795
Batalhão de Caçadores      2853
Companhia de Caçadores  2408
Companhia de Caçadores  2409
Companhia de Caçadores  2418
Batalhão de Caçadores      2908
Companhia de Caçadores  2667
Batalhão de Caçadores      3851
Companhia de Caçadores  3396
Batalhão de Caçadores      5011

Quando o conflito armado deflagrou no Niassa, já existiam forças militares neste local, um pelotão da Companhia de Caçadores de Vila Cabral. Todavia, como recrudescer  das acções inimigas na região e pelo facto do Batalhão de Caçadores Eventual nº7 e ter visto despojado de uma faixa do território ao longo do eixo de Pauilia  Macaloge, é intercalado um Batalhão nesta localidade, que passou a ser sede de subsector. De início, as forças aqui estacionadas, foram confrontadas com muitas contrariedades, nomeadamente as referentes à logística as quais, com o decorrer do tempo, foram sendo colmatadas.
A par da acção operacional, praticavam ainda as Unidades ali estacionadas valorosa acção humanitário juntos da população.
Desenvolveu-se anda neste período, eficiente acção psico-social,com distribuição de uma refeição diária, de café com leite, a cerca de 90 crianças da Escola Primária de Macaloge e as pessoas mais necessitadas, velhos e velhas dos aldeamentos existentes nas imediações da mesma localidade"1
1 História da Unidade - Batalhão de Caçadores 2908

Porta de Armas da CCAÇ 1471 em 1965

Panorâmica geral do aquartelamento
Refeitório da CCS do BCAÇ 3851
MALAPISIA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores  1573
Companhia de Caçadores  1592
Companhia de Caçadores  1799
Companhia de Caçadores  2623
Companhia de Artilharia   2734
Companhia de Cavalaria   3575

Assim iam as obras em Malapisia:
"Durante esta ano que termina foram efectuados, pela Unidade, vários trabalhos de melhoramentos no aquartelamento. Entre os mais  importantes consta a construção de uma caserna para praças, início de uma outra e a construção e aumento da pista de Malapisia.
Iniciaram-se também as Escolas Portugalizantes para adultos nos aldeamentos pertences à zona da companhia" 1
1História da Unidade - Companhia de Artilharia 2734


Aspecto do estacionamento aquando da ocupação pela CART. 1573
A candura da imagem dispensa legenda
MANDIMBA
COMPANHIAS RESIDENTES2

2ª Batalhão de Caçadores      15
Companhia de Artilharia   1598
Companhia de Caçadores  1631
Companhia de Caçadores  2419
Companhia de Artilharia   2453
Companhia de Caçadores  2550
Companhia de Artilharia   2764
Grupo Especial                    401
Companhia de Caçadores  4242

Os excertos que a seguir se transcrevem foram respigados dos louvores concedidos a militares da CART. 1598 que contribuíram, sobremaneira, para erguer o aquartelamento de Mandimba;
"Porque tem sido encarregado da direcção e formação da equipa para construção do aquartelamento novo, se houve com muito acervo, tendo conseguido reunir sob o seu comando uma equipa exemplar..."; "Porque, fazendo parte da equipa de construção do Aquartelamento Novo, que incluiu a vedação do arame farpado, construção de seis edifícios, revelaram sempre ser militares extremamente correctos..." "...Acresce ainda que, além das suas qualidades como operacional, tendo sido encarregado pelo Comando de montar a instalação eléctrica no aquartelamento, o que fez com muito acerto e cuidado...! 1

1 História da Unidade - Companhia de Artilharia 1598
O Aquartelamento de Mandimba

MANIAMBA

COMPANHIAS RESIDENTE

Companhia de Caçadores   1478
Companhia de Cavalaria     1505
Companhia de Caçadores   1560
Companhia de Artilharia    2326
Companhia de Artilharia    2495
Companhia de Caçadores  1803
Companhia de Caçadores  2418
Companhia de Caçadores  2661
Companhia de Caçadores  3504
Companhia de Caçadores  3394
3ª Batalhão de Caçadores   8420

"Maniamba sob o aspecto económico era uma região agrícola, especialmente em milho e feijão. Sob o aspecto militar era uma zona de passagem para o inimigo, já que se enquadra entre o Lago Niassa e a Serra Jeci.por ai deviam passar a fim de abastecer e reforçar os bandoleiros que actuavam ou tentavam penetrar para Sul. Quanto às instalações, decidiu-se trocar os abrigos subterrâneos à volta da Administração, onde se alongava a Companhia que rendemos, pelas instalações abandonadas um pouco a Norte, onde a defesa exigia bastante esforço, mas onde muito mais comodidades. A adaptação desse agregado habitacional e aquartelamento foi trabalhoso e demorado, no entanto a par da actividade militar que iniciámos foi-se construindo o muito necessário, forno, cozinha, parque, vedação, canalização de água, paio, etc.." 1
1 História da Unidade - Companhia de Caçadores 1478

Inauguração do Monumento erigido pela CCAÇ 1560, em memóriados
seus mortos. A cerimónia teve lugar em 21-1-1968 e foi presidida pelo
comandante do Batalhão de Caçadores 1891

IN MEMORIUM ao mortos da CCAÇ 1560
 36 anos depois o Alf. Oliveira da 1560 contempla
o Memorial já sem a Cruz de Cristo ainda se lia:
Eis Precisamente Como Se Escreve a História"
 MARRUPA
COMPANHIAS RESIDENTES2

Companhia de Caçadores de Marrupa 

Batalhão de Artilharia             639 
Companhia de Artilharia         636
Batalhão de Artilharia           1893
Comando de Agrupamento   1979
Batalhão de Caçadores          1906
Pelotão de Reconhecimento  1179
Destacamento Apoio Directo     2 
Companhia de Artilharia       1600
Companhia de Engenharia    1531
Comando Agrupamento        1986
Companhia de Caçadores     1574
Pelotão de Intendência          2017
Batalhão de Artilharia           2839
Batalhão de Artilharia           2869
Companhia de Engenharia    2349
Companhia de Caçadores     1669
Companhia de Cavalaria       2416
Comando de Agrupamento   2955
Pelotão Apoio Directo          2082
Pelotão de Reconhecimento 1166
Pelotão de Reconhecimento 2101
Comando de Agrupamento  2963
Companhia de Caçadores    2468
Companhia de Caçadores    2467
Companhia de Engenharia  2686
Pelotão de Intendência        2217
Companhia de Caçadores    2551
 Companhia de Caçadores   2552
 Dest.Reab.Mat.Tm. Marrupa
Comando de Agrupamento  2972
Pelotão Apoio Directo          2282
Companhia de Artilharia      2785
Companhia de Artilharia      2786
Batalhão de Caçadores         3842
Pelotão de Intendência         3106
Batalhão de Cavalaria          3888
Pelotão Apoio Directo         9775
Companhia de Caçadores    3396
2º Destacamento Terminal

Marrupa, que foi sede de comando de Batalhão e de Sector, era a localidade mais importante da zona. Dali irradiavam as principais vias de comunicação que a serviam.
Marrupa acolhe em 1964, a primeira Unidade a nível de Batalhão. Com o evoluir da situação, no segundo semestre de 1966, foi constituído o Sector "E"cujo comando se instalou nesta localidade. Com o regredir da actuação da Frelimo no Niassa, este Sector é extinto sendo a área dos EME e EMU , absorvidos pelos Sector "A".
Relativamente às instalações, segundo o que apurámos, satisfaziam as necessidades das Unidades ali estacionadas. Além do Comando do Sector e do Batalhão  se encontrava ali aquartelada uma Companhia operacional.

As instalações do Batalhão. Em primeiro plano crâneo de um elefante que,
 segundo constava, era o símbolo da companhia que construiu o quartel.

A companhia de caçadores de Marrupa perfilada na parada
MASSANGULO
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores  1572
Companhia de Caçadores  1671
Companhia de Caçadores  2418
Companhia de Cavalaria   2391
Companhia de Caçadores  2623
Companhia de Caçadores  3468
Companhia de Caçadores  3393
1ª/Batalhão de Cavalaria   8420
Grupo Especial 107

Ao falarmos do aquartelamento de Massangula, temos que, forçosamente, associá-lo ao "caracol do Catur". Na verdade, e enquanto o trajecto para a capital do Distrito, via Nova Guarda, não não se concluiu, era utilizada a emblemática (pela negativa) picada Catur/Vila Cabral com passagem obrigatória por Massangulo, onde as inúmeras colunas militares que por ali transitavam, paravam para ganharem fôlego a fim de enfrentarem a passagem pelo fatídico "caracol do Catur" onde o inimigo, infelizmente, para as nossas tropas, tantos êxitos obteve.
Não muito longe do aquartelamento encontrava-se (ainda funciona) a Missão de Messangulo, fundada em 1922 pelo padre missionário Pietro Calandri

A Igreja de Massangulo
MAUA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Artilharia     292
Companhia de Artilharia     637
Companhia de Artilharia   1596
Batalhão de Artilharia       1893
Batalhão de Caçadores      1935
Companhia de Artilharia   1597
Companhia de Caçadores  1796
Companhia de Caçadores  2423
Batalhão de Artilharia       2838
Companhia de Caçadores de Marrupa
2ª) Batalhão de Caçadores 5011/72

No primeiro trimestre de 1967, com as acções da Frelimo ao "rubro", verificou-se um adensamento nos dispositivos nos Sectores "A" e "C", pelo que foi criado um novo subsector com o comando a cargo do Batalhão sediado em Maúa, Por isso, tiveram que se proceder, faseadamente, a melhoramentos nas instalações.
" o  Comando e a CCS procedeu a várias obras , melhorando consideravelmente o aquartelamento de Maúa, que ficou dotado de excelentes comodidades podendo considerar-se um dos melhores do Norte da Província" 1
1 História da Unidade - Batalhão de Caçadores 1935

O Bart.1893  distribuía diariamente uma refeição a todas as criança de Maúa
As excelentes instalações do aquartelamento de Maúa
MECANHELAS
COMPANHIAS RESIDENTES
1ª) Batalhão de Caçadores 19

Mecanhelas, situada a Sul do Distrito do Niassa, desde 1965 passou a ter ali destacada, até final do conflito, uma Companhia de Caçadores da guarnição normal da Província, a Companhia de Caçadores 61 que, mais tarde, passou a designar-se 1ª do BCAÇ 19. As instalações eram, segundo informação verbal que colhemos, sofríveis.

Aspecto geral do Aquartelamento
MECULA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Artilharia     636
Companhia de Artilharia   1595
Companhia de Caçadores  1653
Batalhão de Caçadores      2836
Companhia de Caçadores  2450
Companhia de Caçadores  2319
Batalhão de Caçadores      2880
Companhia de Caçadores  2468
Companhia de Caçadores  2467
Batalhão de Caçadores      2914
Companhia de Caçadores  2707
Batalhão de Artilharia       3887
Companhia de Artilharia   3558

Ao falarmos de Mecula temos que associar o seu nome a uma outra guerra ali ocorrida em 1917, a invasão do território português pelos alemães.

Na verdade, na serra de Mecula travou-se uma dura batalha, onde os portugueses resistiram tenazmente durante quatro longos dias, ao fim dos quais sucumbiram às armas do inimigo, muito mais numeroso.
Meio século depois, Mecula volta de novo a ser palco de guerra.
Muito antes da primeira Unidade, a nível de Companhia, ocupar Mecula, já ali se encontrava instalado um Pelotão da Companhia de Caçadores de Marrupa. Todavia, face à preocupação denotada pelo aumento da ameaça e da penetração do inimigo na zona norte do Sector "E" (Sede em Marrupa), é intercalado, em Fevereiro de 1968, um novo comando de Batalhão (BCAÇ 2836) em Mecula, dando, assim, origem a novo subsector (EME). Mais tarde com a extinção do Sector "E", que foi absorvido pelo Sector "A" (Vila Cabral), o subsector EME passa a designar-se por AML, não mais sendo alterado  até final do conflito.


O mesmo Monumento, mas duas nações




D.Eurico Dias Nogueira Arcebispo de Vila Cabral a presidir a uma Missa
Campal por intenção dos mortos do BCAÇ 2836

O Governador-Geral-Moçaçambique Rebello de Sousa a discursar

MELULUCAS
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Cavalaria   2391

"Neste período de intervenção foi indicado à Companhia de Cavalaria 2391 que o local onde montaria, com barracas de campanha, o estacionamento seria junto à foz do rio Melulucas que desagua no Lago Niassa. Entretanto, como para o local deveria ser montado o acampamento, não houvesse qualquer acesso, foi necessário proceder à abertura de uma picada. Esta foi feita com a extensão de 25 Kms, a partir de um trilho de pé posto com início em Metangula" 1
1 História da Unidade -- Companhia de Cavalaria 2391

Assim viveu, neste local, a CCAV 2391
MEPONDA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores    612
Companhia de Caçadores  1478
Batalhão de Cavalaria        1601
Companhia de Artilharia   1625
Companhia de Caçadores  2451
Companhia de Artilharia   2369
Companhia de Caçadores  2450
Companhia de Caçadores  2551
Companhia de Caçadores  3394
Companhia de Artilharia   3504

Meponda era o Posto Administrativo da povoação de Porto Arroio, onde em tempo de paz existiu uma estância balnear ou, se lhe quisermos chamar, um "aldeamento turístico", cujas estruturas após a sua desactivação, aquando do início da guerra, foram aproveitadas para alojamentos e serviços das Companhias que, desde muito cedo, ali começaram a estacionar. Todavia aquelas construções não eram suficientes para esse efeito, pelo que o recurso ao improviso ali funcionou, tal como acontecia noutros locais.
Para ilustrar esta nossa afirmação atente-se neste texto: "Por outro lado já a Companhia tinha tomado consciência das instalações do aquartelamento. Como necessidades prementes, surgem a construção de um paiol à prova de morteiro e a de um refeitório que permitisse às praças tomarem as refeições sem estarem sujeitos à chuva que acrescentava a sopa e diluía o molho. O refeitório existente, então, era uma cubata com dimensões grandes e mesas típicas de cana de bambu em que por vezes tinha a função de exercitar os amadores de futebol quando apanhavam com os pés os talheres e o  próprio pão 1
 1 História da Unidade -- Companhia de Caçadores 2451



Quem passava por Meponda tinha que tirar fotos no nicho
Dois militares da CCAÇ 1558 de passagem por Mepond
As Flats dos Furrieis


MANIAMBA

COMPANHIAS RESIDENTES2


Batalhão  de Caçadores    598
Batalhão  de Cavalaria    1879
Companhia de Cavalaria 1505
Batalhão  de Caçadores   1891
Batalhão  de Artilharia    2838
Batalhão  de Artilharia    2869
Batalhão  de Caçadores  2906
Batalhão  de Caçadores  3850
Batalhão  de Cavalaria   8420 

 Ao lermos qualquer obra relacionada com a Guerra do Ultramar em Moçambique e procurarmos Metangula, esta é logo associada à marinha , porquanto ali se encontrava instalado um dos novos Comandos de Defesa Marítima existentes no território, tenso sido construído, de raiz, magníficas instalações, as quais, em aberrante contrastação, destoava das destinadas ao Exército. Estas, além de algumas edificações aproveitadas para o efeito, mais não eram que um "amontoado de znco, matope e alguns tijolos".
Operacionalmente falando, esta localidade, foi, desde muito cedo, sede do Comando de batalhão, pois em Agosto de 1965 ali se instalou o BCAÇ 598. Com a divisão da ZIN em Sectores, Metangula passa a sede do chamado subsector do Lago



METARICA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia de Caçadores  1631
Companhia de Caçadores  2450

"É para vós bravos rapazes da CCAÇ 1631, bons soldados de Portugal, a quem me dirijo na esperança que a minha mensagem há-de ser, para vós o testemunho vivo da gratidão de que a Pátria vos presta, após 18 meses de sacrifícios, de suor, de mil sobressaltos e dúvidas que assolaram o vosso espírito. Enfim, de um longo trabalho cujos resultados são para sempre a marca indelével da vossa passagem em Moçambique e, de modo especial, em Metarica. Não haveis de vos arrepender dos duros patrulhamentos para Txatxe, Matábue, etc.. e das incursões ao temível Lugenda, nem por deixardes em Metarica belos edifícios, por vós levantados, trocados por outros talvez menos cómodos...." 1
1) Respigado do nº 1 de "O Matarruano", jornal da CCAÇ 1631

MIANDICA, "Terra do outro mundo"

                                          Vídeo "Miandica Terra do Outro Mundo". 

Como, já dissemos, não é nosso propósito fazer referência aos destacamentos, nos quais se concentravam forças militares a nível de pelotão ou secção. Se tentássemos fazê-lo, corríamos  o risco de omitir grande parte  deles, visto não existirem obras de consulta para esse efeito, a não ser os relatos verbais, ou as Histórias das Unidades.
Acontece, porém, que muitas dessas Histórias, além de incompletas, se limitam a transcrever, de forma muito resumida, os factos mais relevantes. Por isso, e face ao grande número de destacamentos que existiram, seria, da nossa parte, utópico fazer o seu levantamento. Contudo, não queremos deixar de referir um, pelo protagonismo que ganhou, pelos piores motivos, no Niassa Ocidental, o de Miandica.
Estamos em crer que este destacamento , pelas suas condições de ocupação e localização, servirá de "porta-bandeira", para representar todos os outros espalhados pelo distrito do Niassa.
A região de Miandica era uma zona onde a Frelimo se encontrava fortemente, construindo ali algumas das suas bases mais importantes, nomeadamente a de Mepotxe. Era o centro nevrálgico da subversão. Assim, os "visionários" altos comandos do Sector, decidiram, para travar o í ímpeto da Frelimo, que a solução ideal seria instalar em Miandica o Comando de Batalhão que tivesse a seu cargo área do Lago.
Aquele futuro "quartel" seria, segundo palavras que nós próprios ouvimos no local ao 2º comandante do Sector, na visita que efectuou em Abril de 1967, "um punhal cravado  no coração do inimigoVai daífoi ocupada a região da antiga povoação de Miandica estabelecendo-se o estacionamento, junto ás margens do rio Mecondece, em 22 de Setembro de 1966, por um pelotão reforçado da CCAV. 1507 do BCAV 1879. Com a mudança operacional no subsector, Miandica passou a ser ocupada por pelotões, primeiro, da CCAÇ 1559 e depois da CCAÇ 1558 do BCAÇ 1891. Decorrido um ano nova mudança se operou na região, pelo que é a CCART. 2325 do BCART. 2838 que destacou o seu pelotão para a "terra do nada" Foi eférema a estadia desta força em Miandica, porquanto, o COMSEC, determinou, a 3 de Abril de 1968, a extinção deste destacamento por se saber da intenção da Frelimo atacar, com grandes efectivos, pequenas frças da NT..
Rio Mecondece. Ida à água. Um inferno

Ao cabo de 22 meses concluíram as altas "esferas" militares  que o "punhal a cravar no coração do inimigo" produziu efeitos contrários, ou seja, atingiu aqueles que ali sobreviveram nas mais precárias condições, enterrados em buracos e com abastecimentos tardios, onde o inimigo se deleitava, a seu belo prazer atacar aqueles indefesos militares encurralados entre barreiras erguidas por uma máquina de engenharia, ali colocada para construir um pista de aviação.
Um barril apodrecido, um saco de cimento abandonado,
construíu-se este marco que assinala a passagem do 1º Pelotão
 CCAÇ 1559 do BCAÇ 1891

Quatro graduados junto à placa que os identifica"CCAÇ 1558, Fur. Amadeu,   
Alf. Monteiro, Fur. Matos, Fur. Júlio, Nov. 1967
Como já dissemos, o destacamento de  Miandica foi abandonado em Abril de 1968. Todavia, anos mais tarde , já com a picada reconstruída, deslocaram-se ao local, onde fora "erguido" o estacionamento, os capitães Cardoso e Silva Satos da CCAÇ 4141 e 2ª do Batalhão de Cavalaria 8420, respectivamente, com a missão de avaliar da possibilidade de avaliar da possibilidade de instalar um novo aquartelamento em Miandica.
Naquela sua "visita", os dois graduados fizeram questão em registar o momento junto à placa, ainda de pé, com a identificação da pista de aterragem.
Aerodrómo Capitão João de Brito. 24-12-1966

Refira-se, que durante o tempo que ali permanecemos, nem todos os pilotos aterravam naquele local, por entenderem não existir, nem condições técnicas nem de segurança para o efeito, pelo que se limitavam, em voo rasante, a lançar o correio e os géneros ao longo da pista.
O Alf. Curto da CAÇ 4141, junto das marcas, deixadas6 anos atrás pelos militares
 ali residentes. Nos escombros estava a placa com o nome dos graduados da 1558
Novembro de 1967 de Miandica obuses aracaram a base de Mepotxe da Frelimo


MUEMBE
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores        695

Companhia de Caçadores      1553
Companhia de Caçadores      1714
companhia de Artilharia        1626
Companhia de Artilharia       2373
Companhia de Artilharia       2630
1ª Batalhão de Caçadores          16
Companhia de Caçadores      3469
1ª Batalhão de Caçadores      4811

Em 4 de Maio de 1966, visita-se Muembe, aquilo que seria, não o aquartelamento, mas "poiso inicial de uma das companhias". Vila Cabral esfuma-se na poeira que as viaturas fazem na picada. Passa-se a zona das minas e, sem incidentes, surge à vista Muembe, destino da CCAÇ 1553.Um novo ciclo de trabalhos e perigos se iria, para ela, abrir. Há que construir um quartel (1)
"Passámos a referir os trabalhos leados a efeito e favor das instalações. Reconstrução de um refeitório dado que o barraco anteriormente existente não satisfazia as necessidades. Reconstrução de um parque para viaturas. Reconstrução de instalações sanitárias, para praças englobando balneários, mictório e WC. Construção de um local de honra para o hastear da Bandeira Nacional e de uma estrada para o quartel com arrelvado ornamentado com símbolos artilheiros" (2)
 (1) História da Unidade - Batalhão de Caçadores 1889, Companhia de Caçadores 1553
 (2) História da Unidade - Batalhão de Artilharia 2847, Companhia de Artilharia 2372
Vista aérea do aquartelamento e área circundante, anos mais tarde após ocupação

Tosco"edifício" que serviu de depósito de géneros


No início da ocupação. O recurso às tendas de campanha foi a solução




Ainda na fase de construção e construção


A Bandeira Nacional hasteada em Muembe



MUOCO
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores      1560
Companhia de Artilharia       1620
Companhia de Caçadores      1798
1ª/Batalhão de Caçadores          18

"Entretanto e apenas para ilustrar "as condições de vida mais que precárias..." que a Companhia de Caçadores 1560 teve que enfrentar quando chegou ao Muoco, basta citar que: todo o pessoal, oficiais e sargentos incluindo, viveram em buracos abertos no chão, cobertos de capim" (1)
Decorridos dois meses foi esta Unidade rendida pela CART. 1626 que iniciou a construção de um aquartelamento que não acabou, como se deduz: " A Companhia de Caçadores deu um grande impulso às obras do quartel de Muoco, apenas esboçado quando o ocupou" (2)
 (1)  Revista "O Batalhão" - Batalhão de Caçadoes 1891, nº2 de 1996
(2) História da Unidade - Batalhão de Caçadores 1935 - Companhia de Caçadores 1798


Desolador aspecto encontrado pela companhia de Caçadores 1560

Drº Poças, médico da CCAÇ 1560 junto aos seu consultório

Início da construção  pela CART. 1626

Exposição do material capturado, na operação "Vendaval" pela CART. 1626

MURAMA
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores       1798
Companhia de Caçadores       2467
Companhia de Caçadores       2450
Companhia de Cavalaria        2389
3ª/Batalhão  de Caçadores          19

Murama, situada nas margens do rio Lugenda, foi um dos locais que, apesar de termos lido a História de todas as Unidades que porali passaram, não conseguimos obter informação precisa sobre as instalações do pessoal. Todavia através de dois relatos verbais que obtivemos e das imagens que nos chegaram concluímos que o modo de vida em Murama era, na verdade, muito precario.
Aspecto geral do estacionamento


Teleférico situado na margem direita doo Lugenda. Servia para o
transportar pessoal e abastecimentos para Galgolíua na outra margem.


Sequência de imagens, que dispensam legendas, captadas na região de Murama

NAMICUNDE
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores de Nampula
Companhia de Caçadores       1654

"A CCAÇ 1654, coitada, lá ficou metida nos buracos de Namiicunde, a mãos com uma coisa que dizem ser quartel mais não era que barracas, capim e uma rede de arame farpado. Depois da azáfama da recepção dos materiais e do enfiamento de grandes barretes, que existem sempre nestas alturas, era preciso começar a vasculhar o capim e a mata" (1)
(1) História da Unidade - Batalhão de Caçadores 1906, Companhia de Caçadores 1654
Um aspecto do que dizem ser um quartel

NANLIXA
COMPANHIAS RESIDENTES

1ª/Batalhão  de Caçadores          17
Companhia de Caçadores       2550
Companhia de Caçadores Marrupa
2ª/Batalhão  de Caçadores          19

Este local, situado sensivelmente a meio do trajecto que ligava Marrupa a Mecula, recebeu a primeira Unidade militar em Agoste de 1968, a 1ª Companhia doBCAÇ 17, que foi incumbida de ali construir um estacionamento, partindo do "zero", com a função de acolher uma força militar para patrulhamento e segurança da área, nomeadamente a ponte sobre o rio Mussoma, onde um pequeno efectivo militar fora para ali destacado.

Chegada a Nanlixa da Companhia de Caçadores 2550
O aquartelamento, construído no sopé da serra

NANTUENGO
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de Caçadores       1654
Companhia de Caçadores       2319
Companhia de Caçadores       2320
Companhia de Caçadores       2552
Companhia de Caçadores       2707

"A Companhia foi transferida para Nantuego onde construiu, do nada, um quartel para no fim não  o poder gozar. Foi sua sina construir para os outros. 
Beneficiou os alojamentos  do destacamento e muito contribuiu para a construção de dois aldeamentos e auxílio às populações e manteve escolas onde muitas crianças aprenderam a língua pátria e as primeiras letras" (1)
(1)História do Batalhão de Caçadores 1906- Companhia de Caçadores 1654


Na Parada do Aquartelamento. Atrás uma placa anunciar a presenças das CCAÇ 2319 e 2320
Balneário das praças

Balneário dos graduados

NIPEPE
COMPANHIAS RESIDENTES

1ª Batalhão de Caçadores           18
Companhia de Cavalaria          756
Companhia de Caçadores       1470
Companhia de Artilharia        1596 
Companhia de Artilharia        1597 
Companhia de Caçadores       1796

"A Companhia de Artlharia 1597 lança-se na construção de um novo quartel, aproveitando algumas das antigas construções, até que as novas possam dar abrigo ao seu pessoal (1)
(1) História da Unidade  - Batalhão de Artilharia 1893. Companhia de artilharia 15



NOVA COIMBRA
COMPANHIAS RESIDENTES

1ª Batalhão de Cavalaria          754
Companhia de Caçadores         695
Companhia de Caçadores       1472
Companhia de Cavalaria        1506 
Companhia de Caçadores       1558
Companhia de Engenharia      1531
Companhia de Artilharia        2324 
1ª Batalhão de Caçadores         16 
Companhia de Artilharia        2497
 Companhia de Caçadores     2662
Companhia de Caçadores      2667
Companhia de Caçadores       2667
Companhia de Caçadores       3393
Grupo Especial                         101 
Companhia de  Caçadores      3468 
2ª /Batalhão de  Caçadores     8420

Nova Coimbra teve razões, mais que suficiente, para ficar conhecida nos anais da História da Guerra do Ultramar. Ao falar deste local associamo-lo logo ao facto de ali ter surgido, em 29 de Maio de 1965, o primeiro engenho explosivo colocado pela FRELIMO em Moçambique. também nas suas imediações, em 11 de Abril de1968, faleceu, após o regreso de ua acção de sucesso. "Operação Marte". o Capitão Valente da 4ª Companhia de Comandos.
Nova Coimbra (MEVCHUMA) localizada a cerca de duas dezenas de quilómetros de Metangula, era ponto de passagem e de irradiação para as forças militares que  operavam na região, nomeadamente  Lunho e Miandica. Zona essa designada, pelos comandos do Sector "A", como o "coração do inimigo" que ali montara as suas principais bases no Niassa Ocidental.
Por isso, logo desde o início do conflio, Nova Coimbra passaou a acolher Unidades militares ao nível  de Companhia, situação que se manteve até final, não obstante as condições de vida ali existentes, serem da maior precaridade que se possa imaginar. Nós próprios ali "vivemos"durante três semanas. Uma velha cantina abandonada.servia de alojamento e messe para oficiais e os furrieis "habitavam"em palhotas às quais davaam o nome de "vivendas", A "Vivenda Fox" ficou celebrizada na época.. As praças não tiveram melhor sorte, pois o capim e o matope eram os materiaisde construção dos seus alojamentos. Uma vez que com a Companhia operacional (1558) coabitava uma Companhia de Engenharia, esta, por seu "engenho e arte" tinha construído para se alojar , "edifícios" um pouco mais dignos. Com a sua deslocação para perto do Lunho, deixou aquela herança, à companhia residente e suas sucessoras. 
1967-Hora do Rancho em Nova Coimbra

Frase muitas vezes repetidas em Nova Coimbra

1967. Posto Médico em Nova Coimbra

1967. Confraternização

Vista aérea de Nova Coimbra
Recepção dos Kokuanas (Veteranos) ao Chekas (Novos)

NOVA FREIXO
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia de de Caçadores       80               Pelotão de Apoio Directo       2098
Companhia de Caçadores          311               3ªBatalhão de Caçadores            19
Batalhão de Artilharia                639              3ª Companhia de Transportes
Destacamento de Intendência  660A               Companhia de Caçadores       2468
Companhia de Caçadores         696                Pelotão de Intendência           2219
Pelotão de Apoio Directo         827                 Companhia de Caçadores       2469
Esq. Rec. Nampula                                         Batalhão de Artilharia             2764
Batalhão de Caçadores Eventual  6                 Pelotão de Apoio Directo       2287
Destacamento de Intendência 1076                 Companhia de Caçadores       2668
Companhia de Engenharia     1531                  Companhia de Artilharia       2745
Dest. Man. Mat. Nova Freixo                           Pelotão de Intendência          3108
Destacamento de Intendência 1157                 Posto Militar de Correio           124
Companhia  de Caçadores      1619                  Companhia de Caçadores       3392
Pelotão de Apoio Directo        1162                  Pelotão de Apoio Directo       9778
Pelotão de Reconhecimento    1180                  7º Destacamento Terminal
Comp. Int. A/D. Nova Freixo                            Companhia de Caçadores       3474
Pelotão de Intendência            2019                   Companhia de caçadores       4140
Pelotão de Reconhecimento    1167

Logo em 1964, com a divisão do Distrito do  Niassa em dois Sectores, foi implantado nesta localidade um comando de Batalhão.o BART. 639, que aqui permaneceu durante um curto espaço de tempo. Face à nova remodelação no Sector; esta unidade deslocou-se para Marrupa. A partir desta data e aé final oBatalhão de Caçadores Eventual 6, que, mais,tarde, passou a designar-se por BCAÇ19, estacionou em Nova Freixo.
Nesta localidade, estabeleceram-se também, vários serviços loísticos e administrativos. Encontrava-se ainda instalado nesta Vila o Aeródromo Base 6. Foram goradas as nossas tentativas de obter imagens das instalações do Exército. Sabemos, no eentanto, que nessas instalações, entretanto remodeladas, se encontra a Universidade de Agronomia.
Armazém do Pelotão de Intendência


Messede Sargentos

Aeródromo Base nº6 em 1974

NOVA VISEU
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia  de Caçadores       1554
Companhia  de Caçadores       1558
Companhia  de Caçadores       1715
Companhia  de Cavalaria        1601
Companhia  de Artilharia        2374
Companhia  de Artilharia        2631
Companhia  de Caçadores       3470
2ª/Batalhão  de Caçadores       4811
Grupo Especial Paraquedista     003

Nova Viseu (Metelela, nome primitivo) foi sempre considerada uma zona muito problemática.No início da ocupação as condições de vida eram muito deficientes, assim como os acessos ao aquartelamento, visto as pontes existentes no percurso se encontrarem em mau  estado de conservação. (1).
Nova Viseu deesfruta de um aquartelamento muito deficiente. Verdadeiramente não existe ainda quartel em Nova  Viseu pela razão de que as instalações aí existentes, uns quantos barracos a pau e pique estão longe de satisfazer as necessidades das tropas.Está, porém, em vias de conclusão tal assunto uma vez que já estão a ser transportados para nova Viseu os materiais necessários à construção de casernas e balneários primeiro passo da construção do aquartelamento (2)
 (1). História da Unidade - Batalhão de Caçadores 1889, Companhia de Caçadores 1554
(2) . História da Unidade  - Batalhão de Artilharia 2847, Companhia de Artilharia 2374 

Messe de Oficiais e Sargentos da CART. 2374

Confraternização de elementos da CART. 2374


Construção da Ponte sobre o Rio Luagua, perto de Nova Viseu

Quartel de Nova Viseu

Vista aérea do Aquartelamento de Nova Viseu


NUNGO
COMPANHIAS RESIDENTES

Companhia  de Caçadores       1571
1ª/Batalhão  de Caçadores           17

... de modo que todo o pessoal julgava vir descansar para o Nungo recuperar as forças despendidas durante a intensa actividade operacionallevada a cabo no Révia, ficou decpicionado. Assim, enquanto todos os dias um Grupo de Cobate andava no mato, o resto do pessoal trabalhava afincadamente na construção do novo quartel, nomeadamente casernas, arrecadações, refeitório, etc...(1)
.(1)História a Unidade - Companhia de Caçadores 1571
Na messe, por sinal bem arejada....

A CCAÇ 1571 perfilada na parada, onde a marmita substitui a G3

OLIVENÇA
COMPANHIAS RESIDENTES
3ª/Batalhão  de Caçadores            20 
Grupo Especial                            103                                                    

Caro leitor, descobre sobre a  mesa a carta de Moçambique sobre a mesa a carta de Moçambique, debruce-se sobre ela e olhe para cima, onde fica o Niassa. Está a ver? 
Acompanhe o contorno do grande Lago. Sempre por ali acima, mais, mais um pouco, até mesmo ao bico que ele forma com a fronteira do Tanganica, já a rapar a linha do Rovuma, Encontrou? Talvez o mapaque está a utilizar não a assinale, mas é ali mesmo, distante do Rovuma cerca de 23 quilómetros e separada do Lago Niassa apenas por uma barreira de montanhas, mesmo no fim de Moçambique, que se situa Olivença (1)   
(1) Revista "O Batalhão"de Caçadores 1891, nº7 de 2001.

Vista geral







PAUÍLA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia  de Caçadores           1472
Companhia  de Artilharia            1540
Companhia  de Caçadores          1793
Companhia  de Caçadores          2407
Companhia  de Caçadores          2408
Companhia  de Caçadores          2669
Companhia  de Caçadores          3395
1ª/Batalhão   de Caçadores         5011

As breves palavras que se reproduzem, "retratam" de forma singela, mas precisa, o sentimento vivido, pelos militares quer em Paiíla, quer noutro qualquer aquartelamento:
Era um início de tarde verdadeiramente calmo em Pauíla. O tempo, como de costume, corria lente e monótono.. Essa doce e lenta monotomia só era quebrada: Com os sempre ansiosos e agitados dias de chegada do avião (acontecimento sempre da maior da importância, naquele pacato e isolado aquartelamento!) que, além das habituais "novas" do Victor silva, do Braga, etc,,,, dos frescos e de muitas outras coisas, trazia sempre o Correio!!!

Vista aérea do aquartelameento

Aspecto geral do aquartelamento


RAPALA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia  de Artilharia            1597
Companhia  de Caçadores           1796

...A Vila de Nova Freixo foi a etapa seguinte, até que  no dia 4 chegámos a Rapala, primeiro aquartelamento no Distrito do Niassa. As instalações eram desoladoras, mas volvidos três  semanas o quartel ganhou forma e segurança, sendo de realçar o brio e o interesse que todo o pessoal dedicou à sua construção. Este esforço, porém, viria a ser inglório, dado que um mês depois a Companhia foi mudada para Nipepe (1)
Nota: A passagem de Unidades por este local foi efémera já que além da CCAÇ 1796, que apenas aqui estacionou 30 dias, como atrás se refere, também a permanência da da CART. 1597 apenas durou cerca de dois meses,
 (1)História da Unidade - Batalhão de Caçadores 1935, Companhia de Caçadores 1796
Início da construção do "quartel", nunca acabado

Construção já em fase um pouco adiantada

RÉVIA
COMPANHIAS RESIDENTES
Companhia  de Caçadores           1571
Companhia  de Artilharia             1595
Companhia  de Caçadores           1797
Companhia  de Caçadores           1619
Companhia  de Artilharia             2327
Companhia  de Artilharia             2388
1ª/ Batalhão de Caçadores                18
Grupo Especial                               105
Grupo Especial                               220

A construção do estacionamento dp Révia foi iniciada pela Companhia de Caçadores 1571. Mais tarde: 
No aquartelamento , no intervalo das Operações, no período daquele merecido descanso que referimos, os nossos soldados empenhavam-se na remodelação total do mesmo. As construções de "pau e pico" eram derrubadas e substituídas por edifícios de alvenaria. Construíram-se simultaneamente casernas, arrecadações, refeitório, messes de sargentos e oficiais e fez-se, ainda, a sala do soldado. (1)
(1) História da Unidade - Batalhão de Caçadores 1935 - Companhia de Caçadores 1797


Início da construção do Aquartelemento




UNANGO
COMPANHIAS RESIDENTE

1ª/ Batalhão de Caçadores               18
Companhia  de Caçadores           2407
Companhia  de Caçadores           2668
Companhia  de Caçadores           3397
Companhia  de Caçadores           1619
3ª/ Batalhão de Caçadores           5011

 A acção psicológica exercida pelas NT, junto das populações visava, essencialmente, criar-lhes melhores condições de vida, sob a forma de assistência sanitária, religiosa, educativa e económica. Estas acções eram mais acentuadas nos grandes aldeamentos. Está neste caso o de Santo António do Unango. Deixamos um breve trecho de um documento apreendido à FRELIMO onde se nota a preocupação deste partidoo por er a população viver em comunhão com as NT. " o povo de Unango trem o costume de se penetrar ou dar contactos com os povos do inimigo..." (1)
(1) Extraído do livro "A pacificação do Niassa"  -- da autoria do brigadeiro Abel Barroso Hipólito

          
O que restava em 2006, do que foram as instalações do pessoal


VALADIM
COMPANHIAS RESIDENTES
1ª/ Batalhão de Caçadores               15          Batalhão  de Artilharia                 2898
Batalhão de Caçadores                1889          Companhia  de Artilharia             2372
Companhia  de Caçadores           1552          Companhia  de Artilharia             2630
Batalhão de Caçadores                1918           1ª/ Batalhão de Caçadores               16
Companhia  de Caçadores           1713          Grupo Especial                               102
Batalhão  de Artilharia                 2847           Batalhão de Caçadores                3867
Companhia  de Artilharia             2372         Companhia  de Caçadores            3471
Companhia  de Caçadores           1796           Batalhão de Caçadores                4811
Companhia  de Caçadores           1794          3ª Batalhão de Caçadores             3867
Companhia  de Caçadores           1797

Esta localidade adoptou este nome em homenagem ao tenente Valentim.
Eduardo António Prieto Valadim, nasceu em Lisboa  a 13 de Julho de 1856. Em 1884, embarcou para a Província Ultramarina de Moçambique, onde participou em inúmeras batalhas. O seu nome ficaria para a história pelo facto de ser incumbido de comandar uma expedição a vários régulos e, a despeito do êxito alcançado junto de alguns, foi friamente decapitado pelo "régulo Mataca" em Janeiro de 1890.
                                                                          ****
Valadim, por imperativo das grandes mudanças operadas no Distrito, face ao avolumar das acções por parte da FRELIMA ,recebe o primeiro comando do Batalhão, o 1889, logo em Maio de 1966. A partir  daí e até final do conflito armado, nunca mais deixaram de estacionar no local forças militares ao nível de Batalhão.
Face ao grande número de efectivos ali aquarteladas, as instalações foram sofrendo, gradualmente, melhorias significativas.
                                                                           ****

No quartel foi concluído um depósito de géneros, inteiramente construído pelo Batalhão , dependências anexas e duas outras destinadas a barbearia e prisão. Foram concluídos os trabalhos de melhoria do bar de oficiais que foi totalmente remodelado. Iniciada a construção de uma capela do Batalhão que será chamada Nossa Senhora do Sameiro de Valadim.Simultaneamento com a inauguração desta capela será ainda inaugurado um singelo Padrão na para do Quartel com o qual se pretende perpetuar a memória do Tenente Valadim.
O Quartel de Valadim é já conhecido como um cantinho no Niassa, onde o mau grado e extenso isolamento das nossas tropas, dispõe do que se considera suficiemte em meios de vida.
Padrão erguido em Memória do Tenente Valadim

                                                  Daniel Roxo e o seu grupo de combate
                                                                         Capela Militar
                                                                  Militares em Valadim

VILA CABRAL
COMPANHIAS RESIDENTES
A povoação de Lichinga, que pouca importância tinha, recebeu o nome de Vila Cabral, por decreto de 17 de Novembro de 1945, em homenagem ao governador José Cabral . É elevada a cidade em 1962. Após a independência retomou o  primitivo nome.
Em 1954, por decreto, foi criado o Distrito do Niassa, cuja origem do nome dizem da palavra indígena Niandja, que quer dizer massa de água. Este Distrito tinha as suas fronteiras ,  Norte com a Tanzânia e a Oeste com o Lago Niassa e com o Malawi, a Sul era limitado pelos Distritos da Zambézia e de Moçambique e a Este pelo Distrito de Cabo Delgado.
Com o deflagrar do conflito armado em Moçambique, Vila Cabral passa a ser uma cidade militar, porquanto ali se instalaram, além do comando do Sector "A" todos os serviços logísticos inerentes a apoiar as muitas Unidades dispersas pela vasta área do Distrito, 120.135 quilómetros quadrados. Por outro lado, além das Unidades operacionais que faziam de Vila Cabral o seu estacioamento tais como, Batalhões, Companhias de intervenção e Comandos, por ali convergiam praticamente todas as Forças Militares que, em trânsito, se deslocavam, essencialmente, para a chamada região do Lago. Também a Força Aérea se encontrava nas imediações da Cidade, instalada no Aeródromo de Manobra 61.
Por tudo isto, se pode avaliar, na verdade, as centenas de militares que permanentemente  deambulavam pela Cidade , pelo que se aplicava bem oepíteto de "Capital da Gueera do Niassa",
 

                        Vista aérea de Vila Cabral onde se pode observar o complexo militar

     Uma força militar do BCAÇ 598 aquando da inauguração do aeroporto de Vila Cabral

                                  Secretaria do Esquadrão de Cavalaria de Vila Cabral

                                       Militares do Esquaddrão de Cavalaria de Vila Cabral

      Inauguração da Estação de Caminhos de Ferro de Vila Cabral em 31 de Dezembro de 1969
                                              Estação de Caminhos de Ferro de Vila Cabral

                         Destroços na via férrea provocados por um ataque da FRELIMO




FIM






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